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    Arquivo: Edição de 15-07-2005

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Obras de ampliação do Parque Urbano continuam a dar que falar

    FOTOS MIGUEL BARROS
    FOTOS MIGUEL BARROS
    A reunião pública da Junta de Freguesia de Ermesinde, realizada no passado dia 6 de Julho, teve como assunto de destaque as obras de ampliação do Parque Urbano.

    No âmbito deste tema, o PCP apresentou junto do executivo uma proposta de moção a ser enviada à autarquia para que esta explique o porquê da alteração de planos em relação ao referido espaço, que antes se destinava ao lazer, mas que agora é ocupado por um novo empreendimento, que se encontra em fase de construção. Situação esta que todos os membros do executivo da Junta classificaram de muito grave e preocupante, embora a moção apresentada pelo autarca comunista tenha sido alvo de críticas por parte do socialista Artur Costa, que acusou o PCP de se estar a aproveitar deste caso para fazer propaganda política.

    Depois de na sessão de 1 de Junho se ter demonstrado preocupado e indignado em relação ao empreendimento que está a ser construído junto ao Parque Urbano, o PCP voltou, nesta última reunião, a reforçar a sua visão crítica sobre este caso, com a apresentação ao executivo de uma moção a ser enviada ao presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV).

    O documento, apresentado pelo comunista Belmiro Magalhães, frisava o facto de a autarquia ter, há algum tempo atrás, afirmado que o terreno onde agora está a ser edificado o empreendimento que tem gerado toda esta polémica seria destinado à ampliação do actual Parque Urbano, nomeadamente para a construção de um parque radical dedicado à juventude.

    A moção comunista fazia ainda referência ao facto de que o terreno em questão havia sido adquirido em tempos pela Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE) para aí ser construída a sua nova sede. Algo que, no entanto, não se viria a verificar, já que a CMV propôs, na altura, uma troca de terrenos, sustentando que aquele espaço não seria para a construção de edíficios, mas sim servir para o alargamento do Parque Urbano. O documento apresentado pelos comunistas refere ainda que foram criadas grandes expectativas junto da população ermesindense com a ampliação do parque, com a existência de uma área verde, tranquila e livre de construções, mas que no entanto viriam a ser defraudadas com a construção de prédios, como se está a verificar, num local que se destinava ao lazer. O PCP conclui este documento referindo que não compreende o silêncio que a CMV tem tido em relação a este caso, exigindo em seguida que a autarquia explique publicamente o porquê desta suposta alteração de planos em relação ao referido espaço. Os restantes membros do executivo mostraram igualmente toda a sua preocupação perante este caso, tendo o presidente da JFE, Casimiro Gonçalves, sublinhado que o que está a verificar naquele espaço é uma verdadeira aberração. Acrescentou ainda que já pediu explicações à CMV sobre o caso, há cerca de um mês atrás, mas que ainda não obteve qualquer resposta por parte da mesma.

    Por sua vez, a socialista Esmeralda Carvalho, referiu que a CMV mentiu aos ermesindenses, uma vez que anteriormente havia prometido um espaço de lazer, e agora aparece com outra coisa completamente diferente.

    ARTUR COSTA MANIFESTA-SE

    CONTRA A MOÇÃO COMUNISTA

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    Moção comunista que, no entanto, não teve o aval de todo os membros do executivo, tendo o socialista Artur Costa, se referido a este documento como mera propaganda comunista.

    «O partido que eu aqui represento está inteiramente de acordo com o facto de a situação que se verifica presentemente no Parque Urbano ser bastante grave, uma vez que inicialmente aquele espaço era destinado à ampliação do actual parque, mas a realidade actual é bem diferente, e o que agora se constata é que vão ali construir um empreendimento.

    Concordo também quando se diz que a CMV deve dar uma explicação para esta situação. Agora, o que eu não concordo é com o modo como o PCP está a abordar este problema, ou seja, está a querer mostrar serviço à custa da situação. Aliás, o PCP já nos habituou a apresentar trabalho sempre por alturas dos finais de mandatos, épocas de campanhas eleitorais, querendo demonstrar com este tipo de tomadas de posição que trabalha muito.

    O meu partido tem um tipo de política diferente. E volto mais uma vez a dizer que esta situação do alargamento do Parque Urbano merece a nossa máxima atenção e preocupação, mas acho que devemos aguardar por uma resposta da CMV, uma vez que esta já recebeu um pedido de explicações da parte do executivo da Junta para o caso. Vamos aguardar por essa resposta, e não avançar já com esta moção, como é pretendido pelo PCP. Agora, caso a CMV não nos forneça nenhuma resposta para este problema, aí sou da opinião que devemos avançar com a moção, embora ache que esta deva ser analisada, mais trabalhada, e mesmo sofrer algumas alterações em alguns aspectos, por todos os membros do executivo da Junta, e não apenas pelo PCP». Em resposta ao autarca socialista, Belmiro Magalhães, sublinhou que esta não é altura de entrar em preciosimos, defendendo que a moção apresentada pelo seu partido se restringe aos factos principais deste problema, não vendo, por isso, razões para esta ser melhorada ou alterada pelo restante executivo. Terminadas estas intervenções chegou então a altura do documento apresentado pelos comunistas ser posto à votação do executivo, de modo a apurar se era ou não enviado para o presidente da autarquia, como era pretensa do PCP.

    Votação esta que teve como resultado um empate, ou seja, Belmiro Magalhães e a socialista Esmeralda Carvalho votaram a favor, tendo Casimiro Gonçalves e Américo Silva votado pela abstenção, ao passo que Artur Costa e António Vasques votaram contra a aprovação do documento. Face a esta situação de empate, foi então necessário que Casimiro Gonçalves fizesse valer a sua condição de presidente da Junta para desempatar a votação, tendo votado pela não aprovação imediata desta moção. Como justificação apresentou algumas das palavras já antes proferidas por Artur Costa, nomeadamente no aspecto de que «devemos esperar por uma resposta da CMV ao ofício por nós enviado. Se na próxima reunião do executivo da Junta não tivermos nenhuma resposta, avançaremos então com esta moção, embora eu também seja da opinião que ela deva ser melhorada e trabalhada por todos nós em conjunto».

    ESMERALDA CARVALHO

    VOLTA A DEBATER QUESTÕES ANTIGAS

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    Esmeralda Carvalho voltou a trazer a esta sessão velhas questões que afectam a cidade e a sua população. A questão dos abrigos na paragem do Cruzeiro, que continuam por colocar, mereceu novamente a chamada de atenção da autarca.

    O lixo acomulado nos vários ecopontos espalhados pela cidade, bem como a fraca, ou mesmo inexistente, limpeza de que as ruas de Ermesinde estão a ser alvo, foram assuntos novamente colocados pela autarca do PS. Esmeralda Carvalho que nesta última sessão recebeu uma boa nova da parte do presidente da JFE, nomeadamente sobre a velha questão da colocação de um painel de informações na estação de caminhos-de-ferro de Ermesinde, que a socialista há muito reenvindica. Sobre este assunto, Casimiro Gonçalves informou os restantes membros do executivo que a REFER havia enviado para a Junta um documento a dar conta da abertura de um concurso público para a colocação do referido painel, prevendo a empresa que a infraestrutura possa estar em funcionamento em meados do próximo ano. Na parte final da sessão, Casimiro deu algumas informações sobre o novo edificio da Junta, prevendo que dentro de aproximadamente um mês o organismo por si dirigido possa ocupar as novas instalações.

    Por: Miguel Barros

     

     

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