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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2021

    SECÇÃO: Opinião


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    O estranho surto de peste no Porto

    Em 1899 a revolta e indignação contra Lisboa instala-se no Porto. A capital decidiu impor uma cerca sanitária à Cidade Invicta. O motivo foi o inusitado surto de Peste Bubónica que se saldaria em 320 infetados e 132 mortos. O seu impacto foi tal que a opinião pública ficou ao rubro. Os jornais da época fartaram-se de fazer correr tinta (o “Jornal de Notícias” terá vendido 22 mil exemplares) dando conta do ambiente de grande virulência e polémica que as imposições do governo de Lisboa tinham provocado. Não faltaram teorias da conspiração, escolta policial a Ricardo Jorge e até o seu afastamento da cidade por este defender a imposição de um confinamento no Porto. Houve mesmo populares que chegaram a esconder os doentes para que se evitasse o pior que podia acontecer à economia se a cidade fechasse.

    Afinal o que aconteceu? Ricardo Jorge, médico e investigador e fundador do Instituto Central de Higiene (posteriormente Instituto com o seu nome), criado para combater a peste que assolava o Porto, neste mesmo ano, informa, no dia 12 de julho, o governador Civil da cidade que era necessário isolar doentes encontrados nos bairros mais pobres da cidade (os piores da Europa), contagiados, muito provavelmente, pelo bacilo “Yersinia” pestis. Estes apresentavam sintomas de febre e uns bubões debaixo dos braços, “uma espécie de febre com nascidas debaixo dos braços” (na expressão dos auxiliares que ajudaram Ricardo Jorge a fazer o levantamento dos sinais da doença, como se pode ler no livro de Rui Pinto Costa “Ricardo Jorge: Ciência, humanismo e modernidade”), o que levava a crer que se podia ter instalado na cidade a peste bubónica.

    Lisboa decide assim fechar o Porto pelo decreto de 17 de agosto. No artigo da Revista Visão de 22 de março de 2020 conta-se que a situação se tornou de tal forma grave que, temendo o isolamento, cerca de 20 mil pessoas terão saído da cidade para não se sujeitarem a uma pena de prisão que podia ir até 6 meses.

    DR. RICARDO JORGE NO LABORATÓRIO MUNICIPAL DE BACTERIOLOGIA, NO PORTO
    DR. RICARDO JORGE NO LABORATÓRIO MUNICIPAL DE BACTERIOLOGIA, NO PORTO

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    Por: Cândida Moreira

     

     

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