Software livre na escola
O seminário Thinking Open Source (2004) do Instituto Politécnico de Bragança
O Instituto Politécnico de Bragança desde cedo demonstrou uma especial apetência para a adopção de ferramentas e soluções open source. Já no ano de 1996, ainda sem rede de cablagem estruturada, as poucas salas de informática encontravam-se equipadas com servidores de ficheiros e domínio de autenticação baseados em sistemas GNU/Linux. Com o avançar dos tempos, o investimento no sistema informático e de comunicações teve uma forte componente nos sistemas de software livre, reunindo, actualmente, servidores de ficheiros (SAMBA e NFS), serviços de directoria (em OpenLDAP), autenticação (com base em PAM) e serviços de impressão (com CUPS e PYKOTA), entre outros.
Paralelamente à aposta efectuada pela escola, os alunos descobriram pontos concordantes em torno do software livre e, mais concretamente, do Linux, tendo fundado em 2001 o Núcleo Estudantil de Linux do Instituto Politécnico de Bragança (NUX). O NUX assume-se como o ponto de referência e agregação preferencial da comunidade de alunos utilizadores de Linux do Instituto Politécnico de Bragança. Entre outras actividades, tem promovido e divulgado os sistemas GNU/Linux e a filosofia open source, dado suporte aos iniciados, promovido a realização de seminários, tutoriais e installation parties, entre outros.
Começou também a fazer-se algum intercâmbio com instituições da vizinha Espanha por intermédio de representantes da Associação de Software Livre de León (SLeon), o que criou as condições e o ambiente propício para a organização de um evento em torno do open source e do sistema GNU/Linux em geral.
O seminário TOS - Thinking Open Source, realizado em 2004 centrou-se na temática do open source tendo como cenário os sistemas GNU//Linux, desde os seus fundamentos funcionais como o kernel, ao ambiente gráfico de trabalho e produtividade. Nesta introdução foram usados os termos "software livre" [http://www.fsf.org] e "open-source" [http://www.open-source.org] indiscriminadamente e, aparentemente, sem qualquer distinção.
Ambos os termos traduzem a mesma filosofia: uma comunidade unida em torno de um bem partilhado – o código fonte. Apesar desta filosofia ter sido originalmente associada ao termo software livre (free software), o termo open-source é mais apelativo do ponto de vista comercial, pelo que depressa foi adoptado por empresas e organizações, resultando numa popularização do conceito.
OPEN SOURCE
Muitas vezes, o open-source é interpretado como sinónimo de software "à borla", gratuito ou freeware. Nada de mais enganador! Não se trata de software grátis, mas sim de partilhar.
Partilhar conhecimento, partilhar experiência, partilhar o gosto e o prazer intrínseco à aprendizagem e à convivência. Foi neste contexto que surgiu o seminário TOS.
Por:
AVE
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