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    Arquivo: Edição de 30-07-2006

    SECÇÃO: Destaque


    O agravamento contínuo da situação do emprego em Portugal

    São de facto deveras assustadores os números em redor do desemprego a nível nacional. Senão vejamos alguns exemplos concretos: actualmente existem, segundo os dados do INE, 429 700 desempregados. A mesma entidade, há cinco anos atrás (em 2001, portanto), contabilizava 210 600 desempregados. Isto é, o número de trabalhadores no desemprego terá aumentado para o dobro neste lustro. Mas mesmo estes números terão de ser lidos com cuidado, dadas as alterações conceptualmente e tecnicamente introduzidas para a formulação do cálculo.

    Mas além disso, os números do INE, referentes a dados muito recentes – 1º trimestre de 2006 – não merecem uma aceitação unânime. Por exemplo, a CGTP estima, com dados baseados nos registos dos centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), ainda mais recentes, referentes a Maio 2006, o número de desempregados em 457 009, sendo que alguns dos partidos com assento na Assembleia da República computam a situação como sendo ainda mais grave (o PCP aponta 575 mil desempregados e o Bloco de Esquerda 600 mil, isto é mais cerca de 115 mil do que aqueles efectivamente inscritos nos centros de emprego do IEFP).

    Seja como for, na verdade, a situação social é ainda mais crítica do que aparenta à primeira vista. O PCP denuncia, por exemplo, que mais de metade dos desempregados não recebe subsídio de desemprego. Além disso, 15,7 % dos jovens (indivíduos com menos de 25 anos) encontrar-se-iam sem emprego, o que representaria o dobro da média nacional). Mas os escalões etários imediatamente superiores (25-34 anos e 35-54 anos) sofreriam também pesadamente a situação de desemprego, com repercussões sociais devastadoras ao nível dos recursos das famílias – os dados da CGTP (baseados no IEFP) apontariam para as seguintes massas de desempregados inscritos nos centros de emprego, no Continente e para dados referentes a Maio deste ano: com menos de 25 anos – 56 1447 indivíduos; entre 25-34 anos – 108 987; entre 35-54 anos – 187 167; com mais de 55 anos – 93 648 indivíduos.

    Nem para os mais optimistas a luzinha ao fundo do túnel se vislumbra ainda, atendendo a que a taxa de variação homóloga (que compara os dados de determinado período, por exemplo o trimestre, com os dados do ano anterior) não apresenta melhorias consistentes. É que se o número de empregados no trimestre (cf. INE) aumentou 0.6% relativamente a 2005, baixou 0,1% relativamente ao trimestre anterior.

    Por: AVE

     

     

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