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    Arquivo: Edição de 30-08-2005

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Junta continua à espera de resposta da Câmara sobre as construções no Parque Urbano

    A última reunião pública da Junta de Freguesia de Ermesinde, realizada no passado 3 de Agosto, teve – mais uma vez – como tema principal as construções que estão a ser edificadas junto do Parque Urbano. Face ao prolongado silêncio da Câmara de Valongo para com a Junta em relação ao ofício enviado há dois meses atrás por esta última entidade, no qual era pedida uma explicação para o que irá ser construído naquele local, o Executivo liderado por Casimiro Gonçalves aprovou por unanimidade uma moção a ser enviada à autarquia dando conta da sua profunda insatisfação para com toda esta situação.

    FOTO: Miguel Barros
    FOTO: Miguel Barros
    O “caso” das obras de ampliação do Parque Urbano de Ermesinde conheceu na passada reunião pública da Junta novos desenvolvimentos. Face à contínua ausência de qualquer resposta vinda da parte da Câmara Municipal de Valongo (CMV) ao ofício enviado pela Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE) no qual era solicitado uma explicação àcerca do que vai ser construído nos terrenos junto ao Parque Urbano, o Executivo da Junta aprovou por unanimidade o envio de uma moção (cujo conteúdo pode ser lido na integra na caixa em anexo) à autarquia dando conta da sua profunda preocupação e insatisfação perante o empreendimento que está a ser edificado naquele local. Recorde-se que esta história teve início há dois meses atrás, altura em que a JFE solicitou pela primeira vez à CMV uma explicação sobre o que na realidade irá ser construído naquele local, isto porque a autarquia referiu inicialmente que aquele espaço serviria para ampliar o actual Parque Urbano, mais concretamente com a construção de um parque radical para a juventude, e de um parque de estacionamento subterrâneo.

    Recuando um pouco mais no tempo, constatamos que a JFE, na altura proprietária do terreno, quis ali edificar a sua nova sede, ao que a CMV respondeu então que naquele espaço não seriam construídos quaisquer tipo de edifícios, uma vez ele estava destinado à construção dos dois já referidos equipamentos. Mas isto, na verdade, não se está agora a verificar, visto que em vez do inicialmente prometido pela CMV, o que se vê, de momento, é um edíficio de vários andares a ser construído. Perante este cenário de contradição camarária, a JFE enviou à CMV, há dois meses atrás, o já citado ofício pedindo uma explicação para a repentina e surpreendente mudança de planos referente àquele local. Resposta essa que não chegou. Face a esta situação de silêncio da parte da edilidade valonguense, o autarca comunista Belmiro Magalhães - ausente na última reunião - apresentou na sessão pública de 6 de Julho uma proposta de moção onde se podia lêr a preocupação e indignação perante o que se está a verificar no local.

    Proposta de moção esta que entretanto foi sendo adiada pelo Executivo da Junta, com a justificação de que se deveria esperar pelo menos mais um mês por uma resposta oficial da Câmara, entidade esta que, no entanto, continua sem prestar qualquer explicação oficial à JFE. Perante este facto o Executivo da Junta resolveu aprovar por unanimidade, como já vimos, esta moção, que foi ligeiramente melhorada e trabalhada, em relação ao documento inicialmente apresentado por Belmiro Magalhães, por todos os membros do Executivo. Um documento de cariz altamente crítico para com a atitude da CMV, e que segundo a autarca socialista Esmeralda Carvalho peca apenas por ter sido aprovado tarde demais. Segundo Esmeralda, a JFE está a dar demasiadas oportunidades à Câmara de Valongo, referindo que “estamos a ser bonzinhos demais para com eles, pois há já dois meses que aguardamos uma resposta que tarda em surgir. Isto demonstra uma clara falta de respeito deles para com a Junta”.

    VIDEIRA PROPÕE APRESENTAR

    QUEIXA AO IGAT E À DGOT

    O também socialista Jorge Videira usou da palavra para demonstar a sua profunda indignação perante este cenário, frisando que esta é uma questão que o afecta de um modo muito particular. “Eu era o presidente da Junta quando a CMV veio a público dizer que aquele espaço era para a ampliação do Parque Urbano, e não para a construção de quaisquer tipo de edifícios, como era pretensão da Junta, que ali queria fazer a sua nova sede. Fico indignado ao constatar que agora a Câmara mudou de ideias. Na última Assembleia Geral da CMV foi dito que naquele espaço irão funcionar uma farmácia, um ginásio, e escritórios, infraestruturas estas que não me parecem ter nada a ver com os tais equipamentos de lazer que a CMV havia prometido à população inicialmente. Não me pareçe também que sejam serviços que a população possa usufruir gratuitamente. O que me parece é que esta é mais uma clara situação de interesses pessoais da CMV”. O autarca socialista foi mais longe ao propôr que a moção fosse enviada para a Inspecção Geral de Administração do Território (IGAT), e para a Direcção Geral do Ordenamento do Território (DGOT), de modo a que estas entidades possam investigar o caso. Por sua vez o presidente da Junta, Casimiro Gonçalves, voltou a colocar “água na fervura”, à semelhança do que já havia feito noutras reuniões em que este assunto foi discutido, referindo que deve ser dado um passo de cada vez, pois “primeiro vamos enviar esta moção, e caso ela não surta efeito, ou seja, caso a CMV continue sem dar explicações à Junta, aí estou totalmente de acordo que se deva avançar com a proposta do Jorge Videira”.

    NOVA SEDE DA JUNTA PRONTA A FUNCIONAR

    Para além do tema principal desta reunião, foi dado a conhecer por Casimiro Gonçalves aos restantes membros do Executivo que as novas instalações da JFE estão prontas a funcionar. Na altura desta reunião, apenas faltava instalar a central telefónica, já que tudo o resto estava concluído, tendo ficado definido que a 29 de Agosto a nova sede da Junta abriria oficialmente as suas portas ao público, o que viria a ser posteriormente alterado para 19 de Setembro.

    No início da sessão, Esmeralda Carvalho voltou a trazer à mesa velhas questões que continuam a afectar a cidade e a sua população, com particular destaque para a deficiente limpeza de que as ruas de Ermesinde têm vindo a ser alvo. Outro problema levantado pela autarca prendeu-se com a Rua José Joaquim Ribeiro Teles, mais concretamente junto da Vila Beatriz, que com as obras do Programa Polis tornou-se mais estreita, e de difícil passagem para as viaturas pesadas, que muitas vezes ali circulam em elevadas velocidades. Como solução para este caso Esmeralda Carvalho propôs que fosse criado um desvio para esse tipo de veículos.

    Por: Miguel Barros

     

     

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