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    Arquivo: Edição de 15-02-2006

    SECÇÃO: Destaque


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    CDU chocada com a sua recente visita ao Bairro das Saibreiras

    A representante da CDU, Sónia Sousa, foi a primeira a usar da palavra no período de intervenção dos membros da Junta. Como tem sido habitual nas últimas sessões, a comunista voltou a colocar na mesa uma série de casos problemáticos com os quais a cidade vive diariamente. O primeiro caso apresentado pela comunista prendeu-se com o estado de abandono e degradação em que se encontra a passagem inferior (junto da Estação de Caminhos-de-Ferro) que permite a circulação de pessoas da zona da Gandra para o centro da cidade e vice-versa. Um local onde os passeios se encontram esburacados e/ou desfeitos, onde os jardins estão abandonados, onde não existe iluminação, e por último onde o cheiro predominante é nauseabundo. A CDU propôs que se tomem medidas urgentes que levem à limpeza daquele espaço, propondo ainda que caso a CMV não tome essas medidas, se faça a limpeza do local ao abrigo do protocolo de Limpeza de Ruas e Escolas que foi aprovado na reunião anterior. Outro dos casos apresentados pela comunista foi referente ao paradeiro do monumento de homenagem ao “Soldado da Paz”, que durante anos a fio podia ser visionado junto à Estação de Ermesinde, e que com a remodelação deste local simplesmente desapareceu. Ora, a CDU pretende agora saber o que é feito dessa estátua de modo a poder ser recolocada no local de onde foi retirada.

    O derradeiro e mais destacado tema apresentado por Sónia Sousa fazia referência ao Bairro das Saibreiras, mais concretamente às precárias condições, de diversos níveis, que o mesmo apresenta. «A CDU fez recentemente uma visita a este bairro, que por sinal é o maior empreendimento de habitação social do concelho de Valongo, com 224 fogos, e mais de 700 moradores. Ficámos chocados com a realidade em que vivem as pessoas daquele local. Pudemos constatar que existem um complexo conjunto de problemas que atinge aquele bairro, e de entre as inúmeras queixas dos seus moradores podem-se destacar aspectos concretos como o péssimo estado de conservação do edificado; como a falta de limpeza e inexistência de intervenções coordenadas na requalificação dos jardins, passeios e arruamentos. Não existem iniciativas de animação sociocultural; têm problemas de segurança e de acessibilidades em caso de emergência, aliás, não existe uma única boca de incêndio no local; têm problemas com canalizações e os sistemas de esgotos; entre outros problemas com os quais estas pessoas se debatem diariamente», frisou. Em consequência disto a comunista colocou em cima da mesa uma proposta a enviar à CMV para que esta entidade intervenha de imediato na resolução das necessidades (que acima foram transcritas) mais imediatas deste bairro.

    A proposta viria a ser posteriormente aprovada por unanimidade. No entanto, antes de ter sido posta à votação, esta proposta mereceu algumas críticas da parte do social-democrata Luís Ramalho, que acusou Sónia Sousa de querer dar espectáculo à custa deste assunto, refeindo que a comunista desconhece a realidade social daquela zona. «Existem três associações de âmbito sóciocultural naquela zona a trabalhar em pleno, nomeadamente a Associação Sójovem, o Centro de Animação das Saibreiras (que é pertença do Centro Social de Ermesinde), e a Associação de Moradores das Saibreiras. Por isso, a Sónia Sousa não pode vir para aqui dizer que não existem iniciativas sócioculturais no local. Aliás, desafio-a, um dia destes, a visitar com mais atenção estes três locais que referi, para ver se os moradores do bairro têm ou não ao seu dispor uma série de actividades de cariz sóciocultural». Perante isto, Sónia Sousa insurgiu-se e referiu que a CDU não está ali para dar espectáculo, mas sim para denunciar todos os problemas que afectem a cidade e os seus habitantes, acrescentando ainda que aceita o desafio proposto por Ramalho, convidando em seguida o restante Executivo a fazer essa eventual visita, para que todos possam constatar in loco a triste realidade em que vivem as pessoas daquele empreendimento social, visão esta bem diferente da de Luís Ramalho.

    Por: Miguel Barros

     

     

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