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    Arquivo: Edição de 15-05-2011

    SECÇÃO: Tecnologias


    O projeto Haiku

    Haiku, conhecido anteriormente como OpenBeOS, é um projeto que está a reconstruir o sistema operativo BeOS a partir do zero, com uma licença de uso de código aberto. O projeto conta com a ajuda de programadores que participaram do desenvolvimento do BeOS original no esforço de fazer do Haiku um novo BeOS, otimizado para os tempos atuais. (*)

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    História

    O projeto começou como "OpenBeOS" em 2001, após a compra da Be Incorporated pela Palm e o subsequente fim do desenvolvimento do BeOS. A compra deixou os utilizadores do BeOS sem perspetivas de melhorias e atualizações, e os criadores de programas para BeOS sem uma plataforma viável.

    Um entre diversos projetos apresentados com o objetivo de continuar o sistema operativo, o OpenBeOS distinguia-se do Cosmoe e do BlueEyedOS por não usar um núcleo Linux ou BSD existente e sobre ele reimplementar a API do BeOS (o que o tornaria incompatível com os programas existentes para BeOS e alteraria radicalmente a estrutura do sistema).

    O projeto planeou uma quase completa reconstrução do sistema, mantendo compatibilidade de programas e códigos fonte, permitindo assim que os programas existentes para BeOS possam ser executados no novo sistema sem a necessidade de uma recompilação.

    Origem do nome

    Em 2004 um novo nome foi escolhido para o projeto a fim de evitar o uso indevido de uma marca registada agora em posse da Palm. O novo nome, decidido entre os líderes do projeto e influenciado por um inquérito realizado entre a comunidade, foi revelado na conferência WalterCon daquele ano. O nome "Haiku" pretende refletir a elegância e simplicidade que atraíram vários utilizadores para o BeOS, além de ser uma referência direta às mensagens de erro exibidas na forma poética japonesa haiku pelo navegador NetPositive e outros programas da Be.

    Desenvolvimento

    Este projeto é controlado pela Haiku Incorporated, uma organização sem fins lucrativos baseada na cidade de Nova Iorque.

    Desenvolvimento

    Devido à sua própria natureza, o projeto não tem um ritmo de desenvolvimento fixo. Iniciado em 2001, já contava em 2004 com vários módulos em estágio alpha.

    A construção modular do BeOS permite que equipas de programadores voluntários trabalhem independentemente nos substitutos dos servidores e APIs (conhecidos no Haiku como "kits"). As equipas incluem:

    App/Interface - no qual se encaixam os kits da interface, aplicativos e suporte;

    BFS - que visa a recriar o sistema de arquivos Be (Be File System), tarefa quase completa, com o sistema OpenBFS utilizado não apenas pelo Haiku como também pelo SkyOS;

    Game - que desenvolve o kit para jogos e suas APIs;

    Input Server - o servidor que gerencia os dispositivos de entrada como teclados, mouses/ratos e como se comunicam com outras partes do sistema;

    Kernel - o núcleo do sistema operativo;

    Media - desenvolvendo o servidor de áudio e APIs relacionadas;

    MIDI - implementando o protocolo MIDI;

    Network - responsável por escrever drivers para dispositivos de rede e APIs para os diferentes protocolos;

    OpenGL - desenvolve o suporte a OpenGL;

    Preferences - recriando o ecrã de opções do BeOS;

    Printing - responsável pelos servidores de impressão e drivers para impressoras;

    Screen Saver - implementando as funcionalidades dos protetores de ecrã;

    Storage - desenvolvendo o servidor de armazenamento e drivers para sistemas de ficheiros;

    Translation - recriando os módulos de leitura e conversão de formatos de ficheiro.

    Alguns kits foram considerados completos e os demais estão em diferentes estágios de desenvolvimento.

    O núcleo do Haiku é um fork do NewOS, um núcleo modular escrito pelo ex-engenheiro da Be, Travis Geiselbrecht, e continua em desenvolvimento. Muitos recursos foram implementados, incluindo uma camada (layer) VFS e suporte rudimentar a multiprocessamento simétrico.

    Open Sound System para Haiku

    e outros desenvolvimentos

    Desde março de 2005 que se sucederam vários marcos de desenvolvimento do Haiku, entre eles: execução gráfica dos primeiros programas BeOS em Haiku, possibilidade de usar o gerenciador de ficheiros original do BeOS, execução de jogos, browser roda com sucesso e uso de dispositivos USB 1.1 como rato e teclado, suporte a controladores Serial ATA, e surgimento em setembro de 2009 da versão R1/Alpha 1, o primeiro lançamento de desenvolvimento do sistema.

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    Compatibilidade com BeOS

    O Haiku visa ser compatível com o BeOS tanto nos níveis do código-fonte quanto dos programas compilados, permitindo que programas escritos e compilados para BeOS possam ser compilados e rodar sem modificações no Haiku. Isto proporcionaria aos utilizadores do sistema uma vasta coleção de programas disponíveis (mesmo programas cujos desenvolvedores já saíram do mercado ou deixaram de atualizar os seus programas), além de permitir que o desenvolvimento de programas interrompidos desde o "fim" da Be Incorporated seja retomado.

    Essa decisão no entanto possui os seus pontos negativos, deixando o sistema preso à versão 2.95 de seu compilador GCC que, em 2009, já tem mais de 8 anos (apesar de pequenas atualizações terem sido lançadas desde então, e o facto de que o Haiku pode ser compilado na versão mais nova do GCC, opção que quebra a compatibilidade com os programas existentes). Usando a versão mais recente do GCC 4 quebras de compatibilidade com BeOS, no entanto, Haiku está a ser construído com suporte aos ambientes GCC4/GCC2 híbrido. Isto permite a utilização de ambos GCC versão 2 e versão 4 binários, ao mesmo tempo.

    Apesar dos esforços, a compatibilidade com uma série de acessórios que usam APIs próprias não será implementada. Nesta situação encontram-se drivers para sistemas de ficheiros e codecs para formatos de média alternativos, entre os codecs afetados com pouca chance de reimplementação estão os decodificadores de mídia Indeo, para os quais não existem especificações disponíveis. (...)

    * Informação recolhida da Wikipedia.

     

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