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    Arquivo: Edição de 10-12-2008

    SECÇÃO: Gestão


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    A Educação e a Cultura – vectores estruturantes

    Na natureza acontecem fenómenos que têm semelhanças com os fenómenos sociais, constituindo-se por vezes como autênticas leis da natureza.

    Veja-se por exemplo, ao nível das plantas, ambientes poluídos ou pragas de insectos que as atacam, e que importa proteger através de correctores químicos que as defendem destas agressões com o objectivo de promover o fruto bom e saudável.

    Ao nível social também se passa situação idêntica, pois as condições de vida e por vezes as intenções mais malévolas levam a corromper o individuo, provocando situações condenáveis e contrárias ao objectivo de qualquer sociedade, que passa pela harmonia, pelo bem-estar e pela qualidade de vida, situação similar ao fruto bom e saudável que acontece ao nível das plantas.

    Ora para obter uma boa colheita é preciso amanhar a terra e aplicar-lhe as tais defesas – químicos – que irão actuar sobre as plantas criando-lhes defesas. Existem dois tipos de químicos: os que são absorvidos pelas plantas e que as dotam de defesas internas face às agressões (exemplo: míldio) que se designam por sistémicos, e os outros que, de uma forma quase mecânica, criam uma capa protectora à planta, que tanto podem estar em contacto com ela como fazer a protecção às condições de desenvolvimento, caso das estufas, por exemplo.

    Há também aqui algo de espiritualidade nesta analogia: pois podemos colocar-nos numa perspectiva de harmonia, beleza e abundância, num cenário paradisíaco de luz, água e cores – o Bem; ou noutra perspectiva: um cenário cinzento, agreste, inculto e árido – o Mal.

    Retomando a nossa metáfora, também nas sociedades há que implantar defesas contra as agressões sociais, através de leis e regulamentos, de forma a que as relações e os comportamentos sociais funcionem com vista à paz e ao bem-estar social. Este papel é desempenhado predominantemente pela Justiça, também ela fundada em valores morais de comportamento, que define as regras que serão postas em prática e tuteladas por um poder executivo, por vezes assimilado pelo Ministério do Interior ou Administração Interna.

    Estamos perante um modelo de acção externa onde os comportamentos são definidos por lei e por ela reprimidos, quantas vezes também de forma imoral – veja-se o caso de tantas ditaduras que impõem o seu poder ilegítimo, ou o nazismo, ideologia que teve consequências tão desastrosas.

    Somos chegados ao objectivo desta reflexão: ao tratamento sistémico das plantas, aquele que é absorvido por elas e que lhes cria defesas, tornando-as imunes às agressões e quase sempre aplicado de forma preventiva. Em termos sociais este papel cabe predominantemente à Educação e à Cultura.

    Estes são os valores do verdadeiro desenvolvimento do indivíduo, mais uma vez fundados em princípios morais e espirituais profundos, enraizados na gente, que no nosso caso correspondem à matriz judaico-cristã. De facto, a Educação e a Cultura, definidas de forma objectiva e clara, assentes nos valores unanimemente aceites pela sociedade que integramos, será a melhor resposta aos desequilíbrios e agressões que possam ser infringidos à nossa cultura e costumes, evitando assim danos morais e materiais à sociedade.

    A Educação predominantemente tutelada pelo Ministério da Educação deverá ser participada por todos, a começar desde logo pela família e que atravessa toda a fase de desenvolvimento das “plantas” e tem a sua sede principal nas escolas e universidades. É aqui que a educação se pratica e a função das escolas é sistémica, de protecção da sociedade, e é tão cumprida conforme os resultados que se obtêm.

    Urge atender a esta função pela importância que encerra para toda a sociedade e cumpre a cada um de nós assumir a quota de responsabilidade pelos resultados obtidos e naturalmente apontar os professores como elemento central em todo este processo.

    Por: José Quintanilha

     

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