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    Arquivo: Edição de 10-09-2011

    SECÇÃO: Destaque


    Festa do Mundo - IV Festival pela Interculturalidade

    Nos passados dias 22, 23 e 24 de julho, a Agência para a Vida Local e a Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Valongo proporcionaram a todos os seus munícipes a Festa do Mundo - IV Festival pela Interculturalidade.

    Este é um certame que afirma um cariz social e educativo, pois não só em casa ou na escola se fazem bons cidadãos. Foi a partir deste mote que o Município arrancou pelo quarto ano consecutivo esta iniciativa que pretende, essencialmente, desconstruir ideias pré-concebidas que podem levar, num futuro próximo, a processos de estigmatização e racismo.

    Foto ANDRÉ CARVALHO (CMV)
    Foto ANDRÉ CARVALHO (CMV)
    A Festa do Mundo abriu com uma série de workshops, à semelhança do que veio a acontecer nos restantes dois dias do certame, abrangendo toda a programação da tarde. Os motivos dos mesmos foram os mais diversificados, de forma a atingir todos os públicos e a proporcionar uma viagem espiritual pelos quatro cantos do planeta.

    A Fundação MOA de Portugal, pela mão de Tatsuya Kanda, fez as honras da casa e não desiludiu com o workshop de Origami, tendo mesmo este sido repetido a pedido de várias crianças que, não se contentando apenas em ver, quiseram participar ativamente. A cargo desta Fundação, que tem como principais objetivos propiciar o intercâmbio internacional e difundir a cultura nipónica, esteve também o workshop de Arte Floral e a Cerimónia do Chá, igualmente bem sucedidos.

    À Essência d'Oriente coube a coordenação dos workshops de Yoga, de Hip-Hop e a Aula de Aeróbica Oriental. Estes foram momentos de grande envolvência espiritual, de relaxamento e interação aos quais miúdos e graúdos não quiseram faltar.

    Os workshops de "Sombreros, os Chapéus Mexicanos", d' "Os Animais do Mundo" e o das "Crianças do Mundo" foram espaços destinados às crianças que, apenas sob o olhar atento dos pais, puderam criar com total liberdade e dar asas à imaginação característica destas.

    A consagração do êxito deu-se com o workshop de Tai Chi, a cargo do Portugal Tai Chi Center, sendo dirigido pelo mestre Sérgio Terramoto. Com dezenas de participantes, este foi, sem dúvida, o mais procurado. Tendo ocupado todo o auditório exterior do Parque Urbano de Ermesinde, muitos viram-se obrigados a só poder participar nas áreas verdes envolventes, o que não os dissuadiu.

    E, se durante o dia o afluxo foi grande, nem por sombras se equipara à sala cheia de que foram alvo as animações noturnas. Concertos, teatro de rua e danças tradicionais foram servidos como digestivo em noites que se viram agradáveis e animadas.

    Os Cabeças no Ar e Pés na Terra e o seu espetáculo "Os Viajantes" foram os primeiros a entrar em palco no dia 22 de julho. Apresentaram-se como um grupo de marcianos que veio dar uma vista de olhos à diversidade cultural que caracteriza o nosso planeta. Seguiu-se um grupo de música tradicional galaico-portuguesa, de seu nome Deu La Deu. Os Andantes estiveram incumbidos do encerramento, prestando um tributo musical à interculturalidade, tema do festival. No dia 23 de julho subiram ao palco sob o tema Danças do Mundo bailarinos do Nepal e do Chile, demonstrando o que de melhor se dança por lá.

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    A animação noturna e, por sua vez, a Festa do Mundo - IV Festival pela Interculturalidade terminou com a atuação do Trio Beregynha, em nome do Centro Folclórico e Etnográfico da Ucrânia – bem merecedor de largos aplausos.

    Em paralelo, e durante os três dias dedicados ao certame, decorreu a Mostra de Artesanato "Artes sem Fronteiras", também ela tendo o Parque Urbano de Ermesinde como cenário. Em troca de poucas moedas era possível, não só adquirir produtos artesanais e únicos de diferentes povos (africanos, nipónicos, brasileiros) e até nacionais, como também ter acesso a uma leitura do seu mapa astral. A oferta era muita: bijuteria, vestes, estátuas budistas, velas perfumadas, acessórios, etc.. Nada faltou para comprovar que a atividade artesanal ainda encanta e apaixona, ganhando cada vez mais admiradores.

    Sendo a cultura uma área que "muito envaidece a Câmara", segundo palavras do vice-presidente e vereador da Cultura João Paulo Baltazar, este certame foi por si só um exemplo de que não é preciso mais do que boas apostas e gosto em se fazer cada vez melhor para que um evento cultural possa alcançar o sucesso pretendido.

    Por: Sara Vieira

     

     

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