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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 29-02-2008

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO

    Abriu a campanha pré-eleitoral!

    Não tendo importância de maior – foi convocada para eleger os quatro elementos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens indicados pela Assembleia Municipal – a última reunião deste órgão autárquico, realizada ontem, dia 28 de Fevereiro, teve como motivos maiores de interesse a guerra de alecrim e manjerona entre PS e PSD, acusando-se mutuamente de lutas intestinas, visando manter ou conquistar o poder camarário, uma proposta de José Caetano, da CDU, de convocação de uma Assembleia Municipal Extraordinária para debater [as questões quentes ligadas a]o PDM, e uma bela e caricata discussão de dois teimosos, entre Fernando Melo e Carlos Basto, do BE, com este a denunciar que não se serviam refeições às crianças em algumas escolas do concelho e o presidente da Câmara a afiançar que sim, todos os dias e em todas as escolas. Basto que não, que tinha a neta na Escola da Bela e bem sabia, e noutra onde ia por causa de outra criança era igual. Que não. Melo que sim, que não, que sim, e por aí fora... No fim, Carlos Basto desafiou Fernando Melo a ir com ele à Escola da Bela.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    A reunião teve ainda como ponto de destaque a aprovação, por unanimidade, de uma proposta de moção da Assembleia Municipal de Valongo propondo à Câmara a instituição do Dia Municipal do Bombeiro, sublinhando o alto papel desempenhado pelas corporações dos Bombeiros Voluntários de Valongo e Ermesinde.

    Ainda no período antes da Ordem do Dia, Ventura de Almeida, do PS, abriu as hostilidades, referindo a sua «preocupação pelo desmembramento da maioria PSD». «Desentendimentos» nos órgãos autárquicos, e pobreza nas ordens de trabalhos destes, por inoperância e falta de assunto, foram as suas acusações.

    Albino Poças fez a seguir uma das mais interessantes intervenções da noite, mas que deve ter escapado ou, pelo menos, não mereceu qualquer referência do PS. O deputado municipal, defendendo a necessidade de investimento no concelho e a «necessidade de criar condições para o emprego», afirmou que lhe custava «compreender e aceitar o que se tem visto passar no concelho». Referia-se, com certeza, às recentes polémicas em torno do Hospital Privado de Alfena, em que alguns vereadores do PS, mas também do PSD, puseram em dúvida a ultrapassagem do PDM, pelo recurso a figuras jurídicas e de ordenamento do território que considerarm inaceitáveis ou de certo modo duvidosas. Poças acusou mesmo uma «concentração de esforços para obstaculizar as propostas de investimento em curso». Apelo e aviso àqueles que podem influenciar decisões... e referências ainda àqueles que «não são do concelho» tornaram clara a posição de Albino Poças na discussão interna ao PSD.

    Também Arnaldo Soares, o presidente da Junta de Alfena, interveio num sentido idêntico, «espantado com o questionamento do interesse público do Hospital Privado de Alfena.

    E terminou ameaçando que a abstenção seria ainda maior com as dúvidas das populações sobre os eleitos que não as defendem...

    O ESTUDO

    DA UNIVERSIDADE

    DA BEIRA INTERIOR

    João Paulo Baltazar, deputado municipal, mas também o actual presidente da Concelhia social-democrata, pegando em palavras de Ventura de Almeida, ironizou com a «alternativa credível» que poderia ser o PS, e confrontou os seus adversários com um recente estudo de investigadores da Universidade da Beira Interior, baseado em critérios claros, disponível para consulta na net, e ao alcance da crítica, que dava o concelho de Valongo num 54º lugar a nível nacional e no 7º da Área Metropolitana, por isso bem acima da «cauda» com que os socialistas o vinham repetidamente classificando. E este estudo, não contemplava ainda como um dos itens de classificação, as questões do Ambiente. Baltazar considerava que um próximo estudo que tivesse isso em conta faria subir ainda mais o concelho de Valongo num ranking nacional de qualidade.

