Cartas ao Director
Cuidados com os deficientes
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Foto MANUEL VALDREZ |
ISTO É QUE É CUIDADO COM OS DEFICIENTES: Este sinal de estacionamento reservado a deficientes demonstraria, em princípio, um cuidado a ter em conta. Só que a sua colocação mesmo no meio do passeio é uma cruel surpresa precisamente para os deficientes
Na sequência da fotografia colocada na página das “Maleitas da Cidade”, na edição n.º 801 do Vosso Jornal, onde consta a fotografia do sinal de trânsito que por acaso identifica a matrícula do veículo e automaticamente identifica o proprietário da viatura, que é uma pessoa doente e que por isso se encontra numa cadeira de rodas.
Alerto para o seguinte, o dito sinal foi colocado pelos serviços da Câmara Municipal de Valongo, o que quer dizer que o proprietário da viatura nada teve a ver com a colocação do sinal. Depois, não se percebe qual a diferença do sinal se encontrar mais no meio do passeio ou mais na ponta do passeio, pois iria ser inconveniente, na mesma, para qualquer deficiente.
Permitam-me fazer duas perguntas:
- Porque razão não tirar fotografias a tantos (para não dizer milhares) de passeios sem rampas, o que sim dificulta bastante o acesso a deficientes?
- Porque razão não tirar fotografias às escadas que dão acesso à estação de Ermesinde, pelo lado da Gandra?
Isto são só exemplos, pois tenho a certeza que devem existir muitos mais dentro de uma cidade onde se faz tudo sem pés nem cabeça e principalmente com a ajuda da Câmara Municipal de Valongo, como é o caso da colocação deste sinal.
Venho por este meio solicitar ser informada de qual a razão da publicitação da fotografia do sinal de trânsito com a respectiva matrícula, sem que me tenha sido dado conhecimento para tal. Pois, para fazer esta notícia não era obrigatório constar a matrícula da viatura.
Espero sinceramente, que numa próxima reportagem que envolva pessoas deficientes, tenham mais cuidado pois não é sensato da Vossa parte tratar estes assuntos, tal como a Câmara o faz.
Por: Raquel Araújo
Nota da Redacção: Naturalmente que a colocação do sinal onde está é da responsabilidade da Câmara. Nunca nos passaria pela cabeça que alguém pudesse crer que a responsabilidade seria do proprietário da viatura que ali está referenciada publicamente. Mas a leitora não tem razão, naturalmente, quando diz que é indiferente o sinal estar mais ao meio ou mais ao lado no passeio. A prova disso são as queixas que por tal motivo nos chegaram de, precisamente, pessoas com limitações físicas.
O alerta à Câmara aqui fica, e mais uma vez!
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