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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-05-2014

    SECÇÃO: Saúde


    INVESTIGAÇÃO ANALISOU A SOBREVIVÊNCIA DAS VÍTIMAS DE CANCRO ORAL NA REGIÃO NORTE

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    Sobrevivência das vítimas de cancro oral é inferior a 50%

    A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) apresentou os mais recentes dados relativos à sobrevivência no cancro oral na região norte de Portugal. Trata-se de um estudo pioneiro na medida em que não reflete apenas os dados de um só hospital, mas de toda a região. “Estudo de sobrevivência de cancro oral da população do norte de Portugal” é o nome desta investigação da CESPU, em parceria com o RORENO do IPO-Porto e o King’s College, em Londres, que apresenta a sobrevivência tendo em conta os estádios da doença, comparando os tipos de cancro da boca mais relacionados com tabaco ou com infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV). Os resultados preliminares indicam que apenas 42% das vítimas de cancro oral sobrevive ao fim de cinco anos e que mais de 70% dos doentes na Região Norte são diagnosticados tarde demais, o que explica a baixa taxa de sobrevivência. A investigação analisou a sobrevivência de doentes com cancro do lábio, da cavidade oral e da orofaringe diagnosticados em 2005 e 2006 residentes no norte de Portugal. Durante os cinco anos seguintes foi possível estudar a evolução dos casos diagnosticados, chegando a estes resultados apresentados esta manhã na EXPONOR, no âmbito das Jornadas de Medicina Dentária da CESPU.

    O estudo levado a cabo pela CESPU revela que a solução para alterar estes números é o diagnóstico das vítimas ainda num estádio inicial da doença e que as campanhas de sensibilização e prevenção, assim como rastreios ou programas de deteção precoce de cancro oral, têm um papel fundamental.

    Luís Monteiro, docente da CESPU responsável por este novo estudo, participou já numa investigação anterior que decorreu entre 1998 e 2007, apresentada em 2013, e que concluiu que Portugal é um dos países na Europa com mais casos de cancro do lábio e cavidade oral no sexo masculino. Desenvolvida também pela CESPU em parceria com o RORENO do IPO-Porto e o King’s College, em Londres, essa investigação concluiu ainda que foram detetados nesse período em Portugal 9623 casos de cancro oral, 7565 em homens e 2058 em mulheres, tendo a patologia aumentado a um ritmo de 4% ao ano nas mulheres. Este crescimento revelou-se sobretudo em zonas da boca relacionadas com o vírus do papiloma humano (HPV), consequência de hábitos sexuais.

    O docente da CESPU recebeu recentemente uma bolsa/prémio da Associação Europeia de Medicina Oral para a colaboração em centros clínicos ou de investigação mundiais de referência na área da medicina oral.

     

     

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