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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2021

    SECÇÃO: Local


    PassarOtempo / #fique em casa# Uma iniciativa da Junta de Freguesia, em tempo de pandemia

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    Desde o início deste mês de fevereiro o executivo da Junta de Freguesia de Ermesinde, preocupado e atento às novas necessidades emergidas neste período de pandemia, idealizou um Projeto Social, que utilizou como suporte os meios digitais, concretamente a sua página do facebook onde, através de diretos, vem apresentando ações diversificadas, que passam pela área do Desporto, Saúde, Música e História da Cidade de Ermesinde.

    O principal objetivo é contribuir para o bem-estar dos cidadãos ermesindenses, mantendo-os ativos, ocupados, mais informados sobre a forma como combater a pandemia e mais conhecedores da nossa História, através desses momentos online, que, a comprovar o êxito da iniciativa, têm tido milhares de visualizações, já que para aqueles que não os veem em direto, podem vê-los, “a posteriori”, beneficiando, assim, de forma diferida, deste mesmo passatempo.

    Não sendo possível debruçarmo-nos em particular sobre todas as atividades já concretizadas até ao momento, permitam-nos os nossos leitores que demos maior destaque aos nossos colaboradores que foram convidados e que têm colaborado na iniciativa. Logo na 1.ª semana, de 2 a 7 de fevereiro, participaram Campos Garcia e Manuel Dias, o 1.º falou logo no primeiro dia a partir das 21 horas e, no âmbito da Covid-19, deu preciosas informações sobre a utilização das máscaras e das viseiras. Este nosso colaborador tem sido uma presença regular ao longo de todas as semanas que a iniciativa leva de existência, o que demonstra bem o interesse dos seus “programas”.

    No domingo, dia 7 de fevereiro, foi a vez do nosso diretor, Manuel Dias, no âmbito da rubrica “Ermesinde tem História” falar do Rio Leça e da sua importância, desde sempre, para Ermesinde, referindo-se concretamente à urgente despoluição do rio, ao arranjo das suas margens, à reconstrução de pelo menos um dos moinhos que ainda existem no percurso que faz na freguesia e à implantação de uma piscina fluvial, em memória do passado do rio e de Ermesinde, quando esta localidade foi estância balnear do Porto.

    Campos Garcia e Manuel Dias, ambos ligados ao nosso jornal, estiveram presentes logo na 1.ª semana

    Na noite de 16 de fevereiro, dia de Carnaval, este ano restringido nas suas manifestações de folia e de festa, por causa da pandemia, a Junta de Freguesia quis aproveitar a efeméride para dar informações aos seus fregueses sobre a Queima do João. Para o efeito foram convidados os investigadores de História que mais têm escrito sobre a História da Cidade, Jacinto Soares e Manuel Dias. Este introduziu o tema, falando do Carnaval como uma festa popular que vem desde a Antiguidade Clássica e justificando a sua razão de ser com base na mudança que ocorre na natureza quando o inverno vai findando e, em sua substituição, surge a luz, a primavera que é promessa de vida, através da florescência que há-de ser fruto e garantia da sobrevivência. A intervenção mais longa coube a Jacinto Soares que explicou como é que apareceu e evoluiu a Queima do João, em Ermesinde, 1.º em vários lugares da freguesia, quando ela era um somatório de várias aldeias que tinham na agricultura a sua principal ocupação e, muito mais tarde, centralizada na zona da Feira Velha e junto ao rio na Travagem (margem esquerda), onde ocorria o julgamento e a queima final. Recordou algumas das deixas, onde o João falava do seu testamento e, em quadras brejeiras, tecia as suas críticas sociais e políticas.

    No domingo, dia 21 de fevereiro, na rubrica “Ermesinde tem História” foi a vez de ouvirmos o pároco de Ermesinde, Cónego João Peixoto, que tratou especificamente do Património Religioso edificado, que existe na cidade.

    Começou por falar da Igreja Matriz, sede da paróquia de S. Lourenço, contextualizando historicamente a sua construção após a demolição da antiga e descrevendo a construção deste grande templo, uma “autêntica catedral”, repleta de interessantes obras decorativas onde sobressaem notáveis obras do pintor, escultor e ceramista que foi Mário Silva (também com obra na atual Estação de Ermesinde). Falou a seguir da Igreja de Santa Rita, centro de um dos maiores locais de peregrinação do norte do país, construída quando ainda predominava o estilo barroco na arte arquitetónica. Referiu-se ainda à Igreja do Bom Pastor e historiou essa edificação que muito ficou a dever à nobre alemã Maria Droste. Teve ainda tempo para falar das capelas de S. Silvestre (o templo mais antigo que se situa no centro da cidade) e do Sr. dos Aflitos, no caminho para Sampaio.

    Continuaremos a acompanhar esta iniciativa da nossa Junta de Freguesia que recomendamos vivamente aos nossos leitores.

     

     

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