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    Arquivo: Edição de 15-04-2009

    SECÇÃO: Editorial


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    Vale a pena chover no molhado?

    Nesta Primavera tão chuvosa e fria, nem damos pelo mês de Abril!...

    Os partidos organizam as suas listas, para este ano temos três eleições, mas com uma crise mundial como esta, da qual sairemos em último lugar, depois da América, e da Europa se recompor, será que só nos resta esperar?

    Por muito que me digam que é chover no molhado, eu penso que não, Abril será sempre Abril da esperança enquanto tivermos liberdade de escolha, de dizer sim e dizer não, e essa liberdade já ninguém nos tira, e nem que fosse só por isso, não podemos esquecer Abril, tal como a Natureza que não se esquece todos os anos de florir.

    Abril estará sempre associado a ideais de liberdade, igualdade e solidariedade.

    Por isso temos neste Abril de lembrar que Portugal tem 2 milhões de pobres, sendo 300 mil crianças.

    Muito se pode dizer sobre os pobres, os que são ou não verdadeiramente pobres, o que fazem ou não fazem para ultrapassar essa situação, mas as crianças, essas são reais e em nada contribuíram para essa situação. Solidariedade é a palavra de ordem neste Abril tão partido e distante.

    Quanto às eleições que se vão realizar ao longo deste ano de 2009 espero sinceramente que apareçam propostas de rotura com o passado, que entendam que «não nos encontramos perante uma crise passageira, nem uma mera interrupção do crescimento que, cedo ou tarde acabará por retomar, sem mudanças de maior. A coisa parece mais séria: trata-se de uma verdadeira crise estrutural, de que não sairemos sem mudanças profundas» (Daniel Bessa).

    Os políticos não podem esconder esta realidade e têm obrigação de apresentar propostas inovadoras que nos ajudem a reflectir e a assumir com consciência as diferentes orientações de voto.

    Se a classe política não tiver essa frescura, essa capacidade de inovar, de criar verdadeiras soluções concretas que abarquem um verdadeiro sentido de solidariedade para com os mais fracos, pode ser uma oportunidade perdida difícil de recuperar.

    Penso que esta é uma época de verdade, em que os portugueses aceitam sacrifícios se eles forem para todos, as eleições podem e devem ser um momento de verdade, de esclarecimento, de participação colectiva e não uma embrulhada de tricas, de defesa de interesses pessoais, de descrença para um povo que precisa de acreditar, que precisa de se envolver participando com seriedade em causas comuns, precisamos de melhorar a nossa auto-estima, de acreditar que somos capazes de vencer sem trafulhices, sem atropelos mas pela participação e valor real de cada um.

    Por: Fernanda Lage

     

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