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MAIORIA DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS VÃO SÊ-LO NA IDADE ADULTA
Estudo revela co-relação entre desenvolvimento de diabetes e obesidade pediátrica
Uma investigação portuguesa, apresentada na sexta edição do Congresso PRACTICE, revela novos dados sobre o problema da obesidade pediátrica: 33% das crianças com menos de 6 anos, 50% das crianças entre 6 e 11 anos e 80% dos adolescentes obesos mantêm o problema na idade adulta. O estudo envolveu 580 crianças e adolescentes portugueses, com idades compreendidas entre os 2 e os 18 anos.
«Observa-se uma marcha diabética associada à obesidade pediátrica, estando a intervenção na adolescência associada a menores resultados satisfatórios, independentemente da idade de início ou da duração da obesidade. Este aspeto, aliado à elevada prevalência de obesidade na população pediátrica portuguesa, poderá hipotecar a qualidade de vida das futuras gerações”, considera Carla Rego, médica pediatra e uma das investigadoras do estudo.
Aos cinco anos de follow up foi registada uma redução significativa da massa gorda nas crianças, acompanhada por uma diminuição da prevalência de hipertensão arterial. Aos oito anos de follow up, embora se tenha mantido uma redução na magnitude da obesidade e da adiposidade, a maioria da população manteve critérios definidos por obesidade e triplicou a resistência do seu corpo à insulina.
Para inverter esta tendência, os especialistas aconselham a que a prevenção seja realizada durante a gravidez: a mulher deve ter cuidado com o elevado aumento de peso durante a gestação, regular a sua alimentação e monitorizar periodicamente o peso do feto. A velocidade de crescimento do bebé e o seu estado nutricional devem, também, ser monitorizados durante os dois primeiros anos de vida pois um rápido incremento de peso neste período eleva a probabilidade do aparecimento da obesidade aos 6 anos.
O PRACTICE é uma organização interdisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas e especialistas do Exercício, que se dedicam a estudar a aplicação do exercício físico na prevenção da doença, a sua possível atuação em indivíduos em risco ou portadores de patologia, e os seus efeitos na reabilitação. O seu grande objetivo passa por promover a divulgação e discussão dos efeitos terapêuticos da Atividade Física, do Exercício e do Desporto nos vários problemas de Saúde Pública, salientando as sinergias que podem ser criadas entre a Ciência Médica e as Ciências do Exercício.
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