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    Arquivo: Edição de 15-04-2006

    SECÇÃO: Cultura


    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ

    Agostinho do Nascimento Correia expõe em Alfena as suas saudades de África

    Foi inaugurada no passado dia 7 de Abril, no Centro Cultural de Alfena, a exposição de escultura e pintura do artista ermesindense Agostinho do Nascimento Correia. Uma inauguração à qual “A Voz de Ermesinde” não faltou, podendo testemunhar in loco a mestria da arte de esculpir e de pintar de Agostinho do Nascimento Correia. Há vários anos a residir em Ermesinde, cidade onde fixou residência após regressar de Moçambique, país este que foi a sua casa durante 23 anos, como saudosamente relembra, o artista decidiu expor ao público as memórias e saudades que consigo carrega em relação ao belo continente africano, em particular a Moçambique, país de onde regressou em 1975. Uma exposição que conta com inúmeras e "deliciosas" esculturas em madeira de índole tipicamente moçambicana, como por exemplo, máscaras, cachimbos, estatuetas, pés de candeeiros, entre outras peças esculpidas pela mão deste grande artista.

    Os dotes artísticos de Agostinho do Nascimento Correia não se resumem no entanto apenas à escultura, já que figuram igualmente nesta exposição alguns quadros pintados por si retratando belas paisagens moçambicanas. Deliciados com tudo o que os nossos olhos alcançavam, foi com alguma curiosidade que a equipa de “A Voz de Ermesinde” chegou à fala com este escultor/pintor, na tentativa de descobrir um pouco mais sobre esta sua visão artística em relação a África. A resposta que nos foi dada não podia ter sido mais simples, «são as saudades e a enorme paixão que eu tenho por África, em especial por Moçambique, onde passei 23 maravilhosos e inesquecíveis anos da minha vida, que me levam a fazer estes trabalhos. Quando as saudades e as lembranças, que aliás são muitas, em relação às minhas vivências africanas começam a apertar com mais força, pego num canivete e começo a esculpir um pedaço de madeira e o resultado é isto o que hoje aqui se pode ver. Estas esculturas e pinturas são, por assim dizer, uma forma de eu matar as muitas saudades que eu tenho daquele país, daquelas gentes e daquelas tradições».

    De referir que esta exposição estará patente no Centro Cultural de Alfena até 14 de Maio, durante o horário normal de funcionamento deste espaço cultural.

    Por: Miguel Barros

     

     

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