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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2005

    SECÇÃO: Desporto


    FUTEBOL – CAMPEONATO NACIONAL DA 3ª DIVISÃO – SÉRIE B – 11ª JORNADA

    Segunda parte de luxo foi suficiente para o Ermesinde assegurar os três pontos

    Em partida referente à 11ª ronda do Campeonato Nacional da 3ª Divisão, o Ermesinde venceu no seu reduto o conjunto do Lourosa por duas bolas a uma. Um jogo onde os ermesindistas tiveram duas posturas completamente distintas, a da primeira parte, onde foram uma equipa muito apática e sem soluções para contrariar a supremacia do Lourosa, e a da segunda parte, onde arrancaram para uma luxuosa exibição, traduzida na obtenção de dois golos que garantiram a conquista de mais três pontos. De sublinhar que esta reviravolta exibicional teve como um dos principais responsáveis o avançado Paulo, que após ter entrado, ao intervalo, revolucionou por completo a maneira de jogar da sua equipa, tendo ainda apontado os dois tentos que originaram a reviravolta no marcador.

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Vindos de uma derrota em Rio Tinto (0-1) que pôs cobro a uma série de quatro jogos consecutivos sem perder, o Ermesinde via-se neste jogo obrigado a ganhar sob pena de voltar a ocupar os incómodos lugares da zona de despromoção. Objectivo este que não se afigurava nada fácil, já que de visita aos Sonhos estava o terceiro classificado do campeonato, o Lourosa, um conjunto com claras aspirações a regressar à 2ª Divisão Nacional, de onde saiu na temporada passada. Não foi de admirar, por isso, que desde cedo a equipa visitante tomasse as rédeas do jogo, acercando-se inúmeras vezes da baliza à guarda de Casqueira, sendo que, em algumas delas, criava mesmo algum pânico nas hostes locais, como foi exemplo disso o minuto nove, quando Zé Américo atirou uma bola ao poste. Com o avançar do cronómetro o caudal ofensivo do Lourosa era cada vez maior, prevendo-se que, a qualquer momento, que o golo inaugural deste encontro pudesse surgir para os visitantes. Previsão essa que se viria a confirmar aos 19 minutos da etapa inicial, quando Zé Américo, depois de uma recuperação de bola a meio campo do seu capitão de equipa, Baptista I, abriu o marcador. A perder por uma bola a zero, o Ermesinde subiu um pouco mais no terreno, na tentativa de se aproximar com maior perigo da baliza de Sérgio. Tentativas essas que, no entanto, se ficavam pela intenção, já que o Ermesinde até então apresentava uma postura demasiado fraca em todos os sectores, dando mostras de que daquela maneira dificilmente conseguiria dar a volta ao jogo. Por seu turno, o Lourosa continuava a mandar na partida, a ser o conjunto mais esclarecido, aquele que esteve mais perto de chegar novamente ao golo, como foram os exemplos dos minutos 35 e 39, valendo na altura a atenção de Casqueira, que fez duas grandes intervenções impedindo desta forma que a sua equipa saísse para o descanso com uma desvantagem maior.

    UM NOVO ERMESINDE SURGIU NA ETAPA COMPLEMENTAR

    Para a segunda parte as equipas inverteram os papapéis, ou seja, o apagado Ermesinde deu lugar a um super Ermesinde, enquanto que o dominador absoluto Lourosa do primeiro tempo deu lugar a um apático e inofensivo Lourosa. De facto, tudo foi diferente nesta etapa complementar para os comandados de José Augusto. Transformação esta que ficou essencialmente a dever-se à entrada do ponta-de-lança Paulo, um jogador que viria a revelar-se numa das principais “pedras-chave” para a reviravolta que a sua equipa deu no marcador, não só pelos dois golos que marcou, mas também na maneira como o Ermesinde passou a jogar após a sua entrada ao intervalo, maneira esta completamente oposta à evidenciada nos primeiros 45 minutos. É caso para dizer que José Augusto tirou um “coelho da cartola” para esta 2ª parte. A supremacia ermesindista começou a dar os seus frutos logo aos 49 minutos, quando Quim arrancou um cruzamento perfeito para o coração da área onde se encontrava o recém- entrado Paulo, que não teve mais do que empurrar a bola para o fundo das redes forasteiras, restabelecendo assim a igualdade. A avalanche ofensiva do Ermesinde continuou em seguida, e só não surgiram mais golos porque o guarda-redes do Lourosa estava quase sempre no caminho da bola. Lourosa que então era uma equipa completamente à deriva no relvado dos Sonhos e sem soluções para contrariar o poderio dos locais, um conjunto completamente diferente daquele que tinha iniciado a partida.

    E eis que, aos 71 minutos, as bancadas dos Sonhos explodem de alegria, quando Paulo volta a fazer funcionar o marcador, aproveitando da melhor maneira uma falha clamorosa da defensiva contrária. A perder pela primeira vez em todo o encontro, o Lourosa partiu então desesperadamente em busca da igualdade. Só que as coisas continuavam a não correr de feição aos forasteiros, que não tinham arte nem engenho para dar a volta aos acontecimentos. E tudo piorou quando, no espaço de cinco minutos, se viram reduzidos a nove elementos, por expulsão de dois dos seus atletas. Pouco depois o encontro chegava ao fim com a vitória a sorrir aos locais, que, voltamos a repetir, graças a uma segunda parte de luxo conseguiram virar um jogo que, ao intervalo, poucos acreditavam ser possível vencer. Com este importante triunfo, o Ermesinde ascendeu à oitava posição, somando agora 14 pontos.

    No Estádio dos Sonhos, com arbitragem de Júlio Teixeira, de Viana do Castelo, alinharam e concretizaram:

    ERMESINDE (2) - Casqueira, Tiago, Pinhal, Isidro, Cristian, André, Hernâni (Paulo, 45'), Pessoa, Fernando Almeida, Tiago Carvalho (Hélder, 84') e Quim; Treinador: José Augusto.

    Lourosa (1) - Sérgio, Miguel, Ricardo, Celestino (Pedro Miguel, 74'), Zé Américo, Marco Filipe, Cândido (Fernando Jorge, 66'), Tita, Armando (Ribeiro, 69'), Baptista I e Carlos Filipe; Treinador: Acácio Duarte.

    Marcadores: Baptista I (19'), Paulo (49' e 71'). Acções disciplinares: cartões amarelos a Carlos Filipe (53'), Ribeiro (73'), Paulo (79'), Marco Filipe (84'), Isidro (89'), Pinhal (90'+3') e Quim (90'+4'). Cartões vermelhos a Carlos Filipe (82' por acumulação de cartões amarelos) e Baptista I (87').

    Por: Miguel Barros

     

     

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