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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2010

    SECÇÃO: Educação


    O DESAFIO DA VIDA (EDUCAÇÃO & SAÚDE)

    Estou na escola! O desenvolvimento dos 6 aos 12 anos

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    Foto HANNES EICHNGER
    Foto HANNES EICHNGER
    A partir dos seis anos, e até aos doze, as crianças entram num período designado por Terceira Infância. Outra forma de designar este período é de “anos escolares”: a escola torna-se a experiência central da vida da criança e é um período fulcral para o desenvolvimento a todos os níveis.

    O crescimento da criança é cada vez mais acentuado: ficam mais altas, mais pesadas e com mais força. No desenvolvimento, é notório o melhor equilíbrio, coordenação, e melhor precisão de movimentos, que vai permitir que sejam mais eficazes nos desportos e que segurem melhor no lápis ao pintar e a escrever.

    A partir dos seis anos aplicam os conhecimentos de um modo cada vez mais efectivo, que se vai notar também no aumento de complexidade dos currículos escolares. O raciocínio lógico é também cada vez mais eficaz, ou seja conseguem partir de premissas para conclusões, por exemplo: “Todos os cães ladram. O Pintas é um cão. O Pintas ladra”. Também, a partir dos seis anos, fazem juízos sobre causa/efeito, compreendem a relação entre o todo e as suas partes e têm melhor organização das sequências lógicas das acções. Outra característica que podemos observar é a capacidade de aprendizagem de cada vez mais habilidades e conceitos. Começam também a operar com números e sucessivamente vão apreendendo conceitos da matemática. Aprendem também a usar estratégias de memorização e, a partir dos oito anos, já são capazes de memorizar o caminho para casa e perceber o tempo que demora. Ao nível emocional também ficam mais maduros: começam a ter melhor compreensão das emoções e a reconhecer os sentimentos dos outros. Escolhem um amigo especial, com interesses comuns, e exploram as relações com outras crianças através da partilha e inter-ajuda. Desenvolvem a moralidade, que inicialmente é muito rígida e egocêntrica, mas que se vai flexibilizando ao longo do tempo, começando a criar o seu próprio código moral.

    A entrada e permanência na escola é o marco essencial neste período. A transição pode ser um momento stressante, porque passam a existir regras muito mais estruturadas do que anteriormente, e há maior responsabilidade. A avaliação e o desempenho que têm na escola assume grande importância, e espera-se que a criança seja capaz de se auto-regular e controlar. Além disso, a escola vai promover maior autonomia no dia-a-dia. O suporte familiar apresenta um papel muito importante nesta fase de adaptação às novas exigências. Estando na escola a criança vai ser confrontada com desafios, que a vão fazer adquirir competências, desenvolver a vários e níveis e, principalmente, aprender. No entanto, existem situações para as quais se deve estar alerta. Destas, destacamos as dificuldades de aprendizagem e a hiperactividade. As dificuldades de aprendizagem são dificuldades significativas na aquisição e na utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita, e do raciocínio matemático. Como sinais desta situação encontramos: criança inteligente, contudo é irregular na escola; inverte letras (ex: ”d” por “b”) ou números (ex: “6” por “9”), na escrita; esquece-se com frequência; muito distraída; é “trapalhona” a falar; coordena mal os movimentos; é desorientada; sabe muita coisa, mas não aprende a ler; e esforça-se por aprender, mas não consegue.

    A hiperactividade e défice de atenção caracteriza-se por um padrão persistente de falta de atenção e/ou impulsividade-hiperactividade. Há falta de atenção aos pormenores e descuido nas tarefas escolares ou noutras actividades, e a criança é agitada e irrequieta. Algumas das características que podemos encontrar são: parece não ouvir quando se fala directamente com ela, distrai-se facilmente com estímulos irrelevantes; movimenta excessivamente as mãos e os pés; levanta-se quando deveria estar sentado; corre ou salta excessivamente em situações em que é inadequado fazê-lo; e tem dificuldade em esperar pela sua vez. É importante referir que estes sinais devem ser avaliados por um profissional especializado, para se poder tirar conclusões sobre as dificuldades da criança.

    Este é um período muito importante no desenvolvimento e a cada passo estão mais próximos da vida adulta. No próximo artigo, iremos abordar o desenvolvimento do adolescente.

    Por: Magda Lomba (*)

    (*) Terapeuta ocupacional

     

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