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    Arquivo: Edição de 08-05-2012

    SECÇÃO: Arte Nona


    José Carlos Francisco (Tex Willer Blog) entrevista Manuel Espírito Santo – coordenador do MAB Invicta

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    O responsável do Tex Willer Blog, José Carlos Francisco publica no seu blog uma entrevista recente com Manuel Espírito Santo, coordenador do MAB Invicta – Festival Internacional de Multimédia, Artes e BD.

    Começando pela apresentação do coordenador do MAB, Espírito Santo revela a sua formação na área de Letras e as vicissitudes do seu percurso académico dadas a origem “humilde” da sua família.

    Atualmente faz trabalhos na área da tradução, e trabalha no projeto de um livro e documentário acerca de Stuart de Carvalhais, entre outras coisas entre mãos.

    Inquirido acerca da iniciativa do MAB Invicta, Manuel Espírito Santo refere um conceito que criou, o da Invicta Indie Arts, primeiro com uma loja física de banda desenhada e depois através da realização de vários concertos e sessões de autógrafos, com a artista Dame Darcy (autora de banda desenhada) em 2010, tendo aí pensado realizar «um festival que englobasse banda desenhada para todos os gostos, animação e cinema», tentando sobretudo «fazer algo pela cidade do Porto».

    O coordenador do MAB Invicta refere depois a sua aposta na Banda Desenhada para este certame que – refere – não contou com apoio da Câmara Municipal do Porto ou qualquer outra entidade pública, tendo tido um «orçamento zero literalmente, somente com parcerias que deram para pagar a vinda e estadia a autores estrangeiros (excluindo Fabio Civitelli que foi um caso à parte)», agradecendo por isso o coordenador do MAB Invicta à comunidade texiana, «e à boa vontade dos autores nacionais».

    «Os custos – revela ainda – rondaram uns 4 500 euros que só foram possíveis» devido ao facto de Manuel Espírito Santo ter trabalhado no projeto de «forma gratuita durante quase um ano (mais de 8 horas por dia) e de ter tido uma equipa que trabalhou também em prole da mesma causa. Estes custos foram suportados em parte pelas parcerias e bilheteira», ficando à sua responsabilidade e da sua namorada parte dos custos que não foram cobertos («e não somos ricos, vivemos com o que temos», referiu).

    José Carlos Francisco questiona depois o coordenador do MAB Invicta sobre a exposição relacionada com o Tex e a afluência de público, que deve ter andado entre 200 e 250 pessoas.

    Manuel Espírito Santo destaca a forma como o projeto foi foi bem sucedido, em grande parte pela presença de Fabio Civitelli, que além do mais definiu como uma «uma pessoa encantadora, genial», divertida, cavalheiresca, de «incontáveis virtudes». Teve uma «imensa paciência e simpatia a autografar e desenhar tantos Tex Willer para todo o público, já para não falar da importância das exposições dedicadas a Sergio Bonelli e páginas inéditas de TEX», de que agradece a disponibilidade a José Carlos Francisco e às edições Bonelli.

    Questionado sobre quem escolheria, entre os autores, para um próximo certame, o coordenador do MAB Invicta refere que, do universo texiano «gostaria imenso de trazer Guido Buzzelli (mas não é possível, pois já faleceu». Em alternativa refere Ivo Milazzo, que adorou conhecer em Beja, «mas desde que seja um autor que tenha o mesmo amor pelo personagem Tex como tem Fabio Civitelli», para ele isso já seria o suficiente. «As pessoas não se veem só no seu talento artístico, mas sim na sua postura na vida e é isso que eu “busco” nos artistas (apesar de me enganar algumas vezes na escolha de alguns)». Teria que ser alguém com quem tivesse «uma empatia quase automática como com o Fabio (e recordo-lhe que não conhecia quase nada do seu trabalho artístico)».

    Manuel Espírito Santo conclui a sua entrevista referindo: «Foi um projeto com muito trabalho e que apanhou uma enorme área da cidade do Porto com todas as extensões criadas à volta do MAB, e fico contente de ter dado o máximo em prol da minha cidade e de artes que eu adoro sem contrapartidas, mas com um ganho espiritual fabuloso, por outro lado fiquei triste por ter de conhecer o lado negro dentro destas artes onde existem pessoas (pessoas do meio da BD) que se aproveitam das mesmas para gáudio pessoal, e que tiveram o desplante de tentar sabotar um festival que foi feito nestas condições e com pouquíssimos meios humanos e quase nenhuns financeiros e aos quais inclusive pedi ajuda que me foi recusada. Sempre tive a mesma opinião em todos os campos nesta vida, pode-se não se gostar desta ou daquela pessoa pelas suas ideias, pela sua presença ou até mesmo pela sua fisionomia, mas ver pessoas dentro desta arte tão menosprezada em Portugal a tentar destruir um festival e uma arte que supostamente “amam” é muito mau, hipocrisia sempre foi o maior defeito que encontrei em qualquer ser humano. Tenho provas suficientes e eloquentes acerca do que escrevo aqui e guardo-as para “aprender”».

    Fonte: http://texwillerblog.com/wordpress/?p=37210

     

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