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    Arquivo: Edição de 15-11-2005

    SECÇÃO: Destaque


    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL

    A capa de S.Martinho

    Reza a lenda que, numa ronda a cavalo, em dia de frio e borrasca, Martinho – soldado das legiões romanas – encontrou na berma do caminho um velho andrajoso, que tiritando de frio, estendia a mão a pedir auxílio. Condoído, com a espada, cortou a meio a sua capa e deu-a ao pobre. E subitamente a tempestade desfez-se e veio o bom tempo.

    Este Outono, o sol brilhou no Dia de S. Martinho, acolhendo de bom grado as barraquinhas e as bancas de feira solidárias que povoaram de vida o velho e arborizado espaço da antiga feira de Ermesinde.

    Os convivas, acolhidos debaixo da capa acolhedora do santo – a grande tenda sob a qual se serviram o jantar de sexta-feira, dia 11 de Novembro, e o almoço e jantar de sábado, dia 12 – degustaram os variados manjares preparados para a ocasião na cozinha do Lar de S. Lourenço e, mais uma vez, dessa forma prazenteira e festiva, deram uma mãozinha ao santo Martinho, ajudando assim a concretizar os projectos que vão germinando no Centro Social de Ermesinde.

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    Além do serviço de restaurante, que incluiu na sua ementa pratos variados (este ano serviam-se cabrito, pá assada, tripas, e rojões; e acompanhados de um belo arroz de grelos, havia ainda fêvera e entrecosto, alheira e pataniscas).

    FESTA DE BOA VONTADE

    E qual o interesse de dizermos isto agora, perguntará o leitor. Pois bem, para que a saliva que lhe acudiu à boca se conserve na memória e o faça comparecer a próximos eventos de idêntico recorte que o Centro Social leve a cabo.

    É que – haverá que dizê-lo – o apetite não esmoreceu às provas do paladar. E os risos cruzavam as mesas, e está tudo dito.

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    Os vinhos ajudaram, é verdade, quer os de marca (a escolha era criteriosa), quer aqueles que «feitos com muito amor» eram também ali oferecidos em tão boa hora docemente sacrificial.

    E como se não bastasse, para os mais gulosos, havia também rabanadas, leite-creme, bolos variados e fruta da época e, evidentemente, castanhas. Ai!, ai!, a falta destas é que nem o santo perdoava...

    Mas o S. Martinho Gastronómico do Centro Social de Ermesinde, sendo essencialmente um magusto solene e melhorado, não se ficou pelas mesas de refeições.

    Ao mesmo tempo, e juntando os esforços dos meninos do jardim e ATL (de todas as valências do Centro Social), e dos utentes do Lar de S. Lourenço, com a ajuda dos profissionais que os acompanham, amigos e família, todos dando o melhor de si, havia uma feira de artesanato e produtos caseiros. À disposição dos visitantes e convivas, estavam à venda compotas, trabalhos manuais realizados nas salas, mas também – com o apoio da comunidade –, enchidos, pão, bolos, bola de carne. E alguns produtos hortícolas, como couves fresquinhas, por exemplo.

    Festa de boa vontade, na melhor inspiração martiniana, contou com a presença e o trabalho voluntário de muitos funcionários do Centro Social, dos principais responsáveis técnicos pelas várias valências, dos membros dos corpos sociais e a imprescindível e muito preciosa ajuda dos Escuteiros de Ermesinde, inexcedíveis de zelo e amoroso (ou amador) “profissionalismo”.

    E já que falamos de boa vontade, vem ao caso contar que os rotários realizaram também, na tarde do mesmo dia 12, sábado, o seu magusto de confraternização no Centro Social de Ermesinde.

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ

    ANIMAÇÃO SEM CONCORRÊNCIA

    Como se não bastasse, e voltando ao assunto, o S. Martinho Gastronómico do CSE contou com a animação de vários artistas, de vários palmos e de palmo e meio, tendo estes – os meninos dos 5 anos – aberto os espectáculos desta iniciativa com uma dança típica da época, na tarde de sexta-feira. Os pais, esses mesmo estando já longe o Verão, derreteram.

    Também a Silvina Martins, ajudante de lar e a Olga Filipa, estagiária, animaram a festa, cantando o fado.

    A festa, que não contou, este ano, com a concorrência desleal de um Benfica-FC Porto em futebol, era esperado que fosse coroada de um muito maior êxito no plano da esmola recolhida, era esta sólida expectativa de Anabela Sousa, a directora do Lar.

    Porque noutro plano, o convivial, decorreu com amizade e boa disposição.

    Para exemplo – feliz – recorde-se apenas aquela tirada em que, despedindo-se dos outros convivas numa mesa ao lado, no fim do almoço de sábado, o padre Maia, acompanhado do cónego Peixoto, avisava, com bonomia e humor, que despencaram, de imediato as gargalhadas: – Agora, digam mal dos padres!

    Por: LC

     

     

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