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    Arquivo: Edição de 31-05-2017

    SECÇÃO: Saúde


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    Atenção à Tensão Arterial!

    E QUE SE TRATA?

    A hipertensão arterial (HTA) é uma doença crónica, por vezes não encarada como tal, pois frequentemente é silenciosa. Esta está associada a um aumento da morbilidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Existem estudos que referem que a HTA atinge cerca de metade da população com mais de 65 anos e 75 por cento da população com 80 anos ou mais. Ter a pressão arterial elevada constituiu um fator de risco importante para o desenvolvimento de outras patologias/complicações como: doença coronária; insuficiência cardíaca; doença arterial periférica e insuficiência renal. A hipertensão arterial no adulto é definida por valores de pressão arterial sistólica superiores a 140 mmHg (valor "máximo") e/ou de pressão arterial diastólica 90 mmHg (valor "mínimo").

    COMO SE DIAGNOSTICA?

    A pressão arterial é algo que varia ao longo do tempo, no decorrer do mesmo dia, os valores de pressão arterial vão variando e podem ser influenciados por situações de maior ansiedade ou stress. Por este motivo, o diagnóstico de HTA não se obtém a partir de uma única medição da pressão arterial. Preferencialmente o diagnóstico deve ser baseado em várias medições (no braço) em momentos diferentes, em consultório com a pessoa sentada e tranquila. Existe uma forma de HTA chamada de "HTA da bata branca", que consiste em valores de pressão arterial compatíveis com HTA, porém somente quando medidos em consultório e/ou perante um profissional de saúde, apresentando valores normais fora deste ambiente. Estes doentes têm um risco acrescido de virem a desenvolver uma HTA persistente no futuro.

    Habitualmente a HTA não provoca sintomas, contudo a pressão arterial elevada pode causar um mal-estar geral, tonturas, dores de cabeça, sensação de falta de ar, palpitações ou hemorragia nasal.

    Após confirmado o diagnóstico de HTA, o seu médico habitualmente pedirá algumas análises ao sangue e urina, assim como um eletrocardiograma, de forma a perceber se a HTA estará a atingir algum sistema do seu organismo.

    COMO PREVENIR E TRATAR?

    Existem alguns alguns fatores de agravamento da HTA que devem ser investigados e se possível descontinuados, nomeadamente o uso frequente e continuado de anti-inflamatórios não esteroides, corticoides, estilo de vida sedentário e consumo abusivo de sal na dieta alimentar.

    O objetivo do tratamento da hipertensão é reduzir os riscos cardiovasculares e outras complicações (como a insuficiência cardíaca e a renal), passando por tentar alcançar valores de tensão arterial inferiores a 140/90 mmHg, podendo ainda serem valores alvo mais baixos para doentes com diabetes ou doença cardíaca.

    Nos idosos com mais de 80 anos, estes valores podem ser mais flexíveis indo até ao limite de 150/90 mmHg. Os valores da tensão arterial na população idosa não devem ser tão baixos pelo risco de hipotensão ortostática (diminuição brusca e rápida da pressão arterial, quando a pessoa se coloca em pé) e consequente risco de queda com fratura.

    A adoção de estilos de vida saudáveis são a chave para a prevenção e tratamento da HTA. Exemplos são as recomendações da DGS, no que concerne à adoção de uma dieta equilibrada (rica em legumes e frutas e pobre em gorduras); prática regular de exercício físico; restrição do consumo excessivo de álcool; cessação tabágica e diminuição do consumo de sal (até 5,8g/dia).

    A maioria da vezes o tratamento passa pelo recurso a fármacos chamados de anti-hipertensores que para além de descerem a pressão arterial ajudam ainda a retardar a evolução da doença e suas complicações.

    A hipertensão arterial, é um problema de saúde crónico, responsável pelo aparecimento de muitas outras doenças graves, apesar de não tem cura pode ser controlada. Nestes casos consulte o seu médico de família que o ajudará a compreender melhor e a controlar a doença, pois esta requer um seguimento regular e acompanhamento adequado.

    Por: Daniela Medeiros Coelho*

    *Médica Interna de Medicina Geral e Familiar Pós-graduada em Geriatria Clínica

     

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