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    Arquivo: Edição de 30-11-2005

    SECÇÃO: Cultura


    Obra prima de Stanley Kubrick deu início à rubrica “Cinema às Quintas” da Ágorarte

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    “2001: Odisseia no Espaço”, do realizador norte-americano Stanley Kubrick, inaugurou, por assim dizer, a rubrica dedicada ao cinema alternativo lançada pela Ágorarte – Associação Cultural e Artística – intitulada de “Cinema às Quintas”. O visionamento deste filme decorreu no anfiteatro da Escola Secundária de Ermesinde – no passado dia 17 –, local escolhido por esta associação cultural ermesindense para acolher esta iniciativa.

    A obra do ilustre Stanley Kubrick foi então escolhida pela Ágorarte para dar início a este ciclo de cinema alternativo, tendo o filme “2001: Odisseia no Espaço”, como já vimos, iniciado o ciclo dedicado a este realizador norte-americano. Considerado unanimemente pela crítica cinematográfica mundial como um dos melhores filme de ficção científica de todos os tempos, “2001: Odisseia no Espaço” contém uma espectacularidade visual única num drama envolvente do homem contra a máquina, numa extraordinária ficção de música e movimento. Uma das muitas particularidades desta verdadeira obra de arte cinematográfica prende-se com a quase inexistência de dialógos, que são preteridos a favor de efeitos especiais e imagens de grande espectáculo. Aliás, grande parte do filme é desenrolado em silêncio, à semelhança do que se passa no espaço, onde o som não se propaga, podendo apenas ouvir-se o respirar dos astronautas dentro do fato espacial. Outro dos aspectos focados por Kubrick neste filme prende-se com a relação “homem-máquina”, como já antes referimos, tendo o realizador colocado no filme o problema da subjectividade das máquinas, retratando os perigos dos computadores inteligentes através da instabilidade do computador HAL 9000 que depois de apoderar-se do controlo da nave Discovery acaba por matar toda a tripulação da mesma. “2001: Odisseia no Espaço” foi lançado em 1968, tendo servido de fonte de inspiração para a realização de muitos outros filmes de ficção científica. Apesar da sua longevidade o que é certo é que este continua a ser um filme de culto para as novas gerações, como se tem verificado actualmente, ao ponto de ganhar cada vez mais público junto dos jovens adeptos da “sétima arte”. De referir ainda que antes da reposição deste filme, Paulo Teixeira de Sousa (na foto), colaborador da Ágorarte na área do cinema, teceu algumas palavras sobre esta obra-prima do cinema, começando por referir a importância que este filme teve, e tem, na sua vida, enquanto apaixonado e crítico cinematográfico. «Posso dizer que descobri o cinema enquanto arte através deste filme, quando o vi pela primeira vez em 1969», confessou Paulo Teixeira de Sousa que, em seguida, traçou alguns aspectos da personalidade de Kubrick enquanto realizador. O “ciclo Stanley Kubrick” lançado pela Ágorarte continua no próximo dia 22 de Dezembro, com a projecção do filme “Nascido Para Matar”, que à semelhança de “2001: Odisseia no Espaço” será projectado no anfiteatro da Escola Secundária de Ermesinde.

    Por: Miguel Barros

     

     

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