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    Arquivo: Edição de 15-09-2006

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÇÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMSINDE

    Ermesinde protesta com Fernando Melo

    Por cinco votos contra dois, a Junta de Freguesia de Ermesinde aprovou, na reunião do passado dia 6 de Setembro, um voto de protesto dirgido à forma como o presidente da Câmara, Fernando Melo, reagiu a uma situação de eventual crítica pública, da autoria de Américo Silva, membro da Direcção do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ermesinde – que o visado desmente, pelo menos com o tom grave e deselegante que lhe atribuem.

    O líder da autarquia valonguense, dado que Américo Silva é, simultaneamente membro da Junta de Freguesia de Ermesinde, ameaçou não ceder instalações de responsabilidade camarária a qualquer iniciativa em que, quer uma quer outra das instituições (Casa do Povo ou Junta, sejam representadas por aquele também militante social-democrata.

    Foto URSULA ZANGER
    Foto URSULA ZANGER
    A confluência de votos do PS, CDU e Américo Silva – que também votou favoravelmente o voto de protesto apresentado por Alcina Meireles em nome da bancada socialista –, proporcionou uma decisão de força da Junta de Freguesia de Ermesinde, na aprovação do protesto contra Fernando Melo.

    Este ponto da Ordem de Trabalhos tinha como objectivo esclarecer as circunstâncias em que terão ocorrido os “comentários públicos” de Américo Silva e levar a Junta a tomar uma posição sobre o assunto.

    O tesoureiro da Junta de Freguesia de Ermesinde afiançou que não tinha, de forma alguma, ofendido ou tentado ofender quer o presidente da Câmara Fernando Melo, quer o presidente da Junta Artur Pais aquando do Festival de Folclore da Casa do Povo de Ermesinde realizado no dia 19 de Julho. Segundo este autarca, na ausência dos aguardados representantes da Junta e da Câmara para entrega de medalhas aos participantes, foram sendo encontradas soluções para proceder àqueles actos simbólicos, sendo que ele, na qualidade de apresentador, ia justificando a situação com o atraso das entidades referidas. Américo Silva considerou que terá sido transmitida ao senhor presidente da Câmara uma versão deturpada dos factos e que nada o movia contra Fernando Melo.

    Pelo contrário, dentro do PSD, haveria gente a mover--se contra ele, verdadeiros «inimigos», já que nos outros partidos tinha sim, opositores. A esses inimigos Américo Silva chamou de «acólitos» de Fernando Melo. «Era a mim que tinham de pedir desculpa – alguns acólitos e lambe-botas que foram levar [a Fernando Melo] a informação que quiseram».

    Américo Silva afiançou ainda que tentou contactar várias vezes, mas sem sucesso, quer os representantes da Câmara, quer Artur Pais.

    O autarca ermesindense acrescentou ainda que, no final do espectáculo, tinha mesmo agradecido à Câmara de Valongo a cedência do recinto à Casa do Povo, entidade que estava a representar.

    Indignado, diria ainda o tesoureiro da Junta: «Não vivo da política, estou na política por convicção, obrigar--me a ser um pau mandado de alguém, isso é que não».

    Américo Silva juntaria a isto um sentimento mais uma vez de indignação pelo facto de o presidente da Junta, conhecedor da carta de Fernando Melo, não lhe ter dito nada, o que contrastou, por exemplo, com a atitude do presidente da Assembleia de Freguesia, Antonino Leite, que lhe deu conhecimento do facto logo de imediato. Sentia-se, por isso, muito magoado com o presidente da Junta, esboçando mesmo uma muito breve comparação com o mandato de Casimiro Gonçalves, onde tinha sido muito soliciatdo a trabalhar.

    A POSIÇÃO DA JUNTA

    A posição de Alcina Meireles foi logo conhecida quando a autarca apresentou à Junta a proposta de um voto de protesto à atitude de Fernando Melo.

    Sónia Sousa (CDU) também manifestou não concordar com a posição do presidente da Câmara, pois Américo não estaria, no acto que deu origem a tudo isto, em representação da Junta.

    Artur Costa considerou a questão um problema interno do PSD e exigiu uma tomada de posição a Artur Pais. Posição idêntica tomou Almiro Guimarães: «Enviar uma carta destas fica mal ao Dr. Fernando Melo». O inesperado veio no final da explicação de Américo Silva, que se dispôs a votar favoravelmente ao protesto, aprovado então folgadamente com 5 votos. Só não votaram a favor Artur Pais, o presidente da Junta e o secretário Luís Ramalho. Este último justificando-se como não podendo tomar posição numa matéria em que não tinha ouvido as duas partes nem assistido ao que se passou no Parque, o que Américo Silva contestou, já que Luís Ramalho tinha lá estado, juntamente com Eunice Neves.

    Por sua vez, Artur Pais declarou não poder votar um documento em que ele era parte interessada – confundindo um pouco, mais uma vez, a Junta com ele próprio.

    E respondendo a Américo Silva, mostrou-se ofendido pelas palavras deste durante o Festival de Folclores. Quando chegou ao recinto, aquele terá mesmo dito: «O Sr. Presidente da Junta chegou atrasado, mas outros nem apareceram».

    O tesoureiro reconheceria ter dito aquilo, acrescentando que «quem diz a verdade não merece castigo» e avisando de seguida Artur Pais de que este não se iria projectar à sua custa.

    «Para mim, a bandeira partidária vem em último. Primeiro a cidade, depois a cidade, depois ainda a cidade; depois o concelho, depois o país e só depois o partido». De qualquer modo, afirmando não existir qualquer problema pessoal entre ele e Artur Pais, o tesoureiro da Junta adiantou ter avisado o presidente sobre vários assuntos, mas que em resposta este não tinha feito nada.

    Por: LC

     

     

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