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    Arquivo: Edição de 30-09-2018

    SECÇÃO: Opinião


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    VAMOS FALAR DE ASSOCIATIVISMO (6)

    Capacitação de Dirigentes associativos - Uma necessidade sempre presente

    Ou a necessidade de continuidade permanente em criar formas de apoio e de incentivo à capacitação dos dirigentes associativos.

    Ao longo de anos, o processo de formação e capacitação dos dirigentes associativos esteve sempre presente nas preocupações de quem assume a responsabilidade de acompanhar o nosso movimento popular associativo. Entre outras, destaco três vertentes especialmente significativas:

    Primeiro, trabalharmos numa preparação contínua da nossa capacitação associativa, avaliando as trocas de experiências entre dirigentes das várias coletividades e atividades, sejam essas experiências de cariz técnico e/ou funcional para as atividades do dia a dia.

    Melhorarmos a preparação e organização de iniciativas das várias áreas de intervenção (desportiva, cultural, recreativa ou social), dando especial atenção às relações humanas entre quem dirige e os seus associados, com os trabalhadores e colaboradores das associações, com as suas famílias, com as populações locais, com parceiros e fornecedores e com todos os outros que se envolvem connosco.

    Sendo fundamental e urgente combatermos o princípio de que já tudo sabemos no que à direção de uma coletividade diz respeito, há que consubstanciar e dar visibilidade ao interesse em associar; aprender a desenvolver e implementar a ideia de cultura associativa; saber elaborar um Plano de Atividades e o respetivo Orçamento Anual; avaliar quais os modelos criadores de valor e sustentabilidade possíveis; conhecer as novas estratégias de captação de fundos e selecionar as que melhor se adaptam à realidade em causa e ao momento atual; ter uma noção sobre os conceitos de gestão de recursos humanos; conhecer a legislação, já que a Constituição da República consagra direitos para o associativismo, etc.. Estas, entre tantas outras áreas que também fazem parte dos desafios que, diariamente, se colocam aos dirigentes associativos.

    Tudo isto tendo sempre presente que os dirigentes associativos são voluntários benévolos.Ou seja, que não auferimos qualquer remuneração, e que continuaremos a defender esta condição do nosso movimento associativo, princípio fundamental na defesa da nossa democracia associativa.

    Em segundo lugar, prestarmos especial atenção à obtenção do máximo de dados e conhecimentos possíveis, a fim de podermos dar respostas obrigatórias às leis e para a gestão do dia a dia. Sendo para tal, muito importante, estarmos atentos ao que vai saindo, garantindo, permanentemente, não só a atualização de conhecimentos como a sua aplicação/ implementação, o mais rápida e eficazmente.

    Para tal, é necessário conhecer os processos dessa aplicação, as suas metodologias e quem possa contribuir para a sua compreensão. Capacitando-nos.

    Como terceira vertente, e não menos importante, a relação com as várias EES - Entidades da Economia Social e suas estruturas, bem como com os vários poderes institucionais (sabendo-se que o que nos está mais próximo, é o Poder Local, o qual, por esse motivo, merecerá sempre uma atenção especial, já que implica uma interação constante).

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    É objetivo do processo de capacitação dos dirigentes associativos dar resposta a todas estas necessidades. Terminada a primeira Operação de Capacitação, em 30 de novembro de 2017 (a qual decorreu entre 2015 e 2017, e cujo impacto foi francamente positivo a vários níveis), iniciámos em 1 de dezembro de 2017 a fase seguinte.

    Universalmente designada como Operação N.º POISE 288, o plano de atividades a implementar de norte a sul do país vai permitir aprofundar conhecimentos já adquiridos e trazer novas aprendizagens e ferramentas de trabalho de extrema pertinência para os dirigentes associativos, para as coletividades e para todos os que nelas trabalham ou que com elas colaboram.

    Este é um projeto ambicioso, que durante 36 meses vai exigir o esforço de muitos dirigentes, técnicos e trabalhadores das mais variadas áreas, bem como de empresas e parceiros diversos.

    Numa estratégia de proximidade, a Operação tem prevista a implementação de quatro Gabinetes Polos de Atendimento. Com todas as dificuldades e imprevistos que a concretização de um plano deste género implica, desde o recrutamento de técnicos, ao arrendamento de novos espaços, à realização de contratos diversos (processos de contratação pública), aquisição de equipamentos e mobiliário, formação, etc., etc., é com satisfação que comunicamos que o Gabinete Polo de Atendimento do Norte (GPA Norte) já se encontra em pleno funcionamento e ao dispor do movimento associativo de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

    O GPA Norte da CPCCRD situa-se em Ermesinde junto à estação da CP, um local de acesso fácil quer para os que se deslocam de comboio quer para quem prefere o veículo próprio.

    Para além dos distritos de Bragança, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e do Porto, nesta fase inicial, o GPA Norte da CPCCRD irá abranger e apoiar os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda.

    É de um enorme desafio que se trata, mas estamos certos de que estamos a contribuir para o reforço do nosso movimento associativo nacional, também, na zona norte, através de uma efetiva descentralização e isso é o que nos move!

    Por: Adelino Soares*

    *CPCCRD

     

     

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