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    Arquivo: Edição de 15-10-2009

    SECÇÃO: Destaque


    ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2009

    As várias reacções aos resultados eleitorais

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    A coligação PSD/PPD “A Vitória de Todos” tornou pública no seu blog uma declaração de vitória: «Está tudo preparado para o novo mandato de Fernando Melo. A vitória esperada foi alcançada no domingo com uma larga vantagem em relação aos adversários desta campanha. Nestas eleições não foi só a coligação “A Vitória de Todos” que saiu vencedora. Nestas eleições ganhou o município. Ganhou a população. Com a “Vitória de Todos” e com uma equipa renovada que se apresenta ao concelho, o desenvolvimento e a qualidade de vida vai prosseguir em Valongo. Obrigado pela renovação de confiança no nosso projecto».

    Também Fernando Melo, em declarações prestadas à imprensa diária se declarou disposto a governar o concelho, tarefa perfeitamente possível, mesmo em minoria.

    João Paulo Baltazar, líder da Concelhia social-democrata , pela sua parte, comentou para “A Voz de Ermesinde” os resultados eleitorais, assumindo que mesmo não deixando de constituir uma vitória, tais não eram os resultados que os social-democratas preferiam, embora devam ser democraticamente respeitados, pois foram o que a população definiu.

    O também eleito vereador na lista PSD/CDS comentou ainda os resultados em Sobrado, revelando serem, de certo modo, já esperados. por fim, João Paulo Baltazar deixou no ar a ideia de que estes resultados merecem muita reflexão e muito trabalho para o mundo que se sucederá à presidência de Fernando Melo para daqui a quatro anos.

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    Por sua vez, Afonso Lobão, em comentário aos resultados eleitorais prestado a “A Voz de Ermesinde”, e falando sempre em nome pessoal, não deixando de felicitar Fernando Melo e as listas vencedoras da coligação PSD/CDS, apontou que os números desta votação indicam inequivocamente a vontade de mudar da população concelhia, com um voto maioritário nas listas da oposição. Prometendo continuar a lutar pelo programa eleitoral com que se apresentou às urnas, o cabeça-de-lista do PS anuncia uma oposição firme mas construtiva, onde não estará presente o “bota-abaixismo”.

    O PS continuará a desenvolver o seu trabalho para, daqui a quatro anos se apresentar às urnas em condições de ganhar as eleições, garantiu Afonso Lobão. O autarca, que espera vir a cumprir o seu mandato, a não ser que uma decisão do partido possa vir a decidir uma outra coisa, lamentou também a incapacidade do partido em impedir a dispersão dos votos, pois ficou demonstrado que a sua candidatura era aquela que em melhores condições se apresentava para derrotar a lista da coligação PSD/CDS.

    Quanto à ruptura dos militantes socialistas que decidiram colocar-se ao lado de Maria José Azevedo, Afonso Lobão considerou que tal ruptura está consumada e não é de agora.

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    A Coragem de Mudar reagiu também, em comunicado, aos resultados das eleições autárquicas, considerando que esta associação «provou (...) que é possível fazer política fora da lógica dos jogos de interesses partidários. Com poucos meses de existência, a Coragem de Mudar conseguiu apresentar-se aos eleitores como uma sólida alternativa ao desgastado poder municipal liderado pelo mais velho presidente de Câmara do País (...). A enorme participação cívica voluntária de imensos cidadãos permitiu construir um projecto que nos fez acreditar que seria possível inverter a tendência política dos últimos 16 anos e, dessa forma, tirar o Concelho de Valongo dos últimos lugares nos indicadores de desenvolvimento entre os seus pares do Grande Porto. Para isso, seria necessário vencer as eleições, objectivo que não concretizámos, pelo que temos de admitir a derrota eleitoral da Coragem de Mudar».

    Apesar de assumir a derrota, a Coragem de Mudar declara ainda que «(...) ganhou a cidadania, pois a população do Concelho demonstrou ter motivação para trabalhar num projecto alternativo (...)» e a sua contribuição para pôr a nu a política de Fernando Melo.

    Finalmente denuncia a «campanha negra contra a Coragem de Mudar» em que «valeu tudo: lançaram-se boatos e insultos, fizeram-se panfletos de campanha unicamente destinados a atacar a candidatura independente, o texto dos carros de som era a nós dirigido e até se cometeram ilegalidades. No dia de reflexão e no dia da votação circularam mensagens escritas por telemóvel de apelo ao não voto na nossa candidatura». E antes de elencar os seus eleitos, a Coragem de Mudar termina: «Não respondemos a estas provocações e centramo--nos no nosso combate: tentar desalojar do poder o dr. Fernando Melo, de modo a podermos fazer desenvolver o Concelho».

    Adelino Soares, líder da Comissão Concelhia do partido Comunista Português, e falando para “A Voz de Ermesinde” em nome do partido após analisados já os resultados em colectivo, considerou que não foram atingidos os objectivos traçados pela CDU, e os resultados ficaram aquém do esperado, o que se terá ficado a dever ao aparecimento das listas independentes, sobretudo a de Maria José Azevedo, mas também, em menor eacala, a de Tino de Rans. A CDU considera também haver um enorme desgaste do PSD, mesmo apesar das vitórias no município e na Junta de Freguesia de Ermesinde. Finalmente, Adelino Soares considerou, apesar de tudo, ter a CDU feito uma boa campanha, defendendo os seus projectos e mostrando uma oposição firme à política camarária.

    Relativamente aos desaires eleitorais, sendo o mais importante a perca de um deputado municipal, isso não impedirá a CDU, que ali volta a estar presente, de prosseguir a defesa das posições que neste mandato defendeu. Adriano Ribeiro deverá assumir o seu lugar de deputado municipal, embora caso a caso, e de acordo com uma política de rotatividade a definir, possa vir a apresentar-se, se tal for vantajoso, outro rosto na Assembleia. José Caetano é, evidentemente um desses casos.

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    Quanto ao Bloco de Esquerda e falando em seu nome pessoal a “A Voz de Ermesinde” para apreciar o resultado das eleições autárquicas, Eliseu Pinto Lopes reconheceu que os resultados do Bloco ficaram bem abaixo das expectativas, mas que dado o surgimento de várias listas à esquerda, poder considerar-se como positivo o resultado final, tendo em conta que o Bloco conservou todos os seus eleitos, quer na Assembleia Municipal, quer na Assembleia de Freguesia de Ermesinde.

    Eliseu Pinto Lopes considerou ainda que os resultados provam a vontade do eleitorado em afastar da presidêencia a coligação de direita, mas responsabiliza as duas candidaturas do PS de, com a sua divisão, terem permitido a vitória de Fernando Melo. A não ser assim a Câmara seria hoje socialista, apontou o cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda. Sobre a possibilidade de ele próprio assumir o lugar do único deputado municipal eleito, Eliseu Pinto Lopes apontou isso como uma entre várias possibilidades, sendo também possível que o actual deputado municipal do Bloco, Fernando Monteiro, continue a ser o representante do partido na Assembleia Municipal.

    Vitorino Silva, o Tino de Rans, comentou também os resultados da sua lista para “A Voz de Ermesinde”, considerando que os fracos resultados alcançados se ficam a dever ao pouco tempo de campanha de que dispôs e, pelo contrário, à forte campanha de Maria José Azevedo, e ainda à proximidade das eleições legislativas que, por arrastamento, influíram claramente no resultado. Apesar de tudo considerou a sua campanha positiva, salientando ter ficadoà frente da CDU e do Bloco de Esquerda. Finalmente anunciou que a associação Temos Terra, Somos Semente era para continuar.

     

     

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