    Foi então que Carlos Basto, questionando a excelência do concelho, referiu, a título de exemplo,a questão da Escola da Bela. Sobre esta referiu ainda a reclamação dos seus professores sobre o problemas das águas pluviais. Quando chove muito, chega a andar-se lá com centímetros de água! E voltou a lembrar o esgoto a céu aberto em S. Bartolomeu.

    Também José Caetano pôs em causa a mesma excelência, avisando que recente pseudo-reestruturação da Câmara só iria levar a uma maior desresponsabilização.

    Como se já não bastassem as competências do presidente delegadas em funcionários, agora iria assistir-se a um sacudir de água do capote («isso é assunto do Sr. Presidente, e não quero imiscuir--me»). A CDU pondera a apresentação de uma moção de censura na Assembleia Municipal, anunciou Caetano. O mesmo deputado municipal adiantou que tinha tido conhecimento de um plano de resstruturação da Polícia de Segurança Pública pelo qual Valongo e Ermesinde ficariam sujeitas à Esquadra da Maia. Fernando Melo afirmou desconhecer o assunto. Responderia também a Arnaldo Soares dizendo querer também o investimento mas não a qualquer preço e contra a lei. Tinha dúvidas, por exemplo, sobre se algumas construções previstas pelo projecto do Hospital de Alfena não iriam ser edificadas em leito de cheia.

    No âmbito do Desporto, o mesmo deputado municipal acusou o Executivo de não ser tão lesto como noutros casos de interesses empresariais privados, em alterar o PDM para permitir a ampliação do campo de jogos do Sporting Clube de Campo. Traçou também um quadro negro para o futuro do Ermesinde Sport Clube e do CPN. E terminou lançando o tal desafio já referido.

    Luís Azevedo, do PS questionou o interesse público de outros empreendimentos associados ao projecto do Hospital Privado de Valongo, esses outros empreendimentos considerados fora desta questão por José Luís Pinto (em resposta da Câmara) e Arnaldo Soares.

    Alfredo Sousa, ainda no capítulo do Desporto, mencionou aqueles que têm que o praticar fora do concelho, o que levou a um gracejo de Mário Duarte: «Só se forem os surfistas!».

    Ventura de Almeida e Albino Poças trocaram ainda alguns mimos polidos, a propósito da acusação lançada pelo primeiro de populismo do PSD local e de Poças decalcado do estilo do actual líder social-democrata.

    Fernando Melo interviria ainda durante a sessão para referir o andamento do trabalho de elaboração do novo PDM e para dar exemplos sobre a forma, que definiu tranquila, de trabalhar da Câmara. Deu o exemplo da passagem rodoviária sob a auto-estrada a que se comprometeu a empresa que está a construir o novo hipermercado junto à Biblioteca Municipal de Valongo.

    ORDEM DO DIA

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    No período da Ordem do dia, aquando da aprovação das actas, José Caetano exigiu que uma sua intervenção referente à reunião de 21/12/07 fosse exarada em acta e não simplesmente apensa.

    Foram eleitos para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens: Ana Sofia Constante Carvalho, Luís Lourenço, Luís Manuel Santos e Maria da Assunção Souteiro.

    PERÍODO

    DE INTERVENÇÕES

    DO PÚBLICO

    A reunião teve início com o período das intervenções do público, com a denúncia de várias situações anómalas apresentadas por alguns munícipes. António Novais, entre outros assuntos falou sobre a interferência de painéis de publicidade com a sua habitação, na Rua 1º de Maio, e denunciou o uso habitual e recorrente da porta de emergência de um restaurante para cargas e descargas. Moreira Carvalho pediu uma resposta ao pedido dos moradores da parte alta e «a mais antiga» da cidade para que aí chegassem os transportes públicos, pois as pessoas mais idosas ficavam ali isoladas. Outro munícipe, membro da Associação de Moradores da Quinta da Lousa queixou-se do horário de um café que, com licença para só encerrar às duas da manhã, realizava aos fins-de--semana sessões de karaoke que impediam os vizinhos de cima (caso do munícipe), de descansar. A pretensão apresentada era de se fixar para este estabelecimento um horário de fecho às 22h00.

    Por: LC

     

     

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