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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2021

    SECÇÃO: Opinião


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    Religião, Ecologia e Natureza (parte 2)

    Problemáticas inserindo hipóteses de mudança (continuação)

    No início de 2021 quando se prepara a participação no II Congresso Internacional de Cristianismo Contemporâneo, temática “Antigas questões, novos desafios”, a realizar em maio, sente-se motivação para sugestões de mudança.

    Em primeiro lugar, exercitar a escrita inclusiva na religião católica tendo como objetivo diminuir a exclusão da mulher. Mudança em aspetos de comunicação, evitando o exagero de homens, homens… Na maioria dos textos podia estar pessoas, seres humanos, na procura de exercer escrita inclusiva sem género em termos de linguagem neutra. No sentido de criar respeito em vez de tolerância, demonstrar que a liberdade religiosa se desenvolve com diálogo entre as lideranças das várias confissões e grupos religiosos ou não, tendo como objetivo aperfeiçoar ou caminhar no sentido da fé. Outro ajuste na igreja católica consiste nos leigos se poderem envolver em maior quantidade como participantes nos diversos ministérios, leitores, catequistas, extraordinário da comunhão e outros, procurando-se diversidade em vez da mesma pessoa participar em vários. Melhorar a catequese com “continuidade de formação e compromisso na idade adulta”. Aqui inovar, a partir da valorização do ministério dos catequistas. Aquela continuidade consiste em constituir uma educação semelhante à realizada pelo Estado. Depois da catequese normal (básica e secundária) continuar, nas paróquias, assumindo uma espécie de licenciatura (início 16/18 anos), mestrado (25/30) e doutoramento, mais de 30.

    Nos aspetos sociais, falar em pobreza em vez de pobres, noutra economia e noutra política. Em Portugal podíamos começar por compreender a Segurança Social, evitando as fugas a este pagamento que provocam pensões de miséria.

    CAMINHAR NO SENTIDO DE EDUCAÇÃO ECOLÓGICA

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    A ‘Laudato Si’ termina com o Papa Francisco a propor duas orações, a primeira a orar pela Terra, “(…) derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém”. Do último capítulo, Educação e Espiritualidade Ecológicas, foi escolhido consumismo compulsivo do mercado para iniciar o percurso de mudanças no estilo de vida. Começando por evitar gastos supérfluos e desenvolver a capacidade de sair de nós mesmos a caminho dos outros. Depois, valoriza o desafio educativo demonstrando a existência de professores capazes de motivar para haver inovação pedagógica na dinamização de ética ecológica. Agora, importa interligar a esperança em dias melhores com a educação para a responsabilidade ambiental. Manter o desejo de, após pandemia, se continuar a “evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores e apagar luzes desnecessárias”. A experiência cristã ajuda na conversão ecológica ao facilitar as ligações aos mundos que nos rodeiam com o exemplo da vivência de Jesus Cristo. A nossa paz interior e consciência tranquila tem a ver com a ecologia e o bem comum por influenciar um estilo de vida saudável. Este capítulo final da encíclica envolve amor civil e político num contexto de gestos diários integrados numa amizade social que facilite pensares em grande no contributo para implantar na sociedade a cultura do cuidado. Quando se aceita que o universo se desenvolve com Deus, a participação na Eucaristia é recomendada em termos de participação nas missas dominicais. O “domingo é o dia da Ressurreição – o primeiro dia da nova criação – ou seja, primícia na humanidade ressuscitada do Senhor, (…)”. O capítulo termina com Maria, a mãe que cuidou de Jesus, como Rainha de toda a criação e São José como homem justo, trabalhador e forte, “atento à realidade para amar e servir humildemente”.

    Nesta caminhada no sentido de religião, ecologia e natureza, referem-se passagens do Papa São João Paulo II e do Papa Francisco.

    A Encíclica de João Paulo II, 01maio1991, Centesimus Annus, publicada no centenário da Rerum Novarum de Leão XIII, alerta para o pecado do consumismo. Aponta para equilíbrio entre socialismo e capitalismo inferindo-se dessa posição pretender não ofender os grandes quantitativos de crentes da igreja católica em ambos os sistemas ideológicos. João Paulo II concorda que é bom querer viver melhor (socialismo), mas que é mau tonar isso no mais importante da vida (capitalismo). No capítulo IV, A propriedade privada e o destino universal dos bens, Nr 37, considera-se preocupante, ao lado do consumismo, a questão ecológica. O ser humano, mais desejando ter e prazer que ser e crescer, consome de maneira excessiva e desordenada os recursos da terra e da sua própria vida. Transcreve-se daquele capítulo (Nr 40), “É tarefa do Estado prover à defesa e tutela de certos bens colectivos como o ambiente natural e o ambiente humano, cuja salvaguarda não pode garantir-se por simples mecanismos de mercado”.

    Da Encíclica Fratelli Tutti, sobre a Fraternidade e a Amizade Social, do Papa Francisco, capítulo I, As Sombras de um Mundo Fechado, salienta-se para esta caminhada de A ilusão da comunicação (Nr 42 a 50): “A conexão digital não basta para lançar pontes, não é capaz de unir a Humanidade. (…) A agressividade social encontra um espaço de ampliação incomparável nos dispositivos móveis e nos computadores. (…) Estes circuitos fechados facilitam a divulgação de informações e notícias falsas, fomentando preconceitos e ódios. (…). Sentar-se a escutar o outro, característico dum encontro humano, é um paradigma de atitude recetiva, de quem supera o narcisismo e acolhe o outro, presta-lhe atenção”.

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    António Pena*

    *Coronel do Exército (TecnManTm), em situação de reforma (84 anos); doutorado em Ciências da Comunicação [FCSH/UNL (jan2006)]; membro emérito do Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT)/Universidade Lusófona (filiação institucional). Agradecemos esta sua colaboração em exclusivo para o jornal “A Voz de Ermesinde”

     

     

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