Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 30-05-2008

    SECÇÃO: Crónicas


    foto

    Quando eu sair...

    Quando sair,

    Hei-de encostar a porta de mansinho

    Sem olhar para trás, sem despedidas,

    Como se me tivesse enganado no caminho.

    Por detrás daquela porta, não há nada:

    Nem ruas, nem casas, nem lareiras acesas,

    E o sol já deixou de brilhar faz tempo.

    Há pessoas, apenas, - ou serão espectros? -

    Que passam e sorriem para mim,

    A fútil cortesia para um quase desconhecido

    Que certamente não voltarão a encontrar;

    Uma imagem como de um sonho,

    Que se desvanece no ar como estrias de fumo,

    A realidade está algures

    É para lá que eu vou.

    O vento sopra forte,

    Arrastando consigo as folhas que não li

    Palavras que nunca escreverei.

    Procuro suster o vento. Que ilusão!

    Já nada importa, nem sequer as lembranças

    Quando tudo estiver consumado,

    Nada mais restará

    A não ser as folhas ressequidas

    Como tantos dos sonhos que vivi.

    Por: Nuno Afonso

     

    Outras Notícias

    · Robin

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].