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    Arquivo: Edição de 10-07-2009

    SECÇÃO: Editorial


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    O tempo de férias está aí…

    Em Portugal as férias fazem-se nos meses de Verão, as escolas estão fechadas, muitas empresas também, e lá vamos carregar baterias, e apanhar sol a ver se a gripe não nos pega. Os partidos preparam-se para as eleições que se avizinham e já há quem fale em não fazer férias.

    Cá por mim aconselho todos a irem de férias, em especial os políticos, a ver se deixam os outros descansar. Passou-me pela cabeça que este ano as praias, para além dos papéis dos gelados, poderão ser contaminadas com bandeiras, panfletos, sacos de plásticos e outros adereços, pouco aconselháveis para praias e outros locais de lazer.

    Tudo é possível, quando corremos atrás de uma camisola sem nos interrogarmos porquê.

    Eu espero francamente que todos, políticos ou não, aproveitem este tempo para descansar, para se verem ao espelho e possam reflectir calmamente, para em Setembro voltarem mais lúcidos, e desenvolverem uma campanha séria que seja convivente e leve os eleitores a votar.

    A participação cívica dos portugueses não é muito elevada, limitando-se na sua maioria ao acto de votar, e mesmo esses cada vez menos.

    A experiência das Europeias não foi nada animadora, talvez as Legislativas e as Autárquicas animem um pouco mais.

    Parar faz bem, torna-nos mais lúcidos, e as próximas eleições não são fáceis, cada vez se vende mais a imagem das coisas e não a realidade. Dizem que não devemos falar demasiado na crise, também concordo, é deprimente, mas ela existe e ainda não encontramos uma saída convincente para a mesma.

    Às vezes imagino-me rodeada de espelhos mágicos, em que cada um vê o que gosta, mas essas imagens não são reais. Vejamos quem tem capacidade para ir de férias, será a maioria dos portugueses?

    Tenho dificuldade em entender como é possível, em pleno século XXI, morrer de fome, quando há tantos excessos. Alguém dizia que combater a desigualdade é a melhor maneira de combater a crise. Eu julgo que sim! Mas este país está cada vez mais extremado e eu penso que os melhores partidos vão ser aqueles que apresentem melhores soluções para travar o desemprego. Um país de desempregados é um país de vícios, de gente sem força para lutar, que deixa de acreditar e que apenas está à espera que os outros os ajudem. Um desempregado de longa duração vai ficar sempre marcado e a sua integração é, de uma forma geral, difícil, a sua participação cívica é em muitos casos nula, deixa de acreditar, a vida torna-se azeda e apenas se espera... que alguém se lembre dele.

    Por: Fernanda Lage

     

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