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    Arquivo: Edição de 12-02-2014

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Os comentários de um munícipe

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    Intervindo finalmente na parte da sessão destinada ao público nesta reunião da Câmara do dia 5 de fevereiro – depois de na antepenúltima sessão ter sido disso impedido, com a promessa de o poder fazer na próxima, e nessa, ao confrontar-se inesperadamente com a declaração de que ela não era a reunião regular aberta à intervenção do público (!), ter decidido não usar da situação de exceção que lhe foi concedida para poder intervir, dado o engano do Executivo –, o munícipe José Alves começou precisamente por abordar a questão da sua intervenção, referindo um eventual erro de um órgão da comunicação social local, que cremos numa referência a “A Voz de Ermesinde”, ao ver escrito que teria sido impedido de intervir na última reunião. Lapso do munícipe, que não leu como deveria o que foi escrito, facto que aqui de novo recapitulamos no início do texto.

    Mas vamos ao que importa, à interessante intervenção de José Alves, nesta reunião de 5 de fevereiro.

    Abordando quatro assuntos com interesse público, o munícipe começou por apontar a questão do atraso da aprovação das atas, considerando que «não é benéfico que estas sejam aprovadas cinco ou seis meses depois». Registe-se que nesta mesma reunião de 5 de fevereiro havia para aprovação (ponto que todavia haveria de ser retirado da Ordem de Trabalhos), nada mais nada menos que cinco atas, sendo a mais antiga de 5 de dezembro de 2013. José Alves referiu que numa sessão do Executivo anterior chegou a aprovar-se de uma só vez dez atas. Daí a sua recomendação para uma aprovação mais célere.

    José Manuel Ribeiro, considerando em parte a justeza da crítica, prometeu que a Câmara tudo faria para tornar menos demorado o ciclo de redação e aprovação das atas, ainda assim explicando ao munícipe que a redação daquelas era uma tarefa trabalhosa e que requeria os maiores cuidados, elogiando o esforço da técnica que se tem responsabilizado por esse trabalho.

    O segundo assunto abordado por José Alves foi a situação da Escola Básica do Mirante de Sonhos, que enferma de várias deficiências, como a ausência de passeios em grande parte da sua fachada, a falta de limpeza a que está sujeita, permitindo-se a ocorrência frequente de os funcionários da STCP fazerem das suas imediações mictório junto do terminal da carreira para Sonhos, a escola apresentando ainda paredes com fissuras, e ocorrendo igualmente com frequência o estacionamento indevido, possivelmente de professores, em cima do passeio, na parte em que este existe, danificando-o.

    Aberta a escola com pompa e circunstância, embora com o acesso impedido aos comuns munícipes, eis ao que, em pouco tempo, a escola tinha chegado, pelo menos no seu exterior, já que o munícipe nada podia dizer de eventuais problemas no seu interior, que não conhecia.

    Orlando Rodrigues, o vereador com o pelouro da Educação, informou que iria ser feita uma intervenção no recreio da escola, que tinham já sido verificados os danos no passeio e que iria procurar-se alterar a colocação dos contentores do lixo, de forma a que os camiões de recolha de resíduos sólidos pudessem fazer o seu serviço sem causar danos ao passeio, já que seriam eles, sobretudo,os responsáveis. O piso também iria ser corrigido

    O terceiro assunto abordado foi o da situação da antiga Fábrica de Tecidos de Sá, localizada entre a Santa Rita e a Vila Beatriz, num estado de degradação preocupante, pois fora um pequeno arranjo estético numa parte do edifício junto da estrada (que será a EN 15-1), o resto do edifício ameaça ruína, com uma forte possibilidade de desmoronamentos para a estrada e perigo de danos irreparáveis em pessoas e bens, se nada se fizer para o evitar.

    José Manuel Ribeiro apontou que a antiga fábrica de Sá era propriedade privada e que a autarquia tinha limitações na sua intervenção, além do mais não havendo indícios visíveis de perigo de derrocada.

    O último assunto abordado foi o da ligação da autarquia às IPSS. Voltando à questão das atas, numa delas, a de 4 de julho de 2013, José Alves estranhava que, discutindo-se uma situação que envolvia uma IPSS (cremos que a ADICE), uma vereadora (seria Maria Trindade Vale) a esta muito ligada, não tivesse pedido escusa na votação, quando evidentemente o deveria ter feito.

    Ao discutir-se a questão do fornecimento de refeições às escolas, José Alves teria procurado recolher elementos sobre as IPSS do concelho, mas de uma delas não teria conseguido recolher qualquer elemento e preocupava-o o secretismo que envolveria essa IPSS – «a poderosa ADICE», tal como citando um certo órgão de comunicação social, se lhe referiu.

    Continuou solicitando ao Executivo que respondesse se havia algum espaço público cedido a alguma IPSS. E terminou exigindo um maior rigor e transparência deste Executivo relativamente ao anterior. Mas, pelo menos nesta reunião, não obteria resposta.

    Por: LC

     

     

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