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    Arquivo: Edição de 15-05-2009

    SECÇÃO: Destaque


    José Caetano é o candidato da CDU à presidência da Câmara de Valongo

    Em cerimónia pública realizada no passado dia 8 de Maio, no Auditório António Macedo do Fórum Vallis Longus, e que contou com a presença de Albano Nunes, do Secretariado do CC do PCP, a CDU anunciou que José Deolindo Caetano encabeçaria a sua lista para a Câmara de Valongo nas próximas Autárquicas. Adriano Ribeiro seria o n.º 1 para a Assembleia Municipal e César Oliveira, o único candidato a uma Junta ali apresentado, seria o cabeça-de-lista para a Assembleia de Freguesia de Valongo.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    A CDU anunciou a candidatura de José Deolindo Caetano à presidência da Câmara de Valongo, tendo ficado a apresentação deste e dos demais candidatos anunciados a cargo de Eduarda Ferreira, ex-vereadora, e que será agora a mandatária da candidatura autárquica da coligação liderada pelo PCP.

    A escolha de José Caetano, de 56 anos, um homem do sector dos Ferroviários que, desde 1982, tem sido presença constante nas listas autárquicas apoiadas pelo PCP, ex-presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde e actual líder do Grupo Parlamentar da CDU na Assembleia Municipal de Valongo, foi uma meia-surpresa, tal como a do seu camarada Adriano Ribeiro, de 60 anos, natural de Campo, onde reside, e membro da recém-constituída Associação das Colectividades do Concelho de Valongo para encabeçar a lista para a Assembleia Municipal (AMV) onde, de resto, já teve assento em anteriores mandatos.

    A cerimónia teve início com uma breve alocução de Adelino Soares, o líder da Concelhia comunista de Valongo, a enunciar o slogan da campanha da CDU (“Trabalho, Competência, Honestidade”), e a apelar para a participação dos presentes na iniciativa de luta de 23 de Maio, para a qual a estrutura local já tinha ultrapassado os objectivos propostos.

    Na intervenção a seguir produzida, Adriano Ribeiro salientou o trabalho do eleito da CDU na Assembleia Municipal, assinalou a necessidade de eleger um membro para a Câmara de Valongo e, finalmente, apelou ao voto na CDU nas próximas eleições europeias.

    Por sua vez, José Caetano que de início se confessou hesitante em aceitar o desafio, sublinhou a aprovação sem reticências do partido relativamente à sua indigitação, reconheceu a importância da passagem pela Assembleia Municipal para melhor conhecer a realidade do concelho, e considerou o mandato de Fernando Melo «sem iniciativa».

    Quanto ao PS, considerou que este desapareceu para se tornar «uma federação de interesses pessoais».

    Os problemas do concelho são conhecidos e estão catalogados, asseverou, destacando que o concelho tem crescido mas não se tem desenvolvido. «Há 5 000 habitações a mais e população a viver em condições degradadas», apontou.

    Fez depois a crítica da política municipal ressalvando as áreas da política cultural e de ambiente, cujos pelouros foram outrora presididos pela CDU, apontou.

    Criticou depois as decisões urbanísticas avulsas, decididas ao arrepio da revisão do PDM, que quando for finalmente aprovado, já estará irremediavelmente ferido.

    Defendeu a requalificação do ambiente, a intervenção no debilitado campo social, o apoio associativo e a municipalização dos serviços, acusando o PS de não querer tornar clara a sua posição quanto a este aspecto.

    César Oliveira, professor e o único cabeça-de-lista a uma Assembleia de Freguesia (AFV) ali apresentado, também usou, brevemente, da palavra, para defender a melhoria da relação com a comunidade e uma sociedade mais solidária e justa.

    ALBANO NUNES

    – A VOZ DO PCP

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    Finalmente, Albano Nunes, o muito discreto mas também muito influente dirigente do PCP, proferiu o discurso político mais abrangente, considerando que os comunistas iam avançar com uma confiança baseada na força da organização, mas também na avaliação da situação no País.

    Qualificando a política do Governo de «insensível e arrogante», «favorável aos interesses do imperialismo», apontou a necessidade de lhe dar uma resposta e responder à insatisfação geral. «Os partidos não são todos iguais». Tem que haver um grande esforço de «convencimento e uma campanha política de massas contra o centrão que domina a via do País», «mostrar que há uma alternativa de esquerda, no plano organizativo, político e eleitoral».

    Albano Nunes denunciou ainda as ilegalidades do capital, como o recente abuso do lay-off, ou o saltitar, nos últimos anos, de membros do Governo para os Conselhos de Administração de grandes empresas.

    Defendeu depois a importância de estar ombro a ombro com os outros partidos comunistas, sobretudo nesta fase de crise profunda do sistema capitalista. «Depois do drama desastroso da União Soviética, hoje há mais razões para os partidos comunistas e os seus ideais libertadores», defendeu.

    Fez depois uma referência à recente campanha de vitimização do PS, «que revelou arrogância e anti-comunismo» e pretenderia «apagar a importância do 1º de Maio e enxovalhar a CGTP» e, ao mesmo tempo promover «o próprio candidato, desconhecido e titubeante», e apelou ao voto nas Europeias, cujo resultado «vai influenciar os resultados das outras eleições».

    Finalmente denunciou o branqueamento em curso do salazarismo, duvidou da verdade das últimas sondagens quanto aos previstos resultados da CDU, e apelou à participação na marcha do próximo dia 23.

    A sessão teve o seu encerramente com a subida ao placo de um grupo coral de Campo, criado, como se disse, aquando das comemorações do aniversário do PCP.

    Por: LC

     

     

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