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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 20-10-2017

    SECÇÃO: Destaque


    ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2017 - ALÉM DE ERMESINDE, TAMBÉM EM CAMPO/SOBRADO E VALONGO O PS GANHOU COM MAIORIA

    Ivo Vale Neves esmagou a concorrência em Valongo

    Ermesinde foi mesmo a única freguesia do concelho que mudou de mãos nestas Autárquicas 2017, pois tudo o resto se manteve igual. E quando dizemos tudo, falamos em candidatos que foram reeleitos, pois em termos de resultados existem muitas diferenças entre estas eleições e as de 2013.

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    Valongo foi um desses casos, freguesia em que o socialista Ivo Vale Neves foi reeleito com uma impressionante votação de 63,50 por cento. Maioria mais do que absoluta! Esta foi a segunda melhor votação do PS nestas autárquicas - a votação mais expressiva ocorreu - também na freguesia de Valongo - para a Câmara, com 66,03 por cento, como já vimos num texto anterior. Ambos os recordes - de votação - aconteceram em Valongo, freguesia que assim deixou vincada a sua tendência socialista.

    E se Valongo (freguesia) foi talismã para o PS, já para a coligação PSD/CDS-PP o mesmo não se poderá dizer, já que foi ali que obtiveram os piores resultados para os órgãos autárquicos a que concorriam: para a Câmara somaram 18,55 por cento, para a Assembleia Municipal de Valongo contabilizaram 21,90 por cento, e para a Assembleia de Freguesia de Valongo registaram 21,0 por cento. Rui Marques foi assim o candidato cabeça de lista da coligação de direita com o pior resultado obtido na corrida às freguesias.

    Em Valongo, a CDU teve igualmente uma queda em relação a 2013 (obteve 4,99 por cento agora contra os 7,48 por cento de há quatro anos), mas manteve a sua representação na assembleia com um mandato. Bom resultado, comparativamente com 2013, teve o Bloco de Esquerda, que com os 5,22 por cento, não só superou a fasquia de há quatro anos, como também conquistou um mandato . Na corrida às freguesias, também em Valongo o Bloco superou a CDU.

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    Na União de Freguesias de Campo e Sobrado o cenário político não registou grandes mexidas. Alfredo Sousa (PS) foi reeleito para mais um mandato, desta feita com 49,79 por cento dos votos, subindo pouco mais de quatro pontos percentuais em relação a 2013 (45,51). Na prática, não só voltou a vencer como manteve a maioria absoluta. Não deixa contudo de ser um facto curioso este novo triunfo absoluto de Alfredo Sousa, já que Campo e Sobrado são duas freguesias com ideologias políticas opostas, a primeira de tendência de esquerda, ao passo que a segunda é tradicionalmente de direita. Mas o que também constitui um facto é que desde que as duas freguesias se agregaram o PS nunca perdeu uma eleição (autárquica). Já a coligação PSD/CDS-PP, aqui liderada pelo ex-ciclista sobradense Nuno Ribeiro, registou 31,48 por cento dos votos, uma votação que até foi melhor do que em 2013 (onde a soma dos votos do PSD e do CDS, que então concorreram separados, foi de cerca de 30 por cento).

    Foi na União de Freguesias de Campo e Sobrado que a CDU registou o seu melhor resultado na corrida às freguesias. 8,92 por cento, os números que o cabeça de lista da coligação, Armando Bessa, conseguiu alcançar, mantendo-se assim os comunistas com um mandato nesta assembleia. Foi aliás em Campo/Sobrado - provavelmente mais em Campo - que os comunistas alcançaram os seus resultados mais elevados nestas eleições, já que, além dos 8,92 por cento na corrida à assembleia de freguesia, obtiveram 9,84 por centos na votação para a Assembleia Municipal de Valongo.

    Votação igualmente de registar, pela positiva, uma vez que se tratou da primeira vez que foi a votos, foi a do Movimento Partido da Terra. Encabeçado na corrida à assembleia de freguesia pelo jovem Nuno Ferreira, o MPT alcançou 2,53 por cento, ficando muito perto de ultrapassar o Bloco de Esquerda (com 2,84 por cento).

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    Por fim Alfena, a única freguesia que resistiu à avalanche socialista. Alfena continua a ser independente (ou será que devemos dizer cada vez mais dependente de Arnaldo Soares?). Os resultados assim o indicam. Sem surpresas, Arnaldo Soares voltou a superar com distinção a concorrência e de novo com maioria absoluta (obteve 50,92 por centos dos votos). Aqui o PS ficou muito atrás, com 32,88 por cento, o pior registo dos socialistas no concelho nestas eleições.

    A vitória do independente Arnaldo Soares acaba por ser uma vitória para a coligação PSD/CDS-PP que em Alfena optou por não apresentar qualquer lista de candidatura e apoiar o movimento Unidos Por Alfena. Quanto à CDU e Bloco de Esquerda não conseguiram eleger qualquer mandato para a assembleia alfenense, mas há a registar o regresso de uma candidatura bloquista em Alfena, depois de em 2013 ali não terem apresentado qualquer candidato. O Bloco alcançou mesmo o seu melhor resultado autárquico em Alfena, no que à assembleia de freguesia diz respeito, obtendo 3,77 por cento dos voto. Já a CDU, apesar de não conseguir qualquer mandato na assembleia registou nesta freguesia também um dos seus melhores resultados desde as Autárquicas de 2005, conquistado 4,92 por cento de votos.

    ERMESINDE LIDERA ABSTENÇÃO

    Por fim, olhemos para a taxa de abstenção no que ao concelho diz respeito. Ermesinde registou o nível mais alto de abstenção com 49,56 por cento, muito acima da media nacional, ao passo que Campo/Sobrado registou a maior afluência às urnas, já que a abstenção não foi além dos 41,04 por cento. No que diz respeito a votos em branco e votos nulos, Alfena destacou-se, já que ali foram registados 3,30 por centos de votos nulos e 4,20 por cento de votos em branco.

    Por: MB

     

     

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