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UMA QUESTÃO DE SAÚDE
Chegou o tempo das alergias! E agora?
Finalmente chegou a primavera e, com ela, os dias mais longos, solarengos e cheios de flores e árvores com folhas renovadas! Em princípio, tudo ótimo … mas, para algumas pessoas, primavera significa espirros, obstrução nasal e “pingo” no nariz (rinorreia). Porque é que estes sintomas surgem maioritariamente nesta época do ano? E de forma espontânea?
Falemos então de rinite alérgica! Esta é, de uma forma simplificada, uma inflamação da mucosa nasal causada pela reação do sistema imunitário do organismo a um determinado alergénio (pólen, pó, ácaros, gramíneas (certos tipos de plantas) ou pele/pêlo de alguns animais) - daí ser mais comum na primavera!
Geralmente, provoca sintomas semelhantes a uma constipação (espirros, congestão nasal, rinorreia), podendo também causar “comichão” (prurido) no nariz e garganta. Quando o prurido também é sentido nos olhos, muitos vezes associado a lacrimejo, podemos falar em rinoconjuntivite. Os sintomas costumam surgir pouco tempo após a exposição a alergénios. A maioria das pessoas apresenta sintomas ligeiros a moderados, que podem ser fácil e eficazmente tratados, apresentando maior sensibilidade a determinados alergénios.
Em alguns casos, os sintomas de rinite alérgica melhoram ao longo do tempo, embora possa levar vários anos a ser verificada essa melhoria. Muitas vezes é difícil eliminar completamente potenciais alergénios, embora seja possível tomar algumas medidas para reduzir o tempo de exposição àqueles que são suspeitos de provocar os sintomas (diminuir o número de tapetes no caso de doentes com reação a ácaros, por exemplo).
Quando os sintomas são bem conhecidos e ligeiros, além da evição de exposição a alergénios (dentro do possível), alguns fármacos de venda livre nas farmácias, como os anti-histamínicos (“anti-alérgicos”) e os sprays de lavagem nasal (“água do mar”), podem ser utilizados para melhorar os seus sintomas. A lavagem nasal com água do mar ou soro fisiológico é muito importante para controlar a sensação de obstrução nasal, podendo ser utilizada durante longos períodos de tempo, sem malefícios para o organismo.
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Telma Lopes - Médica Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Campo ACES Maia/Valongo
Catarina Rebelo - Médica Interna de Medicina Geral e Familiar, Matosinhos
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