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    Arquivo: Edição de 17-10-2012

    SECÇÃO: Opinião


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    Assembleia da República paga golfe

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    A comunicação social que diariamente dá nota das dificuldades que os portugueses vivem, também nos presenteia com o regabofe que campeia pelas mais diversas instituições, departamentos, serviços e afins, que se alimentam do orçamento do Estado que, como se sabe, resulta da carga fiscal imposta aos cidadãos, sendo, ao que nos dizem, o segundo que mais dinheiro “sacou” aos contribuintes nos últimos anos.

    Vem isto a propósito da notícia de terem saído do orçamento da Assembleia da República dinheiro para financiar, este ano, um torneio de golfe para deputados na Quinta da Marinha no passado mês de Julho. A mesma notícia informa-nos que nos últimos cinco anos os contribuintes portugueses, pela via do orçamento e através da Associação de ex-deputados e Grupo Desportivo, alimentaram a folia dos deputados em cerca de 286 mil euros, qualquer coisa como cerca de sessenta mil euros por ano, mais que o rendimento de dez trabalhadores em igual período.

    Num tempo em que por falta de dinheiro os vivos dormem com os mortos, famílias necessitadas esgotam as capacidades das cantinas sociais, os pobres e os remediados, a quem o Estado se prepara para lhes confiscar o “casebre” onde vivem, se angustiam com o que o IMI lhes reservará, quando metade dos desempregados não recebe subsídio nem RSI, quando há instituições sociais que para disponibilizarem aos utentes equipamentos de reduzido custo precisam de obter prévia e talvez difícil autorização do ministro das Finanças, como aceitar que os responsáveis pela utilização dos dinheiros públicos afetos à Casa da Democracia (como gostam de a intitular), se atrevem a tal desaforo? Que não querem ver o Povo por perto já sabemos, mas que não se sirvam dos seus impostos para se divertirem.

    Se no próximo orçamento do Estado as transferências para a Assembleia da República não sofrerem um corte da ordem dos 30%, e não contiver diretivas concretas para que os dinheiros sejam usados, unicamente, no funcionamento dos indispensáveis serviços parlamentares, os portugueses terão razões mais que suficientes para se oporem por todos os meios à aplicação do “pacote” anunciado de forte austeridade, em cima da que já lhes foi imposta neste último ano e meio.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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