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    Arquivo: Edição de 15-04-2005

    SECÇÃO: Local


    “Revista Proteste aponta parque infantil do Parque Urbano de Ermesinde como um dos mais perigosos do País”

    Recebeu “A Voz de Ermesinde”, com pedido de publicação, ao abrigo da Lei n.º 2/99, o seguinte texto, assinado pelo Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Valongo: O jornal “A Voz de Ermesinde” publicou uma notícia dizendo que a revista Proteste indica o Parque Urbano de Ermesinde como um dos mais perigosos do país. É FALSO. Nem a Proteste diz que é um dos mais perigosos do país, e juntamos o ofício por eles enviado e, por outro lado, o resultado apontado pela DECO não se refere ao Parque de Ermesinde mas a um outro, conforme se pode verificar pelos ofícios anexos enviados pela DECO.

    Os nossos parques infantis foram montados por empresas certificadas e todo o material está devidamente homologado e dentro do período de validade. Para além disso, vão sendo vistoriados e recuperados pelos serviços camarários sempre que exista qualquer desajustamento provocado pelo normal desgaste do tempo”.

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    O OFÍCIO DA DECO

    O ofício referido pelo Gabinete de Comunicação da Câmara de Valongo, e a ela enviado pela DECO era, por sua vez, do seguinte teor:

    ASSUNTO: Envio dos Resultados do Estudo sobre “Segurança em Parques Infantis”.

    Exmos. Senhores,

    A DECO/ProTeste investigou a “segurança em parques infantis” da vossa responsabilidade, a publicar na revista ProTeste n.º 257, de Abril de 2005 e, no seguimento deste estudo, não podemos deixar de vos dar conhecimento das principais falhas detectadas.

    Gostaríamos de ser informados das medidas que esta Câmara pensa tomar relativamente a estes parques infantis, no sentido de aumentar a segurança dos pequenos consumidores.

    Sem mais de momento, subscrevemo-nos com elevada estima e consideração e colocamo-nos ao vosso dispor para eventuais esclarecimentos”.

    O documento era assinado por Sílvia Machado, coordenadora do Departamento Técnico da “ProTeste” e Teresa Belchior, coordenadora do estudo.

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    Acompanhava este documento, um outro, escrito em língua inglesa, que reproduzimos nesta página em fac-símile.

    É com base neste último documento que a Câmara, em contacto havido connosco, refere a falsidade do nosso texto e do estudo da ProTeste, já que o texto em inglês referiria a proximidade da auto-estrada, o que não seria o caso do Parque Infantil do Parque Urbano de Ermesinde. O estudo referir-se-ia sim – ser-nos-ia indicado por fonte da Câmara –, a um outro parque infantil, o do Parque Radical de Valongo.

    Contactada a DECO, a entidade não reconheceu qualquer erro, mas prontificou-se a investigar a situação no sentido de a clarificar perante o público o mais brevemente que lhe fosse possível, admitindo vagamente a possibilidade de uma confusão entre os dois parques, mas assumindo a responsabilidade de o esclarecer. Luís Silveira Rodrigues, da DECO comentaria, aliás, em contacto telefónico que com ele estabelecemos, que lamentava o conteúdo do texto que a Câmara nos dirigiu, já que era visível sobretudo a intenção de sacudir a água do capote e não a de resolver situações de perigo para as crianças. A haver qualquer confusão, serão então provavelmente DOIS e não apenas o de Ermesinde, os parques infantis em situação perigosa no concelho de Valongo de responsabilidade da Câmara.

    O NOSSO ESCLARECIMENTO

    De facto, a revista “Proteste” n.º 257, de Abril de 2005, referiu, em várias partes do estudo que publicou sobre o estado dos parques infantis, circunstâncias que permitiam considerar a gravidade da situação do parque infantil do Parque Urbano de Ermesinde, e que passamos a referir:

    – (Pág. 13): “Analisámos, ainda, a sinalização e a possibilidade de vigilância. O socorro a um eventual acidente deve ser rápido. Para tal deve existir uma placa a indicar a idade das crianças a que o parque se destina, o nome do proprietário, a entidade a quem comunicar as falhas e o hospital e telefone público mais próximos (obrigatório por lei). O Parque Tripeira e o Urbano de Ermesinde obtiveram a pior classificação”.

    – (Pág. 13): “Antes que aconteça um acidente grave, recomendamos mesmo o encerramento de 12 para obras: na Grande Lisboa, Santa Marta do Pinhal, Amizade e Paz, Serafina, Jardim Taborda, Parque Urbano de Queluz e Jardim Constantino e, no Porto, Fontaínhas, Parque Urbano de Ermesinde, Corujeira, Amial, Praia do Marreco e Basílio Teles.

    – (Pág. 12): Há um conjunto de pequenas fotografias legendadas, existindo aí uma nova referência, menos precisa, a “Parque de Ermesinde”.

    – (Pág. 10): Quadro geral contendo a classificação dos vários aspectos do estudo, e no qual figura o Parque Urbano de Ermesinde (publicámos a parte do quadro referente ao caso em apreço).

    “A Voz de Ermesinde” teve também conhecimento da situação de uma criança ferida no parque infantil do Parque Urbano de Ermesinde no decurso do próprio mês de Março, e a televisão fez--se também eco do estudo da DECO (peças emitidas a 23 de Março).

    A juntar a isto é conhecida a ilegalidade do parque quanto ao piso, de carvalho, que é abrasivo e não amortece as quedas, como é exigível por lei. Isto mesmo foi confirmado na última reunião da Junta de Freguesia de Ermesinde (ver texto noutra página). Além de outras deficiências, como por exemplo a existência de equipamentos danificados, com perigo evidente para as crianças e mesmo o facto de não haver uma zona de sombra em dias de maior calor.

    Tudo isto, e o conteúdo do estudo da DECO, fizeram--nos publicar o estudo, plenamente confiados na sua integral correcção. Se, houver, apesar de tudo, algum erro, “A Voz de Ermesinde” assumirá a sua responsabilidade por inteiro. Aguardamos contudo, ainda, serenamente, o esclarecimento prometido pela DECO.

    Por: LC

     

     

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