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    Arquivo: Edição de 30-05-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Bloco de Esquerda: Polis de Valongo é um «monumento à incompetência»

    Em comunicado datado do passado dia 8 de Maio, mas só agora chegado à nossa Redacção, o Núcleo Concelhio de Valongo do Bloco de Esquerda (BE) critica duramente a Câmara Municipal de Valongo (CMV), por o presidente da autarquia, Fernando Melo, «aparentemente sem se envergonhar», ter anunciado que o Edifício Dr. Faria Sampaio, segundo o BE, «a obra de maior importância do Polis da cidade de Ermesinde», ir continuar por inaugurar, segundo a CMV, «por falta de verbas para a aquisição do mobiliário».

    «Trata-se, simultaneamente, de um escândalo e da demonstração da incapacidade de quem tem gerido os destinos do concelho de Valongo ao longo dos últimos 13 anos», comenta a Concelhia do Bloco de Esquerda.

    Os bloquistas apontam que se gastou «milhões de euros do Estado numa obra que, até ver, não serve para nada. Pelo menos, para os cidadãos de Ermesinde e do concelho não tem serventia, pois continua fechada. Além disso, a justificação para a não abertura seria patética se não fosse trágica e reveladora da forma como este concelho tem sido governado». O comunicado do BE prossegue, criticando as prioridades da Câmara: «Ao mesmo tempo que se diz não haver meios financeiros para mobilar o edifício, anunciam-se concertos certamente bastante onerosos com algumas cantoras, entre as quais Daniela Mercury». E mais à frente: «(...) No entanto, a faustosa festa de encerramento do Programa [Polis] aconteceu em Junho do ano passado, tendo ficado na retina a monumental sessão de fogo-de-artifício que se seguiu a um gigantesco espectáculo com uma trupe de dezenas de acrobatas vinda da China! Falta dinheiro para os móveis, mas não faltou para o folclore». E ainda, finalmente: «Já nos últimos meses, foi notícia a quase centena de milhar de euros que o presidente da Câmara resolveu gastar na compra de um carro novo para ele próprio. Mas falta o dinheiro para abrir o Edifício Dr. Fernando Faria Sampaio aos cidadãos».

    O comunicado acusa depois a CMV de «acção errónea, propagandista, incapaz e gastadora». Diz o texto: «O referido edifício começou por ser apresentado como "inteligente". Seria, anunciou com pompa e circunstância a Câmara, um prédio dotado de células fotovoltaicas, capazes de armazenar a luz do sol e, com isso, de poupar energia. Depressa voltou Fernando Melo com a palavra atrás, passando o edifício a ser um prédio como outro qualquer (...), corre[ndo] o risco de ser um "elefante branco" sem qualquer utilidade. Aliás, continuando o concelho a funcionar sem a concentração de serviços prevista para o novo edifício, não se entende qual a grande necessidade que Ermesinde tinha daquele empreendimento. Se essa necessidade não é óbvia, percebe-se mal que se tenha gasto tanto dinheiro no prédio que esteve para ser inteligente mas que hoje se revela um verdadeiro monumento à inépcia de quem gere o município».

    E finalmente, o BE denuncia que «quem ganhou com o projecto e com os anúncios que dele fez a Câmara na comunicação social (...) foi a especulação imobiliária. Com a espalhafatosa ideia de ali encaixar todos os serviços da cidade, mesmo aqueles que não estão sob a alçada da edilidade – Finanças, Correios, etc. – os empreiteiros do regime puderam construir umas dezenas de prédios em redor e mais facilmente vendê-los».

     

     

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