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    Arquivo: Edição de 30-09-2005

    SECÇÃO: Destaque


    Fernando Melo ajuda PS

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Uma grande bronca estalou no passado dia 21 de Setembro quando o presidente da Câmara, Fernando Melo, decidiu enviar ao PS concelhio um despacho obrigando a retirar «os contentores mandados colocar pelo Partido Socialista para Sedes do Partido nas Praças Públicas do Concelho sem autorização...», porque se poderiam prestar a «ajuntamentos públicos» que pudessem «pôr em causa a segurança e circulação de pessoas». O despacho prosseguia, referindo ainda: «... em qualquer circunstância [como] nunca autorizei este tipo de equipamentos a ocupar a via pública, quer por motivos de segurança, por motivos de higiene, de estética e ambiental, não os vou autorizar agora, pelo que. se já colocados, terão que ser retirados no prazo de 24 horas, sob pena de remoção coerciva».

    Reagiu de imediato o PS, com Maria José Azevedo a marcar para a tarde do dia seguinte uma conferência de imprensa anunciando que ia interpor uma providência cautelar contra a decisão do «Candidato do PSD/PP e Presidente da Câmara».

    A candidata socialista defendeu ainda ter agido no «rigoroso cumprimento da lei», alegando ter comunicado por escrito à Câmara, a 5 de Setembro a intenção de colocar os contentores que funcionariam como sedes de campanha e, no dia 16 a respectiva localização.

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    Maria José Azevedo coloca ainda a questão de, eventualmente, na opinião de alguns juristas, nem ser necessário comunicar à Câmara a colocação de tais stands eleitorais, mas que, até por uma questão de segurança legal, o decidiu fazer. A lei, acrescentava a candidata, nem sequer exigia qualquer deferimento por parte da Câmara.

    Sendo assim, Maria José Azevedo anunciou à comunicação social que não iria retirar os stands e ia entregar ao Tribunal uma providência cautelar.

    Confrontado com a situação pelos jornalistas, Fernando Melo reagiu mal. Primeiro, acusando os jornalistas de terem dado atenção ao facto por uma mera solidariedade corporativa para com Maria José Azevedo, que já foi jornalista, e segundo, comparando os contentores de campanha do PS a «retretes». E fê-lo não num acesso verbal de uma eventual irritação, mas compenetradamente lendo uma declaração escrita que, obviamente logo passou nas televisões.

    À hora do fecho desta edição, os contentores continuavam no sítio. O PS ganhou esta batalha.

    Por: LC

     

     

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