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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-03-2006

    SECÇÃO: Desporto


    BASQUETEBOL – CAMPEONATO DA LIGA FEMININA – 21ª JORNADA

    CPN caiu aos pés do CAB Madeira

    A principal equipa do CPN não conseguiu derrotar o poderoso CAB Madeira, em jogo alusivo à 21ª e penúltima ronda da 1ª fase da Liga Feminina. O conjunto de Agostinho Pinto esteve uns “furos abaixo” do que tem sido habitual neste campeonato, e embora tenha entrado melhor no jogo acabou por socumbir ao poderio evidenciado pelas adversárias nos períodos finais. Equipa madeirense que viria então a sair de Ermesinde com uma vitória por 76-54. Face a este desaire o CPN desceu para o 4º lugar da classificação, tendo agora 37 pontos, menos três que o líder da prova, precisamente a equipa do CAB. Entretanto, o campeonato conheceu uma pausa de duas semanas após esta 21ª jornada, pelo que o seu regresso está agendado para o próximo dia 1 de Abril, com a realização da última jornada desta 1ª fase, com o CPN a receber no seu reduto a outra equipa da ilha da Madeira presente nesta Liga Feminina, nomeadamente o União. Um jogo que servirá apenas para definir a posição das propagandistas nesta fase regular, pois a presença nos play-off há muito que já está garantida.

    Foto ANDRÉ CASTRO
    Foto ANDRÉ CASTRO
    O Pavilhão Gimnodesportivo de Ermesinde foi o palco do jogo grande da 21ª jornada da Liga Feminina de Basquetebol, disputada no passado 18 de Março. Frente a frente estiveram dois dos melhores “cincos” da já citada competição na presente temporada, o CPN e o CAB Madeira. Separados à partida para este jogo por apenas dois pontos, com o CPN e o CAB a ocuparem respectivamente os terceiro e primeiro postos da classificação, era com grande expectativa que os adeptos do basquetebol aguardavam este encontro, em especial os afectos às cepeenistas, que com o passar dos jogos vêm aumentando o seu entusiasmo e expectativa em redor da sua equipa, que está a realizar uma das suas melhores épocas de sempre na competição. De maneira que o sonho de vencer o CAB, a detentora do ceptro nacional e sem dúvida alguma a melhor equipa portuguesa da actualidade, estava bem expresso no rosto de todos os adeptos do CPN à partida para este encontro. Entusiasmo esse que no 1º período pareceu ter contagiado a equipa da casa, que teve um início de jogo verdadeiramente diabólico, ao converter quatro lançamentos triplos quase consecutivos, dois deles da autoria de Joana Batista, atleta esta que fez um período inicial de alto nível, e que muito contribuiu para que a sua equipa pudesse sair desta etapa inicial com uma vantagem de 22-17. No período seguinte o CPN continuou a “dar luta” ao CAB, respondendo sempre muito bem às investidas das madeirenses, numa clara toada de parada e resposta, e que fez deste um período pautado pelo equilíbrio, como assim confere o marcador final de 14-14, tendo desta forma as propagandistas chegado ao intervalo em vantagem por 36-31.

    OS PIORES

    VINTE

    MINUTOS

    DA ÉPOCA

    No reatamento do encontro, o CPN ainda colocou o marcador em 39-31 a seu favor, e embora faltasse ainda muito tempo para jogar tudo parecia indicar que a equipa de Ermesinde iria aplicar a terceira derrota da época às campeãs nacionais em título, mas uma longa interrupção na partida, devido à queda de água dentro do pavilhão provocada pelas fortes chuvas que se abatiam sobre a região do norte do país à hora do jogo, alterou completamente a postura que a equipa vinha apresentando. O CPN ressurgiu então completamente transfigurado, passou a ser uma equipa desconcentrada, fraca a atacar e péssima a defender, uma equipa desunida e que facilitou e muito a tarefa ao CAB em anular a desvantagem no marcador. CAB que sem fazer muito esforço acabou por dominar o encontro até ao fim, tendo-o então vencido por 76-54. No final da partida o técnico Agostinho Pinto apresentava naturalmente um semblante carregado, referindo que o facto de o jogo ter estado muito tempo parado devido à chuva que caia dentro do pavilhão aliado ao cansaço do seu “cinco base”, que jogou toda a primeira parte do jogo, justificou a mudança radical de atitude da sua equipa. Para reforçar o desagrado com o desempenho das suas atletas nos dois últimos períodos, Pinto disse ainda que estes haviam sido «os piores 20 minutos de toda a época». Em termos individuais, não é demais voltar a elogiar a exibição de Joana Batista durante a primeira metade do encontro. Raquel Jacinto e a brasileira Renata Oliveira também estiveram em plano de destaque durante os dois primeiros períodos.

    Por: Miguel Barros

     

     

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