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    Arquivo: Edição de 15-04-2009

    SECÇÃO: Gestão


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    A responsabilidade individual para enfrentar a crise

    A Crise está na ordem do dia!..

    Há que a entender para a poder debelar. Então o que está na base desta Crise?

    A CRISE DA ÉTICA

    Muito se tem falado sobre esta problemática sugerindo que são os economistas os principais responsáveis, através das teorias neoliberais; outros atribuem às economias emergentes a ameaça ao sistema económico vigente; outros ainda põem em causa os fundamentos do sistema capitalista que se encontra esgotado, incapaz de dar soluções positivas a este estado de coisas e sem mecanismos de auto regulação.

    Todos estes argumentos explicam também a situação sócio-económica em que nos encontramos. A verdade é que esta Crise é séria e poderá ter repercussões incontroláveis. Veja-se a propósito o desconforto e a revolta a que se assiste em vários pontos do mundo ocidental, de largas faixas de populares inconformados, que se têm avolumado numa tendência crescente; e que são essas massas populares o fundamento das democracias modernas. Estamos portanto a pôr em causa os fundamentos do Sistema.

    No seu discurso de 5/04/2009, o Bispo do Porto vem alertar para a “conotação moral” da Crise, afirmando para a necessidade de ter em conta as «ambições desmedidas ou a pouca lisura de processos», que estiveram na origem da conjuntura actual. É uma leitura legítima, que aponta sobretudo para questões éticas e morais que atravessam o Indivíduo e o responsabilizam também pela Crise que atravessamos.

    A CRISE DOS VALORES

    É da formação moral de cada um que emergem os valores, no relacionamento económico social e politico. Estes têm vindo a evoluir duma maneira indesejável, onde se institucionaliza a competição e o individualismo, e os objectivos têm que ser alcançados a qualquer custo; os benefícios começam a não compensar os custos que se sacrificam.

    Temos vindo a falar … e a escrever, em outras reflexões, na crise dos valores da Solidariedade, da Honra, do Respeito, do Humanismo; agora, mais do que nunca, esta reflexão faz sentido, sob pena de entrarmos num ciclo de auto-destruição incontrolável. É notória esta preocupação no âmbito das mais altas instâncias do poder, como podemos apreciar na recente reunião dos G20 e da NATO, em que se falava de «homens louros de olhos azuis» como os responsáveis da Crise financeira em que mergulhámos…. É outra perspectiva. De facto o que há a relevar de tudo isto é a necessidade de alterar a matriz de Valores como única via para a Salvação.

    O ASSOCIATIVISMO

    E O PODER

    Já vimos que temos que voltar ao interior de cada indivíduo, e repensar a Atitude. Em termos práticos, a acção terá que passar por uma nova geração de ideias, pela participação sócio-económica, pela cidadania, pela defesa de causas comuns. Os instrumentos disponíveis e consagrados na nossa Constituição, são por exemplo o Associativismo, que congrega massa crítica e representa um Ideal, fazendo valer as suas razões nas mais diversas instâncias do Poder.

    O que se tem verificado ultimamente, é que o individualismo leva ao isolamento e ao enfraquecimento da cada um em particular e de todos em geral. Até a própria Família, organização natural por excelência, até esta, está ameaçada, exactamente por razões Éticas e de Valores, que a desagregam, quando Ela… a Família, é um Valor em si próprio.

    Concretizando: Temos brevemente vários actos eleitorais. Seria importante que se aproveitasse a oportunidade para participar de uma forma organizada, defender cada perspectiva das diferentes classes sócio-profissionais e, essencialmente, denunciar os verdadeiros desvios que assombram a nossa sociedade, quer ao nível local, nacional ou europeu, atentos a eventuais interesses por vezes mascarados de beneméritas intenções ou de falsas razões.

    Por: José Quintanilha

     

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