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    Arquivo: Edição de 30-10-2005

    SECÇÃO: Destaque


    OS LÍDERES COMENTAM OS RESULTADOS

    «Os entendimentos são possíveis mediante o aceitar dos interesses das partes envolvidas»

    TEXTO DE LINO SOARES (CDU)

    É com naturalidade que a CDU define como satisfatórios os resultados obtidos nas últimas eleições de 9 de Outubro.

    Aparte a não eleição de um vereador como se propunha, conseguiu o reforço de eleitos em Campo, a eleição de um candidato em Sobrado e manter a eleição em Ermesinde e na Assembleia Municipal.

    Globalmente as percentagens da CDU para a Câmara subiram de 6,4% para 6,58%, para a Assembleia Municipal de 7,27% para 8,14%, e no conjunto das freguesias obteve resultados superiores a 2001, com as diferenças de, em Campo subir de 17,60% para 24,70%, em Alfena descer de 4,87 para 2,61%, verificando--se aqui a influência dos independentes que afectaram todos os partidos. Em Ermesinde subimos de 5,21% para 7,19%, em Sobrado de 5,86% para 7,85% e, em Valongo, de 5,17% para 6,45%.

    São resultados bons que nos permitirão manter a prestação dos nossos eleitos na defesa dos interesses da população e com maior disponibilidade para trabalhar, desde que, como sempre o dissemos, nos dêem condições para o fazer. Trabalharemos sempre com todos os outros eleitos pela população do concelho.

    Independentemente das pressões que vêm de todo o lado, partidos, empreiteiros, sector imobiliário, de qualquer grupo de interesses, de falsas direitas ou esquerdas, manteremos sempre a preocupação de responder às principais pressões a que daremos especial atenção: a pressão das populações.

    Sendo o poder local um espaço único de democracia, que permite a todas as forças políticas concorrentes lutar pelas melhores posições, pelas melhores soluções para a resolução dos problemas existentes, a entendimentos entre todos os eleitos, independentemente das suas representações partidárias.

    A questão principal está que tipo de compromissos se estabelecem e que políticas se querem desenvolver.

    Após o acto eleitoral outra questão é colocada no centro das atenções: quem vai trabalhar com quem.

    Para nós é simples: Como já o dissemos anteriormente, trabalharemos sempre com todos os outros eleitos pela população, desde que nos dêem condições para tal.

    Acontecem reuniões, encontros, telefonemas, todo o tipo de contactos que permitam chegar a alguma conclusão.

    Colocamos sempre como conclusão a seriedade e o respeito pelas opiniões e decisões que cada qual vier a tomar.

    Infelizmente, já estamos habituados a que exista uma preocupação pela parte do PSD e do PS em excluir a presença de eleitos da CDU em alguns espaços de decisão.

    Como nem sempre o podem fazer, simplesmente porque existimos, vêem-se na obrigação de nos aceitar.

    Assim quem detém o poder das Presidências, procura entendimentos com quem bem entende. Entendimentos só para solução de executivos. Raramente acontecem para nos permitir a defesa de políticas alternativas às que o PSD de há 12 anos a esta parte, e anteriormente o PS, tem defendido na Câmara Municipal de Valongo.

    Tendo em conta estes importantes pormenores, também os entendimentos são possíveis mediante o aceitar dos interesses das partes envolvidas.

    Por exemplo: Andamos a negociar com o PS desde 12 de Outubro, portanto logo que se soube dos resultados eleitorais, o que fazer com a Presidência da Assembleia Municipal de Valongo. Desde logo e correctamente o PS interessava-se por obter a Presidência deste importante órgão autárquico.

    Colocámos como contrapartidas as posições a tomar relativamente às freguesias de Ermesinde e de Campo, onde nos era possível negociar posições de trabalho.

    Reunimo-nos novamente a 18 de Outubro. Preocupação do PS: Presidência da AMV.

    Contraproposta nossa: Quando falamos sobre a freguesia de Campo? Sobre Ermesinde aparentemente havia entendimento.

    É-nos dito que sobre Campo, não têm condições para influenciar o seu presidente...

    Novo contacto a 24 de Outubro, ia haver reunião do PS em Campo.

    Dissemos ao responsável concelhio que apoiávamos o nome de Casimiro de Sousa para presidente se... em Campo se dignassem conversar com a CDU sobre o que fazer.

    Ainda novo contacto a 25, e fica claro que em Campo o PS não aceita negociar nada com a CDU.

    Moral da história: a CDU teria que aceitar a qualquer preço o apoio ao PS para a presidência da AMV, ou seja, o PS dispunha--se a mandar na CDU, mas em Campo, o PS concelhio não mandava o PS local entender-se com a CDU só porque o seu presidente já terá há muito outros compromissos...

    A partir desta posição do PS em querer tudo sem dar nada, decidimos avançar com candidatura própria à Presidência da AMV.

    Sem compromissos, com quem quer que fosse, e até o podíamos ter feito se assim o entendêssemos. Simplesmente utilizando o direito que temos de lei em nos candidatarmos. Mais nada.

    Ficará claro, embora saibamos que vamos ter de explicar sempre muito bem esta situação, de que o PS ou o PSD ou qualquer outra força política, que temos projectos autárquicos próprios, temos opinião própria sobre todos os problemas do Concelho e que nunca estaremos disponíveis para aldrabar alguém nem para nos deixarmos aldrabar por quem quer que seja.

    A CDU manterá sempre como seu lema a defesa do trabalho, honestidade e competência.

     

     

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