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    Arquivo: Edição de 15-12-2018

    SECÇÃO: Editorial


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    Feliz Natal!

    Na época natalícia convencionou-se como regra de boa educação e de gentileza desejarmos “Feliz Natal” aos nossos familiares, amigos mais íntimos, aos outros amigos e a todas as pessoas das nossas relações.

    É importante manter as tradições, mas é mais importante ainda que a formulação desse desejo corresponda efetivamente ao sentimento de amizade, preocupação e solidariedade com aqueles que nos rodeiam e, sobretudo, para com os que mais precisam e nos momentos em que essa eventual ajuda lhes é mais preciosa.

    E este sentimento de amizade, se de facto existe em nós, certamente não se manifestará apenas no Natal, mas ao longo de todo o ano, para não dizer ao longo de toda a vida.

    A origem desta festa popular e coletiva que tem um cunho profundamente religioso, e no nosso país, acentuadamente católico, remonta a tempos ancestrais, muito anteriores ao nascimento de Jesus Cristo.

    Quando surgiu a escrita, há cerca de 7 mil e 500 anos, já o solstício de inverno era festejado pelos povos do Crescente Fértil (no Médio Oriente), considerado o berço da “civilização”. O principal motivo da festa era celebrar o fim da “escuridão”, ou se se quiser, o “regresso” do Sol, visto como promessa de vida. De facto, a partir do solstício de inverno, os dias começam a ser maiores.

    Ora, neste tempo, o Homem sentia-se mais dependente da Natureza e já tinha consciência dessa submissão. Era da terra que vinha o seu sustento, a sua sobrevivência. O calor proporcionado pelo Sol e a chuva nos períodos certos eram a garantia de boas colheitas e de pão, para se poderem sustentar.

    Vem daí o culto à “Deusa-Mãe” que se supõe muito anterior ao Neolítico, remontando ao tempo em que ainda nenhum grupo humano se havia fixado numa região, deambulando pelo território à procura de caça ou de frutos silvestres para sobreviver. Quando os não encontrava a extinção era o destino mais certo. As pequenas estatuetas dedicadas à “Deusa-Mãe” eram ícones femininos que personificavam a Terra como Mãe, capaz de gerar e de alimentar a vida, em todas as suas formas. Ela era igualmente responsável pela existência da água e da fertilidade.

    Na antiga Mesopotâmia, onde o Homem se sedentarizou, há cerca de 5 mil anos, entre os rios Tigre e Eufrates, a celebração do solstício de inverno, prolongava-se ao longo de uma dúzia de dias. No Egito relembrava-se, festivamente, a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Os gregos usavam a mesma época do solstício de inverno, para prestarem culto a Dionísio, deus do vinho. Na China, desde tempos remotos, festeja-se o símbolo “yin-yang”, que significa a desejada manutenção da harmonia da natureza. Na Inglaterra, há cerca de 5 mil anos, dançava-se em volta de “Stonehenge”,monumento que marca a “trajetória do Sol” ao longo dos 365 dias que dura um ano. E a chegar ao tempo em que nasceu Jesus, no Império Romano, no dia 25 de dezembro,continuava-se o culto ao deus Mitra, o deus do Sol, da luz, da sabedoria e da guerra, na mitologia persa, mas também adotado pelas mitologias hindu e romana.

    O Cristianismo adotou essa data como sendo a do Natal, ou seja, do nascimento de Jesus Cristo. É o dia de reencontro das famílias, de troca de prendas e de festa. Os centros cívicos das cidades (como acontece com Ermesinde) e vilas, e as nossas casas “vestem-se” de luz e de cor e o ambiente social é de júbilo!

    Aproveitando, pois, a quadra natalícia que se vive termino formulando sinceros votos de um Feliz Natal a todos os nossos leitores, assinantes, colaboradores, anunciantes e amigos. Que ele signifique, de facto, mais amizade, mais justiça e mais solidariedade.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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