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    Arquivo: Edição de 31-03-2018

    SECÇÃO: Opinião


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    Vamos falar de associativismo

    Num tempo em que somos chamados permanentemente à participação voluntária como cidadãos capazes de prestar o seu melhor à sua comunidade, através da sua participação social, é bom abordarmos a questão do associativismo no nosso espaço, em Ermesinde e no concelho de Valongo.

    Nunca é demais relembrar os diversos caminhos por onde sempre passou o associativismo, através dos tempos, que apesar das suas limitações, pressões, discriminações e tentativas de instrumentalização, sempre se afirmou pela sua natureza e pelas suas profundas raízes populares, manifestando-se sempre como um fator de consciência cívica, de cultura e de vida democrática dos cidadãos.

    A importânciae o valor do associativismo popular decorrem do facto de constituir uma criação e realização das populações, como uma expressão da sua ação social nas áreas da cultura, do desporto, do recreio, da educação e de outras áreas sociais.

    Pela sua natureza, o associativismo popular é expressão e exercício de liberdade e enorme exemplo da nossa vida democrática. Uma escola de vida coletiva, de cooperação, de solidariedade, de generosidade, de independência, humanismo e cidadania.

    Sendo um produto social, que se vai transformando com a evolução social que nos acompanha, participa ativamente nessa transformação com opinião, com ideias, com colaboração, com envolvimento de todos quantos vão participando, e agindo para o envolvimento de todos os que se disponibilizem para o fazer com o movimento associativo.

    Com momentos altos e baixos, mas sempre atentos e disponíveis para o futuro, vamos ouvindo e adaptando novas realidades à vida.

    No início deste projeto, para realçar a ideia de que "vamos falar de associativismo" propomo-nos abordar questões que nos vão parecendo pertinentes,para que em cada momento possamos "mexer" com temas mais imediatos, que com certeza dirão algo a todos nós.

    Sendo que, como exemplo, está comprovada a existência no nosso concelho de cerca de 110 associações de vários setores, culturais, desportivas, recreativas e sociais, envolvendo cerca de 770 dirigentes e alguns milhares de associados. Se a estes juntarmos familiares, amigos e vizinhos, teremos uma perceção mais clara da importância social do Movimento Associativo em Ermesinde e no concelho de Valongo.

    Foto ARQUIVO ADR GANDRA
    Foto ARQUIVO ADR GANDRA
    E é nesta constante relação com a vida do nosso dia-a-dia, que o nosso movimento associativo está atento ao que mais importante possa ser assinalado. Por questões boas, mas também por razões más, mas que servirão para estarmos atentos, atuantes e disponíveis. Sempre como contributo positivo.

    Assinalamos acontecimentos recentes e trágicos, que vieram alertar as nossas preocupações associativas. O incêndio em Vila Nova da Rainha, Tondela, na sua associação local, que mereceu o apoio solidário de todo o nosso movimento,e como disse a Confederação das Coletividades, na hora de prestar toda essa solidariedade aos familiares, dirigentes e seus associados"àquela hora, e naquele dia, milhares de associados a nível nacional, jogavam cartas nas suas associações".

    Sendo caso raro tal incêndio na sede de uma associação, mereceu tanta importância a nível nacional, que deu origem à elaboração de um Guia Contra Incêndios nos Edifícios Associativos, com objetivo informativo a todos os que diariamente preparam as suas muitas e diversas atividades.

    A elaboração deste Guia teve a colaboração técnica da ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil - e destina-se a apoiar tecnicamente os Dirigentes Associativos das filiadas na Confederação Portuguesa das Coletividade de Cultura Recreio e Desporto. Uma colaboração atenta e imediata que deverá merecer da parte dos nossos responsáveis autárquicos locais as medidas necessárias ao bom acompanhamento das muitas necessidades existentes em sedes de associações e não só.

    Uma formação preventiva junto de todas as associações significa mensagem direta e imediata, a milhares de cidadãos das freguesias e do concelho, a dirigentes, associados, familiares, amigos.

    E tal como foi prestar a sua solidariedade a Tondela no passado dia 3 de fevereiro sem que aquela associação fosse filiada, tudo faremos para que seja prestada a melhor atenção pela parte do movimento associativo nacional e da sua Confederação, com o empenho necessário para o encontro das melhores soluções.

    Com informação de formação e sensibilização como ato preventivo, como sempre, temos pautado a nossa atuação no apoio ao movimento popular associativo.

    Por: Adelino Soares (CPCCRD)

     

     

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