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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-05-2019

    SECÇÃO: Local


    “Hacker mais valioso do Mundo” esteve em Ermesinde para falar de cibersegurança

    Foto ADICE
    Foto ADICE
    André Baptista, distinguido em 2018 como o “hacker mais valioso do mundo”, esteve no passado dia 17 de maio em Ermesinde, para participar numa sessão sobre cibersegurança promovida pela ADICE. Realizada no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, a sessão contou com a presença de mais de uma centena de alunos dos cursos de formação em informática da ADICE e da Escola Profissional de Valongo. Presente na sessão esteve ainda Carlos Carvalho, que juntamente com André Baptista são responsáveis de uma empresa do Porto, a Adyta, que descobriu uma falha de segurança na sul-coreana Samsung. Na primeira parte da sua alocução André Baptista explicou tecnicamente os contornos da descoberta desta vulnerabilidade na Samsung, ou falha/bug de segurança que permitia a terceiros modificar as aplicações descarregadas através de GalaxyAppStore, injetando código malicioso que, entre outras coisas, poderia dar acesso aos dados do telefone.

    De forma concreta esta sessão teve a missão pedagógica de alertar os jovens para terem cuidado com os programas e aplicações que instalam (nos seus aparelhos eletrónicos) no sentido de se prevenirem contra ataques informáticos. Não menos importante, esta iniciativa da ADICE serviu também para alertar os/as formandos/as para os cuidados a terem na partilha de conteúdos.

    «É importante comunicarmos na net de uma forma segura», frisou Carlos Carvalho no términus da sua intervenção que focou essencialmente a apresentação da Adyta, uma empresa que colabora com o Gabinete Nacional de Segurança, Comissão Nacional de Proteção de Dados e Procuradoria Geral da República, fazendo também análise a alguns órgãos de Governo.

    André Baptista, como já foi referido, foi distinguido em 2018, nos Estados Unidos da América, como o “hacker mais valioso do mundo”, numa competição que testa conhecimentos de cibersegurança. Na segunda parte da sua intervenção, este jovem abordou o seu percurso no mundo do hacking, começando por explicar o conceito de hacker, alguém que quando surgiram os computadores era definido como uma pessoa que de forma ilegal acedia a determinado sistema. Uma definição que tem vindo a mudar e a divergir em dois caminhos, isto é, o caminho dos black hats e o caminho dos white hats. Por outras palavras, os primeiros são criminosos, são pessoas que utilizam os seus conhecimentos informáticos para roubar as pessoas na internet - números de cartões de crédito, por exemplo -, ao passo que os segundos usam o seu conhecimento com o intuito de defender os sistemas informáticos e as pessoas. «Os white hats descobrem as vulnerabilidades, colocam uma série de sistemas à prova, entram nesses sistemas só com autorização de quem quer corrigir erros, certos bugs, etc.», explicou André Baptista que se posicionou do lado dos white hats, ou seja, um hacker que atua do lado do bem, digamos assim.

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    Com 24 anos de idade, André Baptista bem cedo - com apenas três anos - começou a ter contacto com a informática, desenvolvendo de pronto um sagaz interesse por programação. Tentar programar sozinho, criar sites e perceber como funcionava a linguagem HTML, foram alguns dos primeiros passos que deu ainda muito jovem. No ensino secundário aprimorou o seu conhecimento... em brincadeiras com os colegas, isto é, instalando programas que controlavam o computador das outras pessoas. «Mas fazia isso sempre a brincar, para pregar partidas, sem ter a mentalidade de praticar crimes», explica. Seguiu-se a faculdade, onde cursou engenharia informática, tendo sido nesta altura que começou a participar em concursos internacionais de hacking - uma espécie de Jogos Olímpicos para hackers do Mundo inteiro. Foi num desses concursos que venceu então o prémio “hacker mais valioso do mundo”, mas... «não me considero como tal. Conheço pessoas que estão num patamar muito superior ao meu, e onde um dia quero chegar», admite. Explicou ainda que os white hats, como ele, são pagos por empresas para fazerem hacking a essas mesmas empresas, isto é, são remunerados para atacarem os sistemas dessas empresas de forma a testar se existe alguma vulnerabilidade ao nível de segurança informática. Ele que já colocou os seus conhecimentos ao serviço de empresas/organismos como a UBER, o Facebook, ou o Instagram.

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    Por: MB

     

     

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