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    Arquivo: Edição de 31-07-2013

    SECÇÃO: Opinião


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    Os custos da impreparação política

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    É corrente o entendimento de que Passos Coelho tem revelado falta de preparação política para coordenar uma equipa governamental, com consequências funestas para os portugueses que são quem, em última análise, suportam os custos do exercício de quem se atreve a ocupar lugares sem previamente se rodear de conhecimentos mínimos que a função requer. Prova do afirmado, é não ter percebido, aquando da renúncia de Victor Gaspar, que a então secretária de Estado do Tesouro já estava sob os holofotes do escrutínio dos implicados nos designados swaps, motivo suficiente para a manter em stand by, em vez de apressadamente a promover a ministra de Estado e das Finanças, quando lhe deveria ter apontado a porta por onde saíram dois secretários de Estado.

    Este monumental erro, associado à legítima barragem da oposição, determinada em não perdoar a falta de respeito para com os deputados, de quem é ouvido em comissão parlamentar de inquérito, mentindo ou faltando à verdade, escudando-se na semântica para continuar a afirmar o contrário do que toda a gente já entendeu, terá como resultado uma de duas consequências: ou o primeiro-ministro procede rapidamente à 8ª remodelação ministerial (o que não será grave, mais uma ou menos uma, depois da meia dúzia é irrelevante), substituindo a ministra das Finanças por alguém sem “rabos de palha”, ou sujeita o atual Executivo ao risco de, a curto prazo, os novos ministros, considerados pelos portugueses como a “nova esperança”, sentirem que estão a mais num universo em que têm de conviver com pessoas com currículos diametralmente opostos aos seus, sem pachorra para verem as suas prestigiadas carreiras profissionais enlameadas por contágio de atores de outros filmes.

    Daí que, se Passos Coelho tivesse feito um curso intensivo de gestão de equipas ministeriais antes de sobraçar o cargo de primeiro-ministro, teria percebido que a substituição do ex-ministro das Finanças deveria ter sido por outrem que não Maria Luís Albuquerque, para que, enquanto possível, pudesse utilizar os seus préstimos nas relações com a Troika. Agora a Inês é morta e o calvário é para continuar, até ao próximo episódio em que a semântica empalideça, a verdade adquira o seu verdadeiro esplendor, a ministra liberte os seus pares da sua presença e o Governo siga o seu curso normal, liberto de indesejáveis “apêndices”.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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