SECÇÃO: Destaque

Fotos: Manuel Valdrez

Vila Beatriz reabre as suas portas à comunidade

A nova Vila Beatriz deu-se a conhecer aos ermesindenses no passado dia 15 de Abril. Para além do renovado pólo de leitura, este singular edifício de Ermesinde apresenta como novidade o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, um espaço de informação e de divulgação de acções de educação e sensibilização ambiental. Está é mais uma obra realizada ao abrigo do Programa Polis, que deverá estar concluído em Junho, com a inauguração do edifício Dr. Faria Sampaio.

Está assim concluída uma das obras mais aguardadas pela população de Ermesinde.

Após esta intervenção de remodelação, o conhecido edifício ermesindense, está agora mais moderno e funcional, pois para além de um renovado pólo de leitura, este espaço apresenta como grande novidade o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA).

Trata-se de uma valência criada com o intuito de divulgar acções de educação e sensibilização ambiental junto da população. O CMIA inclui nas suas competências a compilação de dados provenientes de monitorizações, bem como a integração, disponibilização, e difusão de dados sobre temáticas ambientais. Desta nova valência fazem parte uma sala multiusos, preparada para acolher debates, conferências e acções de formação, uma sala de monitorização, que se destina unicamente à utilização técnica, um laboratório preparado para os trabalhos de campo, e por fim, um atelier, apetrechado para ser palco de actividades e formações de sensibilização ambiental. A juntar a esta vertente mais técnica, temos o facto de que o exterior do edifício é envolvido por várias espécies de plantas, conferindo-lhe assim uma grande importância no contacto com a natureza. Para o presidente da autarquia, Fernando Melo, o CMIA é mais uma aposta do seu executivo na melhoria do ambiente urbano. O edil de Valongo fez um pequeno resumo do seu percurso à frente dos destinos do concelho, dizendo que “primeiro satisfizemos as necessidades básicas da população, onde o saneamento básico é exemplo disso. Depois decidimos apostar na cultura, com a criação de um centro cultural em cada freguesia. E agora apostamos no Ambiente. Aliás, neste campo especifico, estamos a fazer um excelente trabalho, e a aprovar isso é o facto do Concelho de Valongo ter sido recentemente contemplado com mais um prémio relativo ao Ambiente, mais concretamente com o prémio Geoconservação 2005. Isto, depois de em 2003 termos ficado em segundo lugar num concurso internacional do Ambiente. Estes dois prémios são a prova da dedicação que a CMV tem prestado ao ambiente e à sua preservação”. Refira-se ainda que este é o segundo CMIA a nascer no concelho, uma vez que o primeiro foi criado na Serra de Santa Justa.

O RENOVADO

PÓLO DE LEITURA

Embora já antes desta remodelação aqui funcionasse, o pólo de leitura da Vila Beatriz surge agora aos olhos da população de uma forma renovada, possuidor de melhores condições a nível de espaço, e de meios informáticos. Nesta valência, situada no primeiro piso do edifício, o público tem à sua disposição todo e qualquer material que pretenda consultar, existindo salas destinadas quer para os mais crescidos, quer para os mais pequenos. De salientar a interligação entre estes dois espaços do edifício, uma vez que a documentação necessária e básica do CMIA se encontra precisamente no pólo de leitura. Esta nova face da Vila Beatriz é, segundo Fernando Melo, uma das obras mais importantes realizadas ao abrigo do Programa Polis, não só pelas questões das temáticas do ambiente, com a criação do CMIA, e da cultura, com a remodelação do pólo de leitura, como também pelo facto de se ter dado um novo aspecto ao edifício, nomeadamente no restauro de algum património arquitectónico aqui existente, como por exemplo, os painéis de azulejos, os tectos e os pavimentos.

Programa Polis que tem Junho como o mês previsto para terminar a sua aparição em Ermesinde, na altura com a inauguração do edifício Dr. Faria Sampaio. Relembre-se que para além desta renovada Vila Beatriz, o Polis já trouxe até Ermesinde a Praça da Estação, a Praça da Cultura, e o jardim adjacente ao antigo Consulado do Equador, sendo que valor o de todas estas intervenções se cifra nos 10 milhões de euros, tendo a CMV tido uma comparticipação de 25 % desse valor.

Por: Miguel Barros