Fernando Leite distinguido como Profissional do Ano pelo Rotary Club de Ermesinde
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VICENTE GONÇALVES NO MOMENTO DA ENTREGA DE UMA LEMBRANÇA AO HOMENAGEADO FERNANDO LEITE |
Fernando Leite, administrador-delegado da Lipor, foi distinguido como Profissional do Ano pelo Rotary Club de Ermesinde (RCE). Esta homenagem/distinção aconteceu no decorrer do Sarau Cultural que anualmente os rotários ermesindenses levam a cabo, e que este ano aconteceu no passado dia 17 de maio, no Fórum Cultural de Ermesinde. Presentes neste evento de já longa tradição na nossa comunidade estiveram muitos convidados, desde logo figuras autárquicas, nomeadamente, o vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, Paulo Esteves Ferreira; e o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira. Também presentes, muitos representantes de instituições e entidades locais, desde logo, o presidente da direção do Centro Social de Ermesinde, Henrique Queirós Rodrigues; o presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, Arnaldo Soares; a dirigente da Casa do Povo de Ermesinde, Augusta Moura; o pároco de Ermesinde, o padre Domingos Areais; e representantes dos agrupamentos de escolas de Ermesinde e de Alfena.
Coube ao presidente do RCE, Vicente Gonçalves, abrir o evento, explicando que ali se iriam celebrar alguns dos valores e objetivos que constituem a essência do movimento rotário. Desde logo o reconhecimento do mérito profissional, valorizando e homenageando assim o profissionalismo exercido com ética, verdade, em equipa, com respeito pelos outros, com sentido de responsabilidade social, com empreendedorismo, e com capacidade de inovação e de liderança. Um conjunto de características que Vicente Gonçalves recordou estarem intrínsecas ao movimento rotário, também este constituído por profissionais, e que se aplicavam de igual modo ao profissional que ali iria ser homenageado de seguida, Fernando Leite.
Sobre esta conhecida figura da nossa comunidade, o presidente do RCE sublinharia que a «querida obra» por este construída, a Lipor, é hoje em dia não apenas uma empresa de tratamento e recolha de resíduos, mas também uma escola de formação nos assuntos relacionados com a natureza e o meio ambiente através da sua academia. O reconhecimento está de igual modo inerente ao outro destaque deste sarau, a educação, expressa na homenagem aos melhores alunos do ano letivo transato dos agrupamentos de escolas de Ermesinde e de Alfena. Educação que para Vicente Gonçalves tem sido uma área acarinhada pelo RCE, sublinhando que esta é um caminho para a promoção não só pessoal como das próprias comunidades.
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OS DOIS ALUNOS HOMENAGEADOS PELO RCE |
E foi precisamente a educação a dar vida ao primeiro de três atos deste sarau, com a distinção dos melhores alunos (do 12.º ano) dos agrupamentos escolares de Alfena e Ermesinde, respetivamente, Miguel Lopes e Diogo Vilela. Descritos por duas das suas professoras presentes neste sarau, não só como alunos brilhantes pelo seu desempenho académico, mas de igual modo pelos seus compromissos com os valores humanos que lhes granjeou o respeito e admiração de colegas, professores e funcionários das respetivas escolas; os dois alunos subiram ao palco para receber um diploma que assinala esta homenagem e um cheque no valor de 300 euros oferecido pelo RCE. Ambos os homenageados proferiram algumas palavras de circunstância, agradecendo ao Rotary esta homenagem, sendo que Diogo Vilela (que foi aluno da Escola Secundária de Ermesinde) destacou ainda a sorte que teve ao longo do seu percurso académico e que o levou a obter os resultados escolares que o conduziram a esta homenagem. Isto é, a sorte de ter um ambiente favorável por todas as escolas por onde passou e a sorte de ter por trás um ambiente familiar propício. Enalteceu ainda o papel dos professores neste seu trajeto académico, referindo que sem eles não estaria ali a ser alvo daquela homenagem. Também Miguel Lopes subscreveu algumas das palavras do seu colega, acrescentando que é sempre bom quando se é recompensado pelo esforço.
