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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-04-2006

    SECÇÃO: Desporto


    FUTEBOL – CAMPEONATO NACIONAL DA 3ª DIVISÃO – SÉRIE B – 27ª E 28ª JORNADAS

    Ermesinde quebra jejum de três derrotas seguidas com uma vitória em Lourosa

    A principal equipa do Ermesinde pôs cobro, no último domingo, a uma série negra de três desaires consecutivos na Série B do Campeonato Nacional da 3ª Divisão ao arrancar uma importante, e surpreendente, vitória no terreno de um dos três principais candidatos à subida de divisão, mais precisamente o Lourosa. Com dois golos de Quim e um de Paulo, os ermesindistas conquistaram uma preciosa vitória por 3-1 que fez com que a equipa respire agora um pouco melhor na tabela classficiativa.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Estava a tornar-se complicada a situação do Ermesinde na Série B do Nacional da 3ª Divisão. Quando nada o fazia prever a equipa desceu de um confortável 5º lugar para um desconfortável e perigoso 11º lugar da classificação geral, fruto dos três desaires consecutivos sofridos nas últimas três jornadas que antecederam a 28ª jornada, disputada a 9 de Abril passado. De facto, o Ermesinde parecia caminhar em passos largos rumo ao abismo, vulgo despromoção, pelo que urgia conseguir-se uma vitória que voltasse a dar alguma tranquilidade à equipa. Uma vitória que viria a surgir então no passado domingo, e logo num dos mais complicados terrenos desta Série B, o do Lourosa, uma das três equipas assumidamente candidatas a subir de divisão (as outras dão pelo nome de Vila Meã e Torre de Moncorvo). Uma grande exibição culminada com dois golos de Quim (39’ e 57’) e um de Paulo (90’+ 2’) valeram ao Ermesinde uma vitória por 3-1 e consequentemente três pontos importantíssimos, que permitiram que os verde-e-brancos se afastassem um pouco mais da zona de despromoção. O Ermesinde ocupa agora a 10ª posição do quadro classificativo, com 37 pontos somados, mais sete que a primeira equipa que se encontra abaixo da “linha de água”, mais precisamente o Rio Tinto.

    O DESAIRE

    CASEIRO

    ANTE O RIO TINTO

    foto
    A deslocação a Lourosa sucedeu-se então à derrota caseira perante o Rio Tinto (1-2) ocorrida no passado dia 2 de Abril, em jogo relativo à 27ª ronda da competição. Uma partida (na foto) onde o Ermesinde entrou praticamente a perder, já que logo aos dois minutos, na sequência de um lance de contra-ataque, Chico coloca a sua equipa em vantagem no marcador batendo o guardião Jorge Lopes com um potente remate fora da área. Como seria de esperar o Ermesinde reagiu de imediato ao tento madrugador dos visitantes, criando a sua primeira grande oportunidade de golo à passagem do minuto 18, lance este incrivelmente desperdiçado por Quim, que sem oposição na “cara” do guarda-redes atirou a bola ao lado da baliza. Com o Rio Tinto a fechar a “sete chaves” todos os caminhos para a sua baliza, a solução encontrada pelos ermesindistas para criar lances de perigo junto do último reduto visitante passou pela tentativa de surpreender o guarda-redes César com remates de fora da área. E foi dessa maneira que, por duas ocasiões, o golo esteve quase a acontecer para os locais quando, no espaço de um minuto, Bruno Cruz efectuou dois remates que não passaram muito longe da baliza visitante. E como “quem não mata com ferros morre”, o Rio Tinto, à passagem da meia hora de jogo, voltou a fazer estragos utilizando a arma do contra-ataque, tendo cabido a Nélson desferir o remate fatal para o fundo das redes verde-e-brancas, colocando a sua equipa a vencer por 2-0. Aliás, abra-se aqui um parêntese para referir que o relvado dos Sonhos foi pisado neste jogo por dois antigos campeões do mundo de sub-20 ao serviço da Selecção Nacional. Falamos do próprio Nélson, antigo lateral-direito do Sporting, do FC Porto, e dos ingleses do Aston Villa, e do médio-defensivo Cao, que durante vários anos actuou na Superliga portuguesa ao serviço de emblemas como o Salgueiros, Campomaiorense, ou Leça. Dois internacionais portugueses que, relembre-se, se sagraram campeões do Mundo de Sub-20 por Portugal no Mundial de 1991, que na altura se realizou no nosso país. Voltando ao encontro dos Sonhos e para dizer que ao golo dos homens de Rio Tinto respondeu e bem o Ermesinde, com o argentino Cristian no minuto seguinte a fazer passar a bola a centímetros do poste da baliza de César. Seria o mesmo Cristian que aos 41 minutos na marcação de um pontapé de canto colocou milimetricamente a bola na cabeça do capitão Fernando Almeida para este fazer o golo, já mais do que merecido, para a equipa da casa. Um golo que dava alguma esperança aos ermesindistas para o segundo tempo com vista a uma acalentada reviravolta no marcador. E foi com essa intenção que o Ermesinde regressou dos balneários, criando inúmeras jogadas junto da área do Rio Tinto, pese embora a maior parte delas não tenham causado grandes aflições a César, algumas devido à intervenção deste último, outras devido à azelhice dos avançados da casa, em especial de Quim, jogador que esteve um autêntico desastre no capítulo da finalização. E a provar esta tarde menos boa do atleta do Ermesinde está o facto de este ter desperdiçado uma oportunidade soberana de colocar alguma justiça no marcador, já que falhou a conversão de uma grande penalidade ao minuto 67. Por sua vez, o Rio Tinto era uma equipa que raramente passava a linha divisória do seu meio campo, e que defendia com “unhas e dentes” esta preciosa vantagem. A única grande e real oportunidade de perigo dos forasteiros nesta etapa aconteceu aos 77 minutos, altura em que Nuno rematou ligeiramente ao lado do poste direito da baliza de Jorge Lopes. Tirando este lance, os jogadores do Rio Tinto passaram praticamente 45 minutos encostados à sua área, e quando assim não era atiravam-se constantemente para o chão, simulando lesões para deste modo poderem ganhar mais alguns minutos, sem que o árbitro da partida nada tenha feito contra todo este “teatro” protagonizado pelos gondomarenses. Táctica de anti-jogo esta, se assim a podemos chamar, que acabou por surtir efeito, visto que os minutos iam passando e o final do jogo não tardou a surgir com os vistantes a festejarem efusivamente esta sua vitória fora de portas por 2-1. Um resultado que acaba por ser algo injusto, pois a haver um resultado justo seria no mínimo dos mínimos um empate, isto porque o Rio Tinto em certas alturas do jogo conseguiu provar que pelo menos merecia sair dos Sonhos com um ponto.

    Por: Miguel Barros

     

     

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