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    Arquivo: Edição de 15-07-2006

    SECÇÃO: Tecnologias


    Linux vs Windows: entender antes de reclamar ou criticar (2)

    Este texto dirige-se às pessoas que troçam do Linux, sem mesmo o conhecerem, ou por terem ficado frustradas por não terem paciência de ler certas especificações no site de download ou na revista em que adquiriram o CD com uma distribuição Linux. Ou até mesmo para os que nunca viram e têm interesse de ver como é e como funciona um sistema operativo baseado em Linux.

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    Compare aí, instala o Windows (qualquer um) e tente assistir a um DVD sem instalar o driver oficial de video... Faça agora o mesmo com o Linux (uma distro não muito actual – lembre-se que talvez sejam precisos alguns drivers, mas isso não é difícil de se encontrar – digamos que usa um Conectiva 9, Mandrake 9, Suse 8.2). Ou tente com uma distro actual. Veja os resultados e reflicta...

    Mas então o nosso amigo diz que é pesado... muito lento e tal...

    Pense agora... quantos GUIs o Windows tem? Que eu saiba ele somente possui o Explorer... Mas pode-se instalar outro (fluxbox, blackbox e outros). Se for o caso, claro que a Microsoft não aprova e não dá suporte.

    No Explorer também não vem nada (talvez meia dúzia de temas que somente mudam as cores), nem gerenciadores de sessão, nem de impressão, nem nada... talvez um joguinho ou outro. No Linux a coisa muda (dependendo do gerenciador de desktop), pois o KDE e o Gnome são gerenciadores de desktop completos (por isso, em algumas máquinas eles podem ficar pesados). Mas se eles são pesados, porque não usar um mais leve, que não venha com serviços que você não vai usar?

    Pode-se usar o IceWM, que é muito parecido com o Win98, é muito leve (até mais leve que o Explorer). Ou uns esquisitos à primeira vista (como o fluxbox, afterstep, windowmaker), mas que são muito rápidos e versáteis, às vezes os preferidos dos linuxers. Mais uma vez, é uma questão de costume...

    IMAGINE

    AGORA SE FOSSE

    UM WINDOWS...

    Veja por esse lado, você tem um K6, que Windows instalaria? O 98 ou o XP? o NT4 ou o 2000? Com essa mesma máquina, você teria que fazer o mesmo com a sua distro. Se quisesse usar o KDE ou o Gnome deveria tirar algumas frescuras e efeitos de “perfumaria” (tipo ícones animados, transparências e afins) – afinal, o Explorer no Windows 98 ou no Pro XP não muda tanto assim, a maior parte das mudanças são em efeitos de “perfumaria”. Mas aí está outra diferença: se resolver instalar o Windows XP num K6 ele vai ficar lento e não tem mais conversa, não. Mas se instalar uma distro pesada (como o Fedora ou o Suse) você pode mexer nela (não estou a falar de programação e compilação) – estou a falar de desabilitar serviços que não serão usados, tirar temas pesados e frus--frus... Na verdade o que ocorre é assim... utilizadores experientes de Linux esquecem--se de facilidades por preferirem o modo rápido de configurar coisas na linha de comandos, mesmo tendo a opção de usar ferramentas de configuração. E partem para uma distro overpower e sem frescuras...

    Tipo Slackware, Debian, Gentoo – que não são tão difíceis de usar. Daí, quando o utilizador de Windows diz que quer uma distro boa para aprender, eles dizem logo “põe Slack”, “põe Debian”... o utilizador que somente conhece ambientes Windows e está acostumado com 2 cliques, põe a tal distro e fica completamente perdido... e fala besteiras do tipo “Linux é da idade da pedra” ou “essa porcaria é difícil e não serve para nada”. Muitos adaptam-se muito bem com uma distro como essas, porque são persistentes e não se incomodam, porém outros não se acostumam mesmo. Para a maioria dos utilizadores

    que estão a tentar descobrir o Linux, pegar uma distro “seca” (como alguns dizem) é o mesmo que o tipo que nunca dirigiu aprender a dirigir com uma carreta. Está um tipo todo feliz, vê um erro e diz: porque está dando erro, não era pra ser perfeito?

    COMO SE CORRIGEM

    AS FALHAS

    NO WINDOWS

    E NO LINUX

    Sim e Não. Isso depende, pois NADA é perfeito, nada... sempre acharão erros, tanto no Windows, quanto no Linux, quanto no Mac, Bsd, Unix e afins... Mas, no software livre há uma vantagem, os erros e falhas de segurança são “remediados” mais rapidamente.

    Se acompanha fóruns e listas de discussão já deve ter notado, veja pelo exemplo do SP1 do WinXP. Ele veio, mas poucos dias depois foram descobertas falhas, que só foram corrigidas por completo no SP2, mas quanto tempo levou isso mesmo??? E o próprio SP2 trouxe mais falhas que correcções. Olhe o Internet Explorer; nele ainda há falhas não resolvidas com mais de um ano da sua descoberta, pois somente os programadores da MS podem ver o código e corrigir os erros.

    Mas veja o caso do navegador Mozilla, foram descobertas várias falhas, algumas até graves, porém, a maioria delas era corrigida em poucos dias ou horas depois da sua descoberta, pois o seu código pode ser visualizado por todos os que o descarregarem. Assim como o kernel do Linux. Quando saiu a versão do kernel 2.6.8, detectaram uma falha, e poucas horas depois, havia a correcção, um patch pro 2.6.8.1 (a sério, foram mesmo poucas horas).

    Por: João Renato Prim

     

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