No segundo ato deste sarau procedeu-se então à distinção de Profissional do Ano. E ainda antes de Fernando Leite subir ao palco para ser homenageado, foi dado a conhecer aos presentes algum do currículo do administrador-delegado, ou CEO, como se diz na atualidade, da Lipor. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, Fernando Leite tem ainda uma graduação em Alta Direção de Empresas. É administrador-delegado da Lipor desde 1998, sendo ainda vogal do Conselho de Administração da MaiaAmbiente - Empresa Municipal de Ambiente do Município Maia, vogal da Agência de Energia do Porto, membro da direção da AVALER - Associação de Entidades de Valorização Energética de Resíduos Sólidos Urbanos, membro do quadro da ACR+, Associação Europeia para a Reciclagem, e representante da AVALER junto da CEWEP - Confederação Europeia Entidades Energética Resíduos.
Convidado a subir ao palco para receber das mãos de Vicente Gonçalves a oferta do RCE que simbolizou esta homenagem, Fernando Leite proferiu de seguida algumas palavras, dando conta, antes de tudo, da honra que sentia em ser alvo desta distinção, dando nota, mais adiante, que apesar de ser maiato de nascimento foi aqui, em Ermesinde, que passou a mais importante parte do seu trajeto profissional, numa alusão à sua histórica ligação à Lipor. O homenageado percorreu então algum do seu percurso profissional, o qual teve início na área do ambiente na Câmara Municipal da Maia (CMM), ao longo de mais de 20 anos. Ambiente e gestão que foram e são áreas que sempre o apaixonaram, daí, e pelo lado da gestão, se ter licenciado em economia; e por outro lado o ambiente que é traduzido no trabalho de promoção e proteção do meio ambiente que tem sido desenvolvido no comando da Lipor. Empresa esta para onde entrou em 1980, ainda como dirigente da CMM, numa altura, como recordou, em que a Lipor era um problema em Ermesinde, e alvo de protestos constantes da nossa população, fruto dos maus cheios da lixeira que se localizava onde hoje está instalada a sede e o parque natural da Lipor, na zona entre Ermesinde e Baguim do Monte. Problema que foi resolvido, como lembrou Fernando Leite, acrescentando que a partir de então pôde trabalhar «com força e ânimo» para com o apoio de todos os seus conselhos de administração e com as autarquias parceiras/associadas, concretizar aquilo o que é hoje a Lipor, empresa cuja administração assumiu em 1998. Uma empresa reconhecida a nível nacional e internacional, sendo que no plano além-fronteiras é, nas palavras vincadas de orgulho do homenageado, um exemplo a seguir. A Lipor não é hoje mais conhecida só por ser uma empresa de tratamento de resíduos, mas de igual modo uma referência na proteção e promoção do meio ambiente e do desenvolvimento de energia. Uma empresa que tem procurado inovar, como deixou transparecer Fernando Leite na sua alocução, e este crescimento tem sido, nas suas palavras, possível graças a uma equipa, a um conjunto de pessoas que consigo trabalharam e trabalham no dia a dia. «Dizer hoje que a Lipor é uma obra minha é uma profunda injustiça, porque eu tenho centenas de colegas que já passaram pela organização, uns com maior notoriedade, outros de forma mais anónima, mas que construíram dia a dia esta grande organização. Por isso, eu digo com toda a convicção que hoje a Lipor é fruto de toda uma equipa profissional, de muito trabalho, da cooperação com diferentes entidades locais, regionais e nacionais», sublinharia Fernando Leite.
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MOMENTO DA ATUAÇÃO DO GRUPO “FADO 111” |
Presente também neste sarau esteve, como já vimos, Paulo Esteves Ferreira. O vice-presidente da autarquia de Valongo proferiu também algumas palavras, pegando no que tinha sido dito quer por Fernando Leite, quer pelos dois alunos homenageados, para dizer que são exemplos como estes que fazem uma comunidade forte. «A comunidade para ser forte precisa certamente de muitos Diogos, de muitos Migueis, de muitos Fernandos Leite, e de muitos rotários ou pessoas com espírito rotário. Mas depois é preciso fazer acontecer, e para as coisas acontecerem ninguém as faz acontecer de forma isolada, ninguém sozinho muda o Mundo, mas todos em conjunto conseguiremos certamente fazer do Mundo um lugar melhor», ressalvou o autarca.
O terceiro ato deste sarau fez subir ao palco do Fórum Cultural o grupo “Fado 1111 – Canção de Coimbra”, da Associação Guimarães Fado, que brindou os presentes com um conjunto de temas trovadorescos de raiz estudantil, popular e erudita: o fado de Coimbra.
Por:
MB
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