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    Arquivo: Edição de 31-10-2012

    SECÇÃO: Saúde


    53% dos doentes com psoríase sofrem de depressão

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    A PSOPortugal – Associação Portuguesa de Psoríase comemorou, no dia 29 de outubro, o Dia Mundial da Psoríase que, sob o tema “Psoríase, um desafio de saúde global”, pretende em 2012 chamar a atenção para as várias doenças associadas à Psoríase, como a depressão ou o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

    «A psoríase pode levar à depressão, tristeza, baixa produtividade laboral, baixa empregabilidade e discriminação social, relacional e até profissional, baixa autoestima, tendência suicida, má adesão às terapêuticas prescritas e problemas na própria relação médico-doente. Os doentes com psoríase têm também um maior risco cardiovascular, com aumento da prevalência de enfarte agudo do miocárdio e AVC», sublinha Paulo Ferreira, médico dermatologista colaborador com a PSOPortugal.

    O especialista refere ainda que «a obesidade, os problemas dietéticos, o tabagismo, a hiperlipidémia e a intolerância aos hidratos de carbono são questões prementes e atuais, que vêm aumentar a enorme lista de problemas e preocupações destes doentes».

    De acordo com Vítor Baião, presidente da PSOPortugal, «a psoríase não é uma doença apenas da pele e tem um forte impacto negativo na qualidade de vida dos doentes, não só pelo receio da discriminação social e profissional mas também pela manifestação da doença em zonas do corpo especialmente significativas.

    É urgente sensibilizar as populações para esta doença, mostrando que a psoríase pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, e que não é contagiosa nem prejudica a atividade profissional, e alertar as autoridades para a importância do seu reconhecimento como doença crónica», acrescenta Vítor Baião.

    Em Portugal, um estudo recente sobre a qualidade de vida relacionada com a saúde dos doentes com psoríase (170 doentes de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro), concluiu que existe uma clara diminuição da qualidade de vida dos doentes com psoríase face à população em geral. A partir de comparações com estudos internacionais verifica-se que apenas doentes diabéticos com amputações de um dedo do pé reportam uma qualidade de vida relacionada com a saúde inferior à encontrada nos doentes portugueses com psoríase.

    «Este estudo, que incidiu em doentes com uma média de 27% do corpo afetado pela doença, revelou que 69% dos inquiridos têm alguns problemas com dor e mal-estar e 53% têm problemas relacionados com ansiedade e depressão», afirma Céu Mateus, professora auxiliar de Economia da Saúde na ENSP/UNL e investigadora principal do estudo.

    A investigação portuguesa revela também que quando comparado com estudos internacionais, os doentes portugueses são aqueles que afirmam ter pior qualidade de vida relacionada com a saúde em componentes chave da medição desse atributo como, por exemplo, estado geral de saúde, dor, vitalidade, capacidade para desempenhar tarefas do quotidiano, saúde mental, bem estar emocional, e desempenho social.

     

     

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