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    Arquivo: Edição de 15-04-2005

    SECÇÃO: Local


    Relatório de Actividades do CSE discutido e aprovado em Assembleia

    Decorreu no passado dia 31 de Março, uma Assembleia Geral Ordinária do Centro Social de Ermesinde cuja Ordem de Trabalhos continha como único ponto a discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas relativas ao ano de 2004.

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    Depois da habitual leitura e votação da acta da assembleia geral anterior, a qual viria a ser aprovada por maioria com quatro abstenções (Alcina Meireles, Carlos Faria, Carlos Ricardo, e Almiro Guimarães votaram pela abstenção com a razão de não terem estado presentes na última reunião), deu-se então entrada no único ponto da Ordem de Trabalhos, precisamente a discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas de 2004. Não sem antes que o presidente da Direcção do Centro Social de Ermesinde (CSE), Henrique Rodrigues, tivesse proferido algumas palavras relativas ao exercício de 2004, referindo que apesar do mesmo ter terminado com um resultado líquido negativo de cerca de 20 mil euros, este ano foi, em comparação com o de 2003, significativamente mais positivo. Acrescentou ainda que o estado de crise em que o país se encontra se reflectiu também na instituição que dirige.

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    Assim, os elevados índices de desemprego aliados ao consequente aumento da pobreza e carências que a população enfrenta fizeram com que o CSE tivesse de reforçar as suas valências no sentido de ajudar a comunidade vitima deste flagelo nacional.

    No entanto, Henrique Rodrigues frisou que é intenção do CSE continuar com estas valências de auxílio para combater a pobreza, mesmo que haja uma retracção de ajuda monetária dos serviços públicos em relação a estas intervenções de instituições como o CSE, como se tem verificado até agora.

    Em seguida, o presidente do Centro justificou perante os associados alguns dos resultados com que o exercício terminou. Posto isto, entrou-se então na discussão e aprovação do relatório, começando pelo Plano de Actividades. Neste primeiro ponto, o associado Carlos Faria destacou como facto positivo a colaboração de estagiários da Escola de Enfermagem Santa Maria e da Escola Superior de Educação Paula Frassinetti para com o CSE, no sentido de que desta forma são melhorados os serviços prestados pela instituição.

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    Procedeu-se posteriormente à votação deste ponto do relatório, tendo o mesmo sido aprovado por maioria com um voto de abstenção por parte do associado José Vieira, com a justificação de que este documento não havia sido disponibilizado a tempo, impedindo-o assim de o analisar melhor. O mesmo associado viria novamente a intervir no ponto seguinte deste relatório, o das demonstrações financeiras. Neste ponto, José Vieira levantou algumas questões técnicas relativas a alguns valores apresentados neste plano de contas, tendo as mesmas sido esclarecidas quer por Henrique Rodrigues, quer pelo técnico de contas da instituição.

    Procedeu-se então à votação deste ponto, tendo sido o mesmo aprovado por maioria e novamente com quatro votos de abstenção, sendo que Artur Costa, um dos associados que se absteve, justificou o seu voto pela razão de este ser o segundo ano consecutivo em que existem problemas com o relatório, nomeadamente pelo facto de o documento que os sócios levantaram oito dias antes da AG ser realizada não ser igual ao documento que lhes foi entregue no próprio dia da assembleia. Segundo Costa, «o aviso que foi dado o ano passado para a correcção deste facto, afinal não serviu de nada. Tem havido desleixo por parte das pessoas que gerem a instituição para este tipo de problemas. O CSE tem pessoas que podem fazer melhor do que isto», considerou.

    Ânimos

    ligeiramente

    exaltados

    Seria, no entanto, no último ponto deste relatório, o do Parecer do Conselho Fiscal (CF), que os ânimos se iriam agravar. Último ponto que englobava dois sub-pontos, sendo que o primeiro dizia que o CF era do parecer que se aprovasse o Relatório de Contas da Direcção, enquanto que o segundo referia que fosse aprovado um voto de louvor e reconhecimento à Direcção do CSE pelo excelente desempenho da sua missão. Submetido à votação, este último ponto seria aprovado por maioria, com quatro abstenções e um voto contra, precisamente o de Artur Costa. Associado este que usou de novo da palavra para reforçar o seu descontentamento para o facto do Relatório de Contas voltar este ano a trazer anomalias, frisando que o culpado para essa ocorrência era o CF, que no ano passado havia reconhecido as tais anomalias na elaboração do documento, mas que nada havia feito para não voltar a repetir o erro, e que por isso votava contra o voto de louvor e reconhecimento proposto. O presidente da Mesa da AG, José Ferreira dos Santos, usufruiu então da palavra para referir que, na qualidade de associado da instituição, não duvidava da idoneidade do parecer do CF. Uma frase que levou Artur Costa à exaltação, dizendo que não havia dito que o CF não era idóneo no seu parecer. «O senhor presidente da Mesa da AG não ponha na sua boca palavras que eu não disse, não julgue os outros pelas suas palavras. O senhor não sabe dirigir os trabalhos da AG como deve ser, pois como presidente da Mesa tem responsabilidades acrescidas, não é um sócio comum, tem de medir bem aquilo que diz. Estou indignado com esta atitude sua». Por sua vez, o associado Almiro Guimarães fez um ponto de ordem na acta para dizer que, com aquela frase, o presidente da Mesa da AG havia «partido a louça toda». Acrescentando que José Ferreira dos Santos estava ali para dirigir os trabalhos da AG e não para servir de advogado de defesa de ninguém, ao que o presidente da AG respondeu que como associado tinha o direito de dar a sua opinião sobre qualquer assunto que fosse, dando em seguida por terminada a sessão.

    Por: Miguel Barros

     

     

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