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Foto MANUEL VALDREZ |
Socialistas não votaram protocolo do Hospital de Alfena
Ponto 3.1 da Agenda de Trabalhos da reunião: discutia-se o “Protocolo celebrado com a Junta de Freguesia de Alfena e a Casa de Saúde da Trofa, SA, celebrado a 25 de Janeiro de 2006 Ratificação”.
Parecia a consagração de uma semana de ouro para o Executivo valonguense. Só que a discussão não foi pacífica.
Os socialistas deixaram logo ali claro que não concordaram com a forma como foram deixados à margem em todo o processo.
Maria José Azevedo queixou-se de só ter sabido do projecto pelos jornais, o que até punha em causa a necessidade de sigilo agora advogada.
Fernando Melo reiterou que era necessário desenvolver os contactos e as démarches num clima de muita celeridade e secretismo. Mesmo ele só teria sabido do projecto três dias antes.
A outra crítica dos socialistas – de que o texto que ali vinha, à reunião da Câmara era extremamente vago, e mesmo contraditório, respondeu José Luís Pinto que admitiu que o texto era precisamente só um protocolo de intenções e nada mais do que isso.
«É um protocolo inútil – não há compromissos materiais quantificados no espaço e no tempo – voltou à carga a vereadora, que deu como exemplo várias expressões constantes do documento: «A Casa de Saúde da Trofa compromete-se (...) a que o (...) Hospital (...) celebre em tempo oportuno»; «(...) compromete-se a apresentar (...) logo que seja possível (...)«, «compromete-se a apresentar no mais curto espaço de tempo (...)», e outras semelhantes.
Os vereadores da Maioria, pelo contrário, consideraram muito importante fixar no concelho este investimento, e ser necessário o clima de confidencialidade que rodeou toda a operação.
Os socialistas contestaram, negando existir uma corrida com outro município. A Maia teria escolhido outro projecto...
E decidiram, por fim, em face do ocorrido, ausentar-se da sala e nem sequer participar da votação do protocolo.
Por:
LC